Capitulo 3
Dominique
Eu estou sentindo um misto de medo e excitação, querendo saber o que exatamente acontecerá comigo dentro dessa sala. Eu estou parada, em frente à porta fechada. Ah, como eu quero entrar e, ao mesmo tempo, virar e sair correndo sem olhar para trás. Mesmo que isso se custe o meu emprego. Ainda tenho vontade de me chutar por ter feito uma besteira dessas! Ao mesmo tempo, também tenho curiosidade para saber o que ele quer comigo.
Ele não poderia simplesmente se esquecer de mim, não? Era bem simples, eu vou almoçar bem tranquila e tentarei deixar de lado a merda feita. Mas, não, o todo-poderoso não se esqueceu. Agora o que vai acontecer aí dentro, só Deus sabe!
Acabo tomando toda a coragem que me resta e entro de uma vez em sua sala. O juiz está mais poderoso que nunca, sentado bem confortavelmente à sua mesa. Só não consigo ver o que ele estava fazendo por baixo dela.
Tomo um susto quando ele ordena que feche a porta, acordo do transe de ficar babando por ele e faço o que me pede. Estou excitada, vendo-o ali, sentado. É besteira eu falar que estou muito nervosa? Ah, porra, estou morrendo de medo dele e, ao mesmo tempo, acesa pela forma como ele está me despindo com o olhar... Droga, isso é muito bom.
— A senhorita vai ficar parada aí? — ele pergunta, mandão.
— O senhor precisa de alguma coisa? — respondo com outra pergunta, quase gaguejando.
— Sim, eu preciso que venha até aqui, conforme eu ordenei! — exclama, e vou até ele. Quando chego perto e fico à sua frente, tomo um susto.
— H-hum... — gaguejo. É tão lindo ver ele como se toca, mas viro o rosto, sabendo que estou muito corada.
— Está com vergonha, senhorita Ferreira? — ele provoca.
— O senhor está ocupado, volto mais tarde! — falo rapidamente e vou para porta de entrada, mas ouço sua voz:
— Volte aqui, Dominique! — ordena, então fico de costas, pois tremendo, e muito.
— Não posso...! — sussurro, ouço passos vindo ao meu encontro e fico querendo olhar para ver se ele ainda está com o pau para fora.
— Ah, sim, claro que você pode... — ele fala, sussurrando em meu ouvido e fazendo o meu corpo ficar todo arrepiado.
— Senhor, é melhor que eu saia... — falo, gaguejando.
— Vamos ser sinceros: você não quer sair daqui! — ele diz, passando as mãos pelos meus cabelos e os deixando de lado. Suas mãos vão até o meu pescoço, e acabo estremecendo ao sentir o toque de sua boca na pele.
— Senhor, por favor... — sussurro.
— Fala novamente?
— Falar o quê? — questiono, confusa.
— “Senhor”. Você não tem ideia de como estou nesse exato momento por ter ouvido isso.
— E se eu não quiser falar? — eu o provoco sem querer.
— Aaah, isso, meu Deus, você é perfeita! — ele diz, gemendo, e Deus me ajude a me controlar, pois ouvir seus gemidos não me ajuda em nada.
— Eu, perfeita?
— Sim, você é perfeita para mim! — Eu fico sem reação.
— O senhor está enganado, senhor Ruiz!
— Então você acha que não é perfeita para mim? — questiona e me vira de frente, me fazendo ficar de frente para ele.
— Exatamente! — afirmo, olhando para ele com firmeza.
— Uma coisa eu te falo: você está muito enganada! — Ele fala com tanta determinação, que quase acredito e falo sem perceber:
— Vou fingir que acredito!
— Como assim, você não acredita?
— Não, não acredito. Por que o senhor olharia para mim? — retruco e me xingo mentalmente.
— Então você acha mesmo que não sinto nada por você? — ele volta a questionar.
— Sim, é o que eu acredito! — respondo com franqueza. Sei muito bem que homens como ele nunca olham para mulheres como eu!
Ah, como eu tive desejos e sonhos de me casar e ter uma família. Só que isso nunca vai acontecer, e sabe por quê? Porque homens como ele, cheios da grana, gostosos, muito bonitos, nunca olham para uma simples empregada.
— O que está passando tanto pela sua cabecinha? — ele pergunta, curioso, me tirando dos pensamentos negativos que sempre me ocorrem quando fico estressada.
— Em nada que te interesse, meritíssimo — desconverso, não estou muito a fim de falar sobre o que sinto. Além disso, não é bom ficar muito tempo perto dele.
— Sim, tudo em você me interessa, senhorita devassa... — ele volta a sussurrar, e, Deus, que voz é essa? Devo estar pagando todos os meus pecados.
— Por favor, me deixe sair! — eu imploro.
— Falei que não! — ele responde, me deixando puta.
— Se o senhor não me deixar sair daqui, vou armar um escândalo! — eu o ameaço, e o que ele faz? Fica sorrindo daquele jeito que faz com que a minha calcinha fique úmida.
— Então grite, eu quero ver! — ele encoraja. Eu olho para ele e abro a boca, ameaçando gritar, quando ele me puxa mais para seus braços, levanta a minha cabeça e fala: — Quero ver se a senhorita devassa tem mesmo coragem de gritar aos quatro ventos que deseja que o juiz foda você?
— E quem disse estou querendo transar com o senhor? — Ele volta a sorrir, e ficar vendo observando sua expressão não está fazendo muito bem à minha sanidade.
— Ah, não? Vai negar que deve bater uma siririca bem gostosa, imaginando o que meu grande pau vai fazer quando conhecer a sua bela bocetinha? — ele pergunta, eu fico vermelha, mas ele continua como se nada estivesse acontecendo: — Uma coisa eu posso ter certeza: se eu te tocar vou encontrá-la pingando de desejo por mim.
— Meritíssimo, por favor...? — sussurro, nervosa, se ele for mesmo cumprir com essa ameaça, sei que estarei em apuros.
— Por favor o que, senhorita devassa? — ele me questiona.
— Eu preciso voltar a trabalhar! — aviso, tentando me levantar, e ele diz:
— Ainda não terminamos, senhorita devassa!
— Sim, terminamos! — falo com firmeza, e quando consigo sair dos braços dele, o ouço dizendo:
— Ah, então não vai ter nenhum problema, não? — ele pergunta de repente. Não entendo nada, quando, de repente, o juiz me pega no colo e me leva diretamente para sua mesa.
— O que o senhor está fazendo? — pergunto, ansiosa, mas acho que estou sonhando.
— Vamos ver se eu estou certo? — ele provoca, levanta rapidamente o meu vestido e rasga a minha calcinha. Fiquei com as pernas escancaradas, o vendo pegar a peça e levar até o nariz. — Que devassa mentirosa, será que está merecendo uma punição? — questiona, usando o tom sério que só usa na hora de proferir uma sentença. Pelo olhar, eu sei que estou em apuros.
Agora a questão é: será que eu devo fugir ou receber a punição?