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♥ PRÓLOGO ♥

Alex.

22:45 ― São Paulo. ― Brasil.

Merda, eu acabei ficando tarde na biblioteca da faculdade de novo, essa é a segunda vez que acabo me atrasando e perdendo o ônibus, eu realmente odeio fazer faculdade a noite. Além de me atrasar muito, também é muito perigoso andar a essa hora da noite, pode acontecer várias coisas do tipo, eu ser assaltado, morto. ― Minha mãe tem razão, eu penso muito negativo nas coisas.

Fico um pouco aliviado ao ver que já estou perto da minha parada, atravessei a rua e fui caminhando rapidamente, do nada, realmente, do nada aparece um carro de polícia ao meu lado.

― Encosta! ― O policial falou descendo do carro.

― Calma aí, eu não fiz nada de errado. ― Falei erguendo meus braços para cima em redenção.

― Nós iremos julgar isso.

Ele me empurrou brutalmente para a parede e comecei a ser revistado, o seu amigo do carro desceu e pegou a minha mochila.

― Ei, aí só tem livros. ― Falei um pouco indignado com isso.

Eu só queria ir para casa, porque só acontece isso comigo? Esse meu azar é maravilhoso.

― Irei verificar. ― Ele se afastou indo em direção ao carro com a minha mochila.

Soltei um suspiro com isso e o policial se afastou de mim.

― Olha o que eu encontrei nessa bolsa, Antônio. ― Me virei para ver o que ele tinha encontrado.

― Isso não é meu!! ― Acabei gritando de raiva ao ver um quilo de maconha na sua mão.

― Todos sempre dizem isso, você está preso!

― O que!!?

O tal Antônio me prendeu e foi me puxando para dentro do carro.

― Foram vocês que colocaram isso aí dentro!! Eu não tenho nenhum envolvimento com droga!

― Se continuar gritando desse jeito, eu te dou um tiro e ninguém vai saber quem foi. ― Isso me fez calar a boca.

Por que isso está acontecendo comigo? Que merda!!

Observo o caminho que eles estão indo, percebi que já está perto do Distrito Policial- Casa Verde.

Eu estou sentindo uma grande vontade de chorar, só que não irei dar esse gostinho para esses infelizes. ― Sentir o carro parar e vejo a delegacia na nossa frente.

― Anda seu marginal.― O amigo que disse que encontrou um quilo de maconha na minha bolsa falou me puxando.

Fui empurrando para começar andar e logo adentramos a delegacia.

― Vem!

O mesmo me puxou para o lado e vi um delegado assinando alguns papéis.

― Prendemos ele por está carregando um quilo de maconha na bolsa, chefe. ― Falou colocando a maconha em cima da mesa.

― Isso não é minha!! Eles que colocaram na minha bolsa!! ― Falei desesperado.

O delegado olhou para mim e deu um sorriso de lado.

― Muitos dizem isso e no final pertence a eles.

― Isso não é meu!! Eu estava voltando da faculdade quando eles me abordaram! ― Falei apontando para os policias com algema em meus pulsos.

― Garoto, eu sou experiente nisso, vai contar mentiras para seus amiguinhos lixos. ― Ele pegou um papel e assinou. ― Você vai ser levado para o Centro de Detenção Provisória II Guarulhos.

Arregalei os olhos com isso, eu já ouvi falar que os presos nesse lugar são os piores.

― Não por favor!!! ― Gritei implorando.

― Levem ele!!

Os policiais malditos começaram a me puxar.

― Não!! Me larguem seus infelizes!!

O policial me deu um soco na barriga e isso quase me fez vomitar.

― Seus parentes irão saber que você agora está na cadeia seu verme!

Ás lágrimas começaram a cair pela minha bochecha, não me importava se estava chorando na frente deles.

Isso é injusto demais!

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