Resumo
Eu posso estrangulá-la. Josh na cama. Aaah, cala a boca! Você quer ser um super-herói, mas não consegue nem matar uma barata insignificante. Pare com isso. A mandíbula da minha namorada está cerrada desde o momento em que a mãe de Delina apertou a mão de Paige, ela está se segurando, eu sei. Ela se vira para a mãe, que balança a cabeça como se quisesse avisá-la para não interferir, mas Fex cerra os punhos e tensiona ainda mais a mandíbula. Posso ouvi-la contando baixinho para mantê-la calma e ouço um meio rosnado sair de seus lábios. Eu a agarro e a puxo para perto de mim, mantendo meu olhar fixo no triângulo diante dos meus olhos e esperando que a situação não se degenere.
Capítulo 1
— Você se lembra que tipo de pessoa eu era antes de meu pai morrer? — Olho novamente para o céu iluminado pela luz do sol. Um brilho esplêndido penetra pelas janelas e me faz cobrir os olhos e me voltar para a garota que conversa com a tia. Sorrio e balanço a cabeça, depois olho para meu primo.
— Eu me lembro da Nata, mas somos humanos, todos podemos cometer erros e com esses erros podemos aprender, nos fortalecer e fazer a Nata crescer. E você cresceu muito. Quando olho para nossas fotos de quando éramos crianças, meu coração aquece ao ver como éramos e como somos agora. Convivemos com as mesmas pessoas e partilhamos as mesmas emoções... sabe, na sua simplicidade é fantástico, porque sinto que o nosso vínculo é forte e nunca será quebrado. —Meus olhos brilham porque há pouco pensei exatamente a mesma coisa.
Envolvo meu braço em volta de seu pescoço e a puxo para meu peito para abraçá-la em um abraço caloroso e fazê-la sorrir. — Você é como uma irmã para mim Paige, você é muito mais que minha prima. Você é realmente o único, junto com Matt, que sempre esteve lá. -
—E eu sempre estarei ao seu lado, assim como você estará ao meu lado. "Eu estarei lá quando você cair, você estará lá quando eu cair." — Ela imita as aspas enquanto cita a frase de alguém e eu me pego abraçando-a com mais força e inalando seu doce aroma caseiro. Sinto o cheiro da minha casa enquanto seus braços envolvem meu peito e sei que ela, assim como Matt, é uma presença permanente em minha vida. Faça o que fizer, onde quer que eu vá, eles estarão ao meu lado.
Eu sorrio e o beijo na testa.
—Interrompo as confissões de amor? — A voz de Delina me faz virar para ela, que olha para minha prima com um olhar estranhamente preocupado.
— Não Sara, claro que não. — eu rio. —Na verdade estávamos falando mal de você. — Coço o queixo fingindo estar falando sério, mas quando vejo Paige revirando os olhos e balançando os braços negando o que eu disse, caio na gargalhada e balanço a cabeça, colocando a mão no ombro das meninas que estão discutindo alegremente e brincalhão.
"Então, Paige", Delina suspira. — Pronto para conhecer sua sogra? -
- QUE? — Esta última grita, batendo os cílios com os olhos cobertos de pânico.
"Uh..." Ele passa a mão pelo rosto e suspira enquanto seus dedos se enroscam em seu cabelo, fazendo-o se mover. —Ela está aqui com a mãe do Fex, eu não esperava. -
- Merda. —ele sibila, mordendo o lábio.
— Qual é, que tragédia você está fazendo, não vai ser um monstro! -
Delina de repente se vira para olhar para mim e estreita os olhos, depois balança a cabeça e coloca a mão, um tanto impetuosamente, no meu ombro. — Nata, minha amiga, você não tem ideia de quem é minha mãe. Ela é uma mistura entre Satanás e Hitler e não sabe nada sobre minha orientação sexual. Mas como não a verei de qualquer maneira, exceto nos dias que antecedem a partida para a Sardenha, decidi falar com ela. Paige vai ficar comigo de qualquer maneira porque não há espaço para todos na Fex. -
— Eu gostaria de ver — eu rio — somos doze —
— Não pessoal, eu não consigo. Sua mãe me assusta. —meu primo intervém com a voz trêmula e começando a ir e vir na mesma direção da janela. Corro o risco de deixar uma rotina se não souber como parar.
- Tudo estará bem. Estamos com você. -
Davide chega com seu habitual ar de protetor do universo e me faz sorrir.
Deixo as meninas com ele e vou até Fex, que deixa seu olhar vagar de Paige para uma mulher e em parte para sua mãe, que presumo ser a mãe de Delina. Ela tem cabelos escuros na altura dos ombros, cheios de cachos como os da filha. Um sorriso deslumbrante cobre seu rosto, mas parece um sorriso falso, que não consigo decifrar. Quase parece um robô devido à sua configuração.
— Olá, sou Cristina, mãe da Delina. -
Pela graça divina, nos últimos dias Fex e eu nos treinamos para falar italiano e agora, mais ou menos, entendo o básico e também consigo falar, fora minha pronúncia horrível. Ela é uma boa professora, embora tenha me ameaçado e chantageado diversas vezes, dizendo que se eu não aprendesse italiano ela sonharia com o número um, dormir com ela de novo, número dois, sexo. Ela está convencida de que me chantagear com sexo faria o que ela quisesse, mas se você for honesto, ela não entende nada. Eu sei que no fundo eu a faria ceder num piscar de olhos.
Percebo Luca e Matt discutindo com a mãe de Rebekah, além do mais descobri que a mulher é uma professora de inglês rude e tem certificado de língua nativa, por algo que não entendo e Justin e Lucy conversando com o pai sobre Fex. Devo admitir que no início aquele homem me deixou um pouco ansiosa, mas depois entendi que ele só quer o melhor para sua filha e fiquei preocupada em como havia terminado entre ela e Paolo.
Esta família surpreende-me cada vez mais, de uma forma positiva obviamente.
— Eu sou Nata, filho do Fex. — Sorrio e estendo a mão em direção à mulher, cujos olhos âmbar, da mesma cor da minha amiga. Eles me examinam e me estudam como se eu tivesse que passar pelo detector de metais e ela fosse a polícia verificando se estava tudo bem.
— Fex sempre escolhe bem seus amores. -
Dou-lhe um meio sorriso, sem entender o verdadeiro significado de suas palavras, e me viro para minha namorada que está me observando e enquanto isso roe as unhas com um olhar ansioso. Acho que ele está preocupado sobre como isso vai acabar para Delina e sua mãe. Ela balança a cabeça e entrelaça as mãos nas minhas, depois sorri falsamente para a mulher e se vira para Delina, que se aproxima com Paige atrás dela.
— Olá mãe — A voz de Delina se divide entre as duas — Por que você está incomodando a Nata? -
— Ah Sara, minha querida filha! —ele exclama, agitando os braços no ar—Você finalmente se dignou a vir cumprimentar sua mãe! -
Esta última bufa e revira os olhos, então começa a dançar nervosamente as pernas, então Fex lentamente se aproxima dela e aperta suavemente seu braço, deixando-a ciente de sua presença. — Bom dia dona Cristina, como vai? — Minha namorada pergunta.
— Me chame de seu Fex, nos conhecemos há anos, estou bem, e você? — ele sorri e coloca a mão no rosto dela, acariciando-a suavemente. Meu instinto me diz para puxar seu braço e arrastá-la para meus braços, mas minhas ações são bloqueadas pela mão do meu melhor amigo segurando meu pulso com força enquanto ele balança a cabeça. Ele também entendeu que essa mulher tem algo estranho, ela tem uma aura estranha ao seu redor.
— Eu consigo, obrigado. — Fex responde sorrindo.
—Mãe, preciso te apresentar uma pessoa muito importante para mim. -
Ele pega a mão de Paige e ela a estende para a mãe de Delina.
— Esta é Paige… minha… minha… namorada. -
Neste momento todos estão ao nosso redor, até mesmo os pais de Fex, observando a cena, todos encostados de lado. Os olhos de Fex vão da menina para a mãe dela, ele dá um passo para trás e bate no meu peito.
Luca se aproxima de Fex e sussurra uma música em seu ouvido que não faço ideia do que significa.
- Você não vê que eu sou
Fumaça Namek verde, desculpe Dende?
O time atacante, aqui ninguém defende,
Não me diga que você vai embora, fica ou vai embora... —
Fex tenta conter o riso e olha para o amigo com um olhar sério, enquanto Davide deixa uma xícara para ele e o menino reclama que só queria relaxar e tornar a situação menos onerosa.
A mãe de Delina ainda não disse nada, ela deixa seu olhar vagar dela, para Paige, para Fex, depois para todos nós, e de volta para Delina.
-Eu sou Cristina. — Ele dá um meio sorriso, mais por cortesia e dever do que qualquer outra coisa, depois aperta a mão dela.
Delina não tira os olhos da mãe, olha para ela como se ela fosse uma espécie de monstro.
— Sara, você tem certeza? - diz ele de repente num tom amargo e nervoso.
— Sim. Qual é o problema? Eu me apaixonei por Paige. —ele diz, cruzando os braços e levantando uma sobrancelha.
Fex permanece na posição, como se esperasse uma determinada reação.
— Não, é que eu não sabia disso seu… —
— Não é nada mãe, o que há de errado? Deus não permite esse tipo de relacionamento? -
Sua voz está cheia de ressentimento e tem uma pitada de ódio, eu acho.
Ele não pode odiar sua mãe.
Talvez ele não a odeie, mas ele sente muita raiva dela, isso fica evidente. É quase palpável.
Vamos esperar para ver o que acontece, isso não é um bom presságio.
Cristina se vira para Paige e olha para ela, olhando-a de cima a baixo. Posso dizer que o olhar dele é como... enojado? Isso também me irrita, ele ainda não disse nada de ruim, mas a maneira como olha para Paige não é um bom presságio.
—Vamos para casa Delina, temos que conversar. -
Ele diz arrancando a mala das mãos dela.
—Ela vem conosco. — Delina puxa Paige pelo braço e a garota estremece por alguns instantes, mas depois se recompõe e olha para Delina preocupada.
— Não, ela está com Fex. — a mulher desabafa, olhando nos rostos de todos os presentes.