Resumo
Metal And Fire conta a história de uma banda de rock japonesa que busca conciliar a fama e a vida pessoal. Com cada integrante tendo o seu problema pessoal, eles começam aos poucos a aprender a lidar com eles, além de mostrar uma interação com outros cantores e com eles mesmos.
Uma banda de sucesso
Dia 2 de outubro de 2015
20h30
Daisuke Etsuko (Der)
Boa noite, leitor, tudo bem? Espero que sim.
É uma satisfação contar com a sua presença para o meu show, ou melhor, o show que a minha banda está fazendo nesse momento. Meu nome é Daisuke Etsuko, mas meu nome artístico é Der. Tenho os cabelos pintados de vermelho, pele bronzeada, olhos vermelhos e uso um colar. Minhas roupas são pretas, contando com um casaco, calças e sapatos. Sou o vocalista da banda junto com a minha guitarrista, Luza, que seu nome verdadeiro é Ling Un. Ela é natural da China, mas mora no Japão há muito tempo junto com a sua família. Ela tem os cabelos e os olhos azuis, a pele pálida e também usa roupas pretas, que constam em um casaco, uma calça e tênis. Além dela, que é guitarrista e vocalista na segunda, temos também Wolley, que é o baterista. Ele é loiro, pele branca, olhos amarelos e usa um casaco também, da mesma cor. Nossa banda usa a cor preta como característica, além de que cada um representa uma cor. Wolley se chama Wang Oh. Ele já veio da Tailândia, mas sua família sempre teve outras nacionalidades asiáticas, como a japonesa. Por último, temos o tecladista, Edrev, que se chama Eichiro Ishida. Ele tem os cabelos verdes, além dos olhos e sua pele é bronzeada. Usa um moletom preto, em vez de um casaco como a Luza e Wolley.
Nesse momento, estávamos encerrando o show. Nós cantamos várias das nossas músicas e também as que o público gosta. Temos ao todo cinquenta milhões de pessoas nos acompanhando nas redes sociais ao todo, o que nos deixou impressionados. Estamos atuando desde dois mil e doze e não sabíamos que em três anos iríamos fazer tamanho sucesso em tão pouco tempo.
Subimos para o palco, iríamos cantar as duas últimas músicas que prometemos ao público. É incrível como está cheia a casa hoje. As pessoas, se vistas de cima, pareciam formigas. Soube que foram vendidos cerca de vinte milhões de ingressos. Não esperava ter um número tão alto assim. Nossa banda estava fazendo sucesso, isso não dava para negar. Imagina só que, em questão de dois anos, conseguimos mais de cinquenta milhões de fãs em média. É muita gente, de fato.
Quando subimos para o palco, as pessoas gritaram eufóricas. Não paravam de gritar o nome da nossa banda, Metal And Fire e assobiavam para Luza, que diziam ser a musa da banda (risos), aplaudiam os rapazes e eu pego o microfone e começo a falar:
— Muito bem, antes de tocarmos as duas últimas músicas, queria agradecer a todos que vieram para o nosso show. Vocês não sabem o como isso é agradável para nós, saber que vocês têm a nós para admirar as músicas e tudo mais. Sendo assim, meus queridos fãs, vamos tocar as duas últimas músicas que prometemos. Decidi tocar aquela que nos levantou ao sucesso agora e deixar a outra por último, afinal, esta última música foi baseada em um livro que li e espero que o escritor entenda como uma homenagem.
As pessoas continuavam a gritar e a aplaudir.
— Sendo assim, vamos arrebentar as guitarras! — Eu falo, tocando a minha guitarra vermelha, que emitia um som forte.
Luza, com a sua guitarra azul, emite um som forte também, mas se comparado à minha, era mais suave. Ela me olha sorrindo e começamos a tocar as guitarras. Em seguida, Wolley começa a tocar a bateria e aos poucos nós três fomos agitando os fãs, que batiam palmas. Pude ver a repórter Fumiko Urashima. Ela era uma excelente repórter da NHK e dizia ser fã declarada nossa. Estava bem à frente do palanque, com um microfone na mão e o câmera estando a filmá-la, em um ângulo que nos pegasse também.
Eu começo a cantar:
— Watashi wa honō no naka de hashiri tsudzukemasu
Zetsubō-tekide, kurushimi, soshite obiete iru
Torēsu suru kōsu nashi de jikkō
Darekaga watashi o tasukete kuremasu, watashi wa konran shite imasu
Tabun, subete no kizon no mizu ga fukumu koto ga dekiru wakede wa arimasen
Tochi wa midori o hōki shimasu
Chairo ga chōetsu shi hajimeru
Agora, eu canto mais forte, enquanto toco a guitarra de uma forma mais agressiva. Luza fazia a mesma coisa.
Me no mae ni 4-shoku ga miemasu
Aka, ki, midori, ao
Niji no 7-shoku no uchi 4-shoku
Jibun no naka ni nanika ga moete iru no o kanjimasu
4-Shoku ga watashi o shihai shimasu
Kinzoku-tekina kankaku o kanjimasu
Shakunetsu-kan
Metal And Fire o kikitai to iu ganbō
As pessoas gritam e começam a pular. Elas gritam cada vez mais o nome da nossa banda.
Agora, era a vez de Luza cantar a parte dela. Nessa música, nós dois dividimos as partes onde cada um iria cantar.
— Katsute watashi o kowagara seta honō
Karera wa kekkyoku watashi no bubun ni narimashita
Katsute watashi o kowagara seta honō
Kyō wa yūkō-tekina honōdesu
Sekai no seikō
Shakai no seikō
Watashi no tetsugaku wa Rune Dekaruto no tetsugaku ni nite imasu
Ga omou, yueni ga ari
Sua voz era suave, mas ao mesmo tempo, ela tentava colocar força na hora de cantar. Agora, era a minha vez de cantar.
— 4-Shoku ga watashi o shihai shimasu
Kinzoku-tekina kankaku o kanjimasu
Shakunetsu-kan
Metal And Fire o kikitai to iu ganbō
Sekai no seikō
Shakai no seikō
Watashi no tetsugaku wa Rune Dekaruto no tetsugaku ni nite imasu
Ga omou, yueni ga ari
Todo mundo cantando!
Desta vez, Luza e eu cantamos juntos e os fãs fizeram a mesma coisa.
— 4-Shoku ga watashi o shihai shimasu
Kinzoku-tekina kankaku o kanjimasu
Shakunetsu-kan
Metal And Fire o kikitai to iu ganbō
Sekai no seikō
Shakai no seikō
Watashi no tetsugaku wa Rune Dekaruto no tetsugaku ni nite imasu
Ga omou, yueni ga ari
Luza começou a tocar a guitarra e em seguida, depois de alguns segundos fui eu. Ela ficou acompanhada do teclado de Edrev, enquanto eu fui acompanhado por Wolley e sua bateria.
Depois do solo, encerramos a música e as pessoas começaram a gritar e a aplaudir de tão emocionadas que estavam. Mas é claro que o show ainda não acabou. Tinha mais uma música a ser tocada.
Luza começa a tocar sua guitarra de uma forma lenta e suave. Depois de alguns segundos, eu toco a minha mais forte e sou acompanhado por Wolley e depois por Edrev, onde nós três começamos a tocar juntos.
Luza pega o microfone e começa a cantar, enquanto tocamos:
— Midori no kami to hada
Me to kiiroi kimono
Emerarudomiritarībūtsu
Watashi mo hoshīnoni kanojo ni chikadzukitai
Jundo to yasashi-sa wa sono tokushitsudesu
Anata no hitobito no sewa o shitai to iu ganbō wa anata no ishidesu
Teki ni chūi shite kudasai
Shinjitsu o ohanashi shimasu
Cherrīna o dainashi ni shinai
Soretomo umaku ikanai nodeshou ka
Anata no yasashi-sa wa anata no tatedesu
Shikashi, sono kanōsei wa chimei-tekidesu
Chegou a parte do refrão e Luza grita:
— Cantem juntos!
Cherrīna!
Nesse instante, os fãs cantam junto, mas somente aqueles que conheciam a música que já ouviram antes, senão quem não sabia, ficava quieto.
Anata no hitobito o mamotte kudasai!
Cherrīna!
Anata ga aisuruhito no sewa o shite kudasai!
Cherrīna!
Anata ga daredearu ka o min'na ni misetekudasai...
Cherrīna!
Anata no hitobito o mamotte kudasai!
Cherrīna!
Anata ga aisuruhito no sewa o shite kudasai!
Cherrīna!
Anata ga daredearu ka o min'na ni misetekudasai...
Cherrīna!
Os fãs gritam de alegria. Teriam gostado da música composta em homenagem à personagem Cellina. Luza adorava ela. Achava ela muito determinada e sempre se inspirava na mesma.
Agora, era a minha vez de cantar.
— Shizen no mori wa anata no iedesu
Anata ga aisuru subete no hito no sonzai wa sōkandesu
Kare no hahaoya to kare no saiai no hito no ai ni kakoma rete imasu
Kore wa cherrīna de, tsuneni junbi ga dekite yaru ki ga arimasu
Quando chega o refrão, a maior parte dos fãs canta agora, depois da última vez:
— Cherrīna!
Anata no hitobito o mamotte kudasai!
Cherrīna!
Anata ga aisuruhito no sewa o shite kudasai!
Cherrīna!
Anata ga daredearu ka o min'na ni misetekudasai...
Cherrīna!
Anata no hitobito o mamotte kudasai!
Cherrīna!
Anata ga aisuruhito no sewa o shite kudasai!
Cherrīna!
Anata ga daredearu ka o min'na ni misetekudasai...
Cherrīna!
Kanojo no hebi no chikara wa kanojo ga daredearu ka o kanzen ni shimasu
Anata no kami no chikara wa anata no kanōsei o takamemasu
Kanojo wa yasashi-sa to junsui-sa no shōchōda to watashi wa shitte imasu
Shikashi, anata no chikara wa attōtekidearu tame, anata ga okotte iru toki wa nigete kudasai
Luza canta suavemente, enquanto Edrev manerava no teclado.
Cherrīna!
Anata no hitobito o mamotte kudasai!
Cherrīna!
Anata ga aisuruhito no sewa o shite kudasai!
Cherrīna!
Anata ga daredearu ka o min'na ni misetekudasai…
Ela então grita, sendo acompanhada pela minha guitarra, o teclado e a bateria que estavam agitadas agora:
— Cherrīna!
Anata no hitobito o mamotte kudasai!
Cherrīna!
Anata ga aisuruhito no sewa o shite kudasai!
Cherrīna!
Anata ga daredearu ka o min'na ni misetekudasai...
Cherrīna!
As pessoas gritam, aplaudem, jogam flores para nós, onde em seguida, demos as mãos e fizemos reverência aos fãs. Foi uma noite incrível. Eu nunca vi alguém tão agitado como os fãs. As nossas músicas realmente mexeram com eles. Espero que você também tenha gostado, leitor, mas vamos ao que interessa, não é mesmo? Hora de mostrar o outro lado da moeda da banda Metal And Fire, mas antes…
— Obrigado a todos que estiveram presentes hoje! Muito obrigado! Da mesma forma que vocês nos amam, nós amamos vocês! Muito obrigado!
As pessoas continuavam a nos aplaudir e Luza se emocionava. Que coisa, ela é sempre emotiva (risos).
Dia 2 de outubro de 2015
21h00
Luza (Ling Oh)
Oi, leitor, tudo bem?
Meu nome é Ling Oh, mas podem me reconhecer como Luza. Tenho vinte e dois anos. Sim, sou jovem ainda, não é? Der tem vinte e quatro, enquanto Wolley tem vinte e três e Edrev é o mais velho do grupo, tendo vinte e cinco. Somos jovens mesmo e eu sou a caçula do grupo.
Nasci em Pequim, na China, mas tenho o Japão como meu país de coração.
Após o show, fomos para o camarim descansar um pouco. Adoramos fazer o show, mas já estávamos exaustos, pois foi muito movimentado. Nossa ajudante, Hana Akamura, uma mulher de cabelos castanhos e curtos, pele branca e usava uma roupa com o desenho do símbolo da nossa banda, ia até nós, depois que nos sentamos cada um em uma poltrona exaustos. Ela foi nos atender, perguntando se não queríamos nada. Cada um pediu à ela um pouco de água, já que não tinha lá no palanque. Eu estava tão cansada que nem água queria, uma cama para mim já estava mais do que boa.
— Bem, o fim de semana está aí. O que pretendem fazer? — Indaga Der.
Ninguém sabia o que responder, mas na verdade, a resposta era meio óbvia. Iríamos aproveitar com as nossas famílias e ter um pouco de atenção às nossas vidas pessoais.
— Por que eu perguntei. — Der começa a rir.
— Bem, independente do que façamos, é melhor estarmos prontos para o show que vamos fazer na Coreia do Sul. — Disse Wolley.
Hana aparece e entrega as garrafas para nós.
— Irei preparar as coisas para o ônibus. — Disse a moça, com a sua voz gentil e fazendo reverência para nós.
— É verdade. Temos que estar prontos.— Afirma Edrev, que bebe um pouco de água.
— Bem, isso é verdade, mas não vamos nos preocupar com trabalho no momento, senão vamos nos estressar mais do que aparentamos estar. — Der começa a rir. — Independentemente do que vocês vão fazer, só quero que aproveitem ao máximo e se precisarem de alguma coisa, podem contar comigo.
— Claro! Obrigada, Der. — Respondi.
Todos gostaram das palavras de Der. Ele sempre foi aquele que cuidou de nós, sempre foi o líder do grupo, ao mesmo tempo que respeitava o lado de cada um.
Depois de alguns minutos, Hana chegava e dizia:
— Pessoal, o ônibus está pronto para partir.
— Muito bem, vamos lá! — Der disse com empolgação que se levantava da poltrona.
Todos o acompanham e aquela sensação de que tudo daria certo invade em cada coração nosso.