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Meu querido amigo

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HectorSubmarino
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Resumo

Olá, meu nome é Delisa, tenho dezesseis anos e estou no terceiro ano do ensino médio, junto com meu amigo Max, que conheço desde sempre e é meu único amigo, porque não sou boa em fazer amigos, mas ele é! Não sei como ele faz isso e, a propósito, ele também pode ser bem irritante, hahaha. Nossos pais são amigos e, apesar de se conhecerem desde o ensino médio, é um clichê engraçado. Sou uma garota muito tímida com pessoas que não conheço, mas com o Max, eu me solto. Fazemos piadas um com o outro, gostamos de nos provocar e, sim, nos envergonhamos um do outro em todos os lugares. Também gosto de ler romances e livros de terror, assistir à TV e tirar fotos com minha câmera. Eu me chamo Max, tenho 17 anos e estou no primeiro ano do ensino médio. Você já conheceu a Delisa e sabe como somos juntos, então vou falar um pouco sobre mim. Gosto de esportes. Sou bom em fazer amigos. Isso é tudo, espero que você goste da nossa história.

amorRomance doce / Amor fofo

Capítulo 1

- BOM DIA! - Me assustei e caí da cama, a pior forma de acordar alguém é gritar e abrir a cortina com o sol brilhando lá fora.

- O que você está fazendo aqui tão cedo, Max? - perguntei sonolento, deitando-me com o cobertor cobrindo o rosto para bloquear a luz do sol.

- Você pensa: é cedo? - Ele deitou em cima de mim.

- Acho que sim, agora me deixe em paz, carrapato! - Empurrei-o com o pé e ouvi o estrondo de seu corpo caindo, segurei o riso, já que sou bastante escandaloso na hora de rir.

Senti alguém puxando meu cobertor e meu corpo ficou exposto, vestindo meu pijama cor de morango, que era um pouco transparente. Não consegui ver claramente o rosto de Max, mas percebi que ele estava envergonhado.

- Me desculpe, eu não sabia – ele disse sem jeito e foi meio fofo.

- Fingi que nada estava acontecendo, hahaha - disse me levantando e cobrindo meu corpo novamente com o cobertor. - Agora saia daqui, preciso me trocar e escovar os dentes. - Ele saiu e fechou a porta.

Levantei ainda com sono e quase engatinhando, fui primeiro ao banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes. Depois fui até o armário e coloquei um top amarelo com um ursinho de pelúcia na frente e meu macacão com girassóis costurados. Penteei o cabelo e prendi algumas mechas em um coque na frente, me olhando no espelho, minha autoestima estava às alturas (pelo menos dessa vez eu não estava morta, hahaha).

Ouvi algumas pessoas conversando e logo identifiquei as vozes dos visitantes, os pais de Max, na mesa.

- Bom dia, Sr. e Sra. Jones - cumprimentei-os com um sorriso amigável.

- Boa tarde, Delisa - a mãe de Max me corrigiu com um lindo sorriso.

- Meu cérebro ainda está processando, hahaha – falei sentando ao lado de Max e colhendo um cacho de uvas.

- Aí seu cérebro vai demorar, já que é lento - brincou Max.

- Haha, muito engraçado, filhote de urubu - respondi no mesmo tom.

- Mas esse filhote de urubu é muito fofo - disse ele convencido.

Comecei a rir e ele não entendeu porque eu estava rindo.

- Onde? Que garoto arrogante – revirei os olhos.

Percebi que nem tinha visto meus pais até agora.

- Onde estão meus pais? Perguntei à Sra. Jones.

- Foram ao mercado – respondeu Max, entrando na conversa enquanto mordia um pedaço de maçã.

Espero que minha mãe faça lasanha e bombo de uva verde para sobremesa; Só de pensar nisso me dá água na boca.

- Seu pai e eu vamos para casa e voltamos, avise-nos quando seus pais chegarem e julgue os dois - Sra. Jones deixou uma mensagem antes de sair, de mãos dadas com o Sr. Jones. Eles formam um casal adorável.

Olhei para Max, fingindo não ter ouvido o que sua mãe havia dito.

Vou até a sala, me aproximando do sofá, quando percebo que quase sentei no colo do Max, tive tanto medo que quase caí, hahaha.

- Cuidado, Délisa! “Quase me esmagou”, ele brinca, criando um drama desnecessário.

- Pare de exagerar, não pesa tanto assim - Sento ao lado dele e deito no sofá, com os pés no colo dele.

- Prefiro que você deite com a cabeça no meu colo do que com os pés sujos - ele brinca.

- Você não toma banho, Sid - eu chamo ele assim porque é difícil fazer ele tomar banho quando ele dorme aqui. - Só vou colocar a cabeça aí se você tirar o controle e um fini do armário - digo maliciosamente, com um sorriso parecido com o do gato da Delisa no País das Maravilhas.

- Slack – levanta-se e vai até a cozinha.

Ouço meus pais chegarem, o barulho das sacolas me deixa curiosa para saber o que eles trouxeram. Porém, a preguiça toma conta e acabo deitada, aguardando a consulta final. Quando eu era criança, costumava despachar as malas quando minha mãe voltava do trabalho; Desde pequena sempre fui uma menina curiosa.

Ouço minha mãe perguntar sobre a presença da Sra. e do Sr. Jones, e Max dá o recado.

- Está aqui – diz ele, me entregando meu fini, e assume o controle. - Então você não vai cumprir o acordo?

- O que concorda? - Eu ajo como se não entendesse, e ele me olha com tédio. - Ok, estarei aí, “bebezão”, hahaha.

Deito em seu colo e ele começa a fazer café. Adoro acariciar minha cabeça; É muito relaxante e agradável. Max decide colocar a série "Todo mundo odeia o Chris", e eu não me canso de assistir; É o meu favorito e também o seu.

Ouvi os pais de Max chegarem e fui direto para a cozinha. Claro, a Sra. Jones foi ajudar minha mãe a cozinhar, enquanto meu pai conversava com o pai de Max. Quando esses dois estão juntos, ninguém aguenta; É apenas uma risada divertida e escandalosa. Os vizinhos devem pensar que somos loucos.

- Que casal lindo – diz o pai de Max, sentado em outro sofá, com um sorriso travesso.

- Por que vocês dois não saem? - Fico assustado quando ouço isso do meu pai e quase engasgo com a boca.

Max começa a bater nas minhas costas para me ajudar a tirá-lo, e depois de muita tosse e lágrimas nos olhos...

- Pai, você está dizendo isso? - Ela me olhou espantada, nunca imaginei que meu pai pensaria assim de nós.

- Prefiro que você saia com ele do que com algum canalha que eu não conheço – diz meu pai, sério.

- Eu, namorando esse urubu? De jeito nenhum, acho nojento imaginar Max e eu nos beijando, é nojento.

- Estou aqui, ok? Sou muito bonito e várias garotas se interessam por mim – gaba-se.

- Não sei quem, Sid – digo rindo. - As meninas devem estar muito confusas para querer sair com você, hehehe.

- Ah sim? - Ele se aproxima e eu aceno. Percebo que ele está chegando muito perto e o choque percorre minha espinha quando ele começa a me fazer cócegas e eu rio como uma louca.

O almoço já estava pronto, e na verdade era lasanha, minha mãe preparou dois pratos e eu torci para que de sobremesa fosse o bombo de uva verde. Sentei-me ao lado de Max e todos começaram a se servir. Como eram dois pratos de lasanha, peguei um pedaço grande para mim e notei todo mundo olhando para mim.

- O que aconteceu, pessoal? - perguntei confuso.

- Meu Deus filha, você vai conseguir comer esse pedaço de lasanha? - balancei a cabeça com um largo sorriso.

- Hehe, Max, você vai ter que ser rico para sustentar minha filha quando eles se casarem - meu pai disse isso ao mesmo tempo em que Max e eu estávamos engasgados. Eu queria rir, mas estava ocupado tentando soltá-lo.

Fiquei quieto durante toda a refeição, muito envergonhado depois de ouvir duas vezes que Max e eu parecíamos amantes.

Essas pessoas adoram me fazer sentir envergonhado. Quando todos terminaram de comer, Max e eu cuidamos de lavar a louça. Houve silêncio na cozinha e Max decidiu quebrá-lo.