Um pai preocupado
Um dia antes...
Mariana
Eu estava a minha sala quando Douglas, meu chefe entrou ele nunca bate.
— Senhorita Fidélex, tenho um projeto importantíssimo, que só posso confiar a você.
— Pode contar comigo senhor.
— A senhorita Herreiro quer fazer algumas mudanças na casa dela, ela me mandou a foto dos cômodos.
Ele me entregando uma pasta azul.
— Vou ver as fotos, e começar hoje mesmo a fazer o projeto.
— Tá certo, dê o seu melhor senhorita Fidélex, o casal Herreiro são clientes muito importantes. — eu assenti com a cabeça.
Douglas saiu da minha sala.
Me chamo Mariana Fidélex, sou uma grande amante de motos, tirei a minha carteira de habilitação A, quando tinha 19 anos, e aos meus 20 anos ganhei a minha primeira moto, uma maravilhosa CG 160 do meu querido pai Joílson. Meu pai é um homem muito amoroso, ele adora cuidar de mim e das minhas outras irmãs, além de mim ele tem mais duas filhas a Geisa de 18 anos, e a Brenda de 17, somos o xodó dele, não temos mãe, na verdade temos, só que ela nos abandonou quando ainda éramos crianças, já nem me lembro como é o rosto dela. Não me lembro de ter sentido falta da minha mãe, depois que ela se foi, meu pai sempre fez o dois papéis, ela nunca foi uma mãe presente.
Eu trabalho como designer de interiores, em uma empresa muito boa na cidade, a DMdeco ( Douglas Medeiros decoração), mas ultimamente está sendo cada vez mais difícil vim para o trabalho todos dias, e tudo por causa de um romance fracassado que tive com o Otávio, filho do meu chefe, eu sempre achei o Otávio um cara legal, apesar de ter ouvido boatos que ele era um boy lixo, mas comigo ele era um verdadeiro lorde, Otávio nunca escondeu o seu interesse por mim, mas eu nunca dei esperanças para ele. Sou o tipo de mulher que gosta de ter os homens aos meus pés, me desejando, sendo feitos de escravos por mim, me divirto muito com isso, e eu me divertia muito com o pobre do Otávio sempre correndo atrás de mim, feito um cachorrinho.
Até que um dia, em um evento que houve na empresa, acabei abusando da bebida e fiz a besteira de ficar com o Otávio, fui para cama com o traste, e o traste gamou e quis mais, eu tentei me livrar dele, mas o cara era um verdadeiro chiclete, e eu confesso que fiquei bastante preocupada em como ficaria o meu emprego, depois que eu desce um pé na bunda dele, então fui empurrando com a barriga até onde deu.
Foram exatamente dois meses, e eu cansei, finalmente dei um basta, o Otávio era um babaca, ele queria mandar em mim, reclamava das minhas roupas, vivia mexendo no meu celular, e queria até controlar o meu jeito. Sou uma pessoa muito extrovertida, gosto de conversar bastante, eu não podia permitir que ele tirasse isso de mim. Depois que coloquei um ponto final na nossa relação a minha vida na empresa nunca mais foi a mesma, o Otávio tá sempre me enchendo de trabalho e vivia sempre falando mal de mim para o chefe, eu já contei toda a história para o meu chefe, o Douglas, mas de nada adiantou, ele sempre protege o filho, e fala que se eu não estiver satisfeita a porta da rua é a serventia da casa, isso é horrível, mas eu não posso perder esse emprego, não agora com meu pai doente. Meu paizinho está indo trabalhar com muita dificuldade, ele tem a saúde muito frágil, já sofreu dois infartos, eu pretendo começar a bancar as nossas despesas sozinha, para que o meu paizinho possa finalmente descansar.
Abri a pasta e olhei as fotos dos locais onde ela queria fazer as mudanças, logo me veio várias ideias ótimas, comecei à colocar tudo no papel.
No fim de mais um dia estressante de trabalho, saí da empresa, peguei a minha moto e vou para a minha casa.
Ao chegar entrei e me sentei no sofá, tirei o meu salto alto, e suspirei aliviada por estar em casa, olhei em direção a cozinha e observei o meu pai, estranhei.