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Medindo sua pele

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girasol
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Resumo

Tina Camila Gonzales é a Cinderela contemporânea. Nunca fui a mais bonita, nunca namorei, nunca fui beijada. E, claro, ele nunca fez sexo com ninguém. Ela não tem amigos ratos ou fadas madrinhas, mas achou que realizaria seus sonhos em Nova York. Só não aconteceu nada. Deixando sua família em desespero, ela recebe um ultimato de sua avó sendo forçada a se casar com um velho fazendeiro de sua aldeia, com o dobro (triplo? Talvez quádruplo?) de sua idade. Em uma última tentativa, ele se candidata a um emprego na empresa de Brian Will Urymen, o CEO implacável, frio, calculista, atraente e bonito, com algo maior que um sapatinho de cristal... Brian Will não é o Príncipe Encantado, mas ele é o único que pode salvar Tina Camila antes do último sinal tocar.

girasolRomance doce / Amor fofo amorbilionárioCEO

OLHO!!

A história de Patinho Feio e Cinderela (você pode pular e começar com o capítulo 1)

Era uma bela manhã de verão na lagoa. Todos os animais que ali viviam se sentiam felizes sob o sol quente, especialmente uma pata que, de um momento para outro, esperava que seus patinhos viesse ao mundo.

– Está um dia maravilhoso! – pensou a perna enquanto descansava sobre os ovos para aquecê-los-. Seria ideal se meus filhos nascessem hoje. Mal posso esperar para vê-los porque com certeza serão os mais bonitos do mundo.

E parece que seus desejos foram realizados, porque no meio da tarde, quando todo o campo estava em silêncio, houve alguns rangidos que acordaram a futura mamãe.

Sim, chegou a hora! As cascas começaram a se quebrar e, muito lentamente, uma a uma as cabeças dos filhotes surgiram.

– Mas como vocês são preciosos, meus filhos! exclamou a mãe orgulhosa. Que fofo eu imaginei você.

Só faltou uma garota para sair. Vê-se que ele não era tão habilidoso e era difícil para ele quebrar a concha com seu pequeno bico. No final, ele também conseguiu esticar o pescoço e enfiar a cabeça enorme para fora da concha.

- Mamãe mamãe! – disse a estranha garota com uma voz esganiçada.

A pata, quando o viu, ficou com medo! Não era um patinho amarelo gorducho como os outros, mas um pato grande, gordo e preto que não se parecia em nada com seus irmãos.

– Mamãe?... Você não pode ser meu filho! De onde veio uma coisa tão feia? – repreendeu-o – Sai daqui, impostor!

E o pobre patinho, de cabeça baixa, afastou-se da lagoa enquanto ao fundo ouvia as risadas dos irmãos, zombando dele.

Durante dias, o patinho feio vagou de um lugar para outro sem saber para onde ir. Todos os animais que encontrou o rejeitaram e ninguém queria ser seu amigo.

Um dia ele chegou a uma fazenda e encontrou uma mulher que estava varrendo o celeiro. O patinho pensou que poderia encontrar abrigo ali, mesmo que por um tempo.

"Senhora", disse ele com voz trêmula, "seria possível que eu ficasse aqui por alguns dias?" Eu preciso de comida e um teto para viver.

A mulher olhou para ele com o canto do olho e aceitou, então por um tempo, o patinho não faltou nada. Para falar a verdade, ele sempre tinha bastante comida à sua disposição. Tudo parecia estar indo bem até que um dia, ele ouviu a mulher dizer ao marido:

– Você viu como aquele pato ficou gordo? Já é bem grande e brilhante. Acho que chegou a hora de comermos!

O patinho ficou tão assustado que correu pela cerca de madeira e se afastou da fazenda. Durante quinze dias e quinze noites ele vagou pelo campo e comeu o pouco que encontrou. Não sabia mais o que fazer ou para onde ir. Ninguém o amava e ele se sentia muito infeliz.

Mas um dia sua sorte mudou! Chegou por acaso a uma lagoa cristalina e ali, deslizando na superfície, viu uma família de lindos cisnes. Alguns eram brancos, outros negros, mas todos esbeltos e majestosos. Nunca tinha visto animais tão bonitos. Um pouco envergonhado, levantou a voz e disse-lhes:

- Olá! Posso dar um mergulho na sua lagoa? Estou andando há dias e preciso me refrescar um pouco.

-Claro que sim! Aqui você é bem-vindo. Você é um de nós! – disse um que parecia ser o mais velho.

– Um dos seus? Não entendo…

– Sim, um dos nossos. Você não conhece sua própria aparência? Curve-se e olhe para si mesmo na água. Hoje está tão limpo que parece um espelho.

E o patinho também. Ele se inclinou sobre a margem e... Ele não podia acreditar! O que viu o deixou sem palavras. Ele não era mais um pato gordo e chato, mas nos últimos dias havia se transformado em um lindo cisne negro de pescoço comprido e bela plumagem.

Seu coração saltou de alegria! Nunca vivi um momento tão mágico. Compreendeu que nunca tinha sido um patinho feio, mas que tinha nascido cisne e agora olhava em todo o seu esplendor.

"Junte-se a nós", seus novos amigos o convidaram. A partir de agora, cuidaremos de você e você será um de nosso clã.

E feliz, muito feliz, o pato que era cisne, entrou na lagoa e dividiu o passeio com quem realmente o amava.

Cinderela

Muitos anos atrás, em um país distante, havia uma linda garota de olhos verdes e cabelos loiros. Além de linda, ela era uma jovem doce que tratava a todos com gentileza e estava sempre com um sorriso no rosto.

Ele morava com sua madrasta, uma mulher despótica e mandona que tinha duas filhas tão vaidosas quanto insuportáveis. Feias e desajeitadas, desprezavam a doce menininha porque não suportavam que ela fosse mais bonita do que eles.

Eles a tratavam como uma serva. Enquanto as senhoras dormiam em confortáveis camas de dossel, ela dormia em um sótão humilde. Ele também não comia as mesmas iguarias e tinha que se contentar com as sobras. Como se isso não bastasse, ela tinha que fazer os trabalhos mais difíceis da casa: lavar a louça, lavar a roupa, esfregar o chão e limpar a lareira. A pobrezinha estava sempre suja e coberta de cinzas, então todos a chamavam de Cinderela.

Um dia, uma carta do palácio chegou à casa. Dizia-se que Alberto, filho do rei, ia celebrar naquela noite uma festa de gala para a qual foram convidadas todas as mulheres casadas do reino. O príncipe estava procurando uma esposa e esperava encontrá-la em um baile.

As meias-irmãs da Cinderela ficaram loucas de alegria! Eles correram para seus quartos para escolher seus vestidos pomposos e as joias mais extravagantes que tinham para impressioná-lo. Os dois ansiavam pelo belo herdeiro e começaram a discutir acaloradamente sobre qual deles seria o sortudo.

– Está claro que ele vai me escolher! Estou mais magro e mais inteligente. E também… Olha como esse vestido me cai bem! – disse a mais velha, revelando os dentes salientes enquanto apertava as alças do espartilho com tanta força que mal conseguia respirar.

- Nem sonhe com isso! Você não é tão legal quanto eu! Além disso, sei que o príncipe gosta de mulheres de olhos grandes e olhar penetrante – respondeu a mais nova das irmãs enquanto pintava os olhos, esbugalhados como os de um sapo.

Cinderela os olhava meio escondida e sonhava em ir àquele baile maravilhoso. Como um cão de caça, a madrasta apareceu das sombras e deixou claro que era apenas para senhoras ilustres.

– Não se atreva a aparecer aí, Cinderela! Você não pode aparecer no palácio com esses trapos. Você se dedica a varrer e esfregar, e é para isso que você serve.

A pobre Cinderela subiu ao quartinho onde dormia e chorou amargamente. Pela janela, ela viu as três mulheres embonecadas partirem para a grande festa, enquanto ela foi deixada sozinha com o coração partido.

– Como sou infeliz! Por que me tratam tão mal? – repetiu sem consolo.

De repente, a sala se iluminou. Em meio às lágrimas, viu uma mulher de meia-idade com um rosto bem-humorado que começou a falar com ele com uma voz aveludada.

– Querida… Por que você está chorando? Você não merece ficar triste.

- Eu estou muito infeliz! Minha madrasta não me permitiu ir ao baile do palácio. Eu não sei por que eles se comportam tão mal comigo. Mas, quem é?

– Eu sou sua fada madrinha e venho te ajudar, minha menina. Se há alguém que tem que assistir a essa dança, é você. Agora confie em mim. Venha comigo ao jardim.

Eles saíram de casa e a fada madrinha pegou uma abóbora que estava na grama. Ele a tocou com sua varinha e magicamente se transformou em uma carruagem luxuosa com rodas douradas, puxada por dois cavalos brancos e esguios. Então ele acenou com a varinha para um camundongo correndo entre seus pés, transformando-o em um cocheiro magro e prestativo.

– O que você acha, Cinderela?... Você já tem alguém para te levar ao baile!

– Ah, que maravilha, madrinha! a jovem exclamou. Mas com esses trapos não posso me apresentar em um lugar tão chique.

Cinderela estava prestes a chorar de novo ao ver como seus chinelos estavam rasgados e os trapos que ela tinha como vestido.

- Ah, não se preocupe, querida! Eu tenho tudo planejado.

Com outro toque mágico, ela transformou suas roupas desastrosas em um lindo vestido de baile. Seus chinelos gastos tornaram-se delicados e lindos chinelos de cristal. Seu cabelo estava preso em um lindo laço adornado com uma faixa de diamantes que expunha seu longo pescoço. Ela estava radiante! Cinderela ficou espantada e começou a girar alegremente.

– Ah, que vestido lindo! E o colar, os sapatos e os brincos…! Diga-me que isso não é um sonho!

– Claro que não, minha menina. Hoje será sua grande noite. Vá ao baile e divirta-se muito, mas lembre-se que você tem que voltar antes que as badaladas do relógio toquem as doze, porque nessa hora o feitiço será quebrado e tudo voltará a ser como era antes. Agora apresse-se que está ficando tarde!

– Obrigado, muito obrigado, fada madrinha! Obrigada!

Cinderela prometeu estar de volta antes da meia-noite e partiu para o palácio. Quando ela entrou na sala onde estavam os convidados, todos se separaram para deixá-la passar, pois nunca tinham visto uma senhora tão bela e refinada. O príncipe foi beijar sua mão e foi imediatamente cativado. Daquele momento em diante, ele não tinha olhos para nenhuma outra mulher.

A madrasta e as meias-irmãs não a reconheceram, pois estavam acostumadas a vê-la sempre esfarrapada e coberta de cinzas. Cinderela dançou e dançou com o lindo príncipe a noite toda. Ela estava tão extasiada que foi pega de surpresa pelo som do relógio da torre batendo as doze pela primeira vez.

- Eu tenho que ir! – sussurrou para o príncipe enquanto corria em direção à carruagem que o esperava na porta.

– Espere!... Eu gostaria de vê-lo novamente! gritou Alberto.

Mas Cinderela já tinha ido embora quando o último sinal tocou. Em sua fuga, ele perdeu um dos sapatos de cristal e o príncipe cuidadosamente o pegou. Depois voltou para o quarto, terminou a dança e passou a noite inteira suspirando de amor.

No dia seguinte, ele acordou determinado a encontrar a misteriosa garota por quem havia se apaixonado, mas nem sabia o nome dela. Chamou um servo e deu-lhe uma ordem muito clara:

– Quero que você viaje pelo reino e procure a mulher que perdeu este sapato ontem. Ela será a futura princesa, eu vou casar com ela!

O homem obedeceu sem questionar e foi de casa em casa procurando o dono do delicado sapatinho de cristal. Muitas moças que queriam o príncipe tentaram fazer o pé caber nele, mas não teve jeito, não deu certo para nenhuma delas!

Por fim, ele apareceu na casa da Cinderela. As duas meias-irmãs desceram cacarejando como galinhas e o convidaram para entrar. Eles obviamente tentaram o seu melhor para colocar o sapato, mas seus pés enormes e gordos nem chegaram perto. Quando o criado estava saindo, Cinderela apareceu no corredor.

– Posso experimentar, senhor?

As irmãs, ao vê-la, soltaram uma risada que mais parecia um zurro.

– Que insolência! – gritou a meia-irmã mais velha.

- Para que? Se você não foi ao baile! – disse a garotinha entre risadinhas.

Mas o lacaio foi obrigado a provar isso a todas, absolutamente todas, as mulheres do reino. Ele se ajoelhou na frente de Cinderela e com um sorriso, viu como o pé esbelto da garota deslizava dentro dele suavemente e se encaixava como uma luva.

O rosto da mãe e das filhas era um poema! Eles estavam atordoados e com uma expressão tão pateta em seus rostos que pareciam prestes a desmaiar. Eles não podiam acreditar que Cinderela era a bela mulher que se apaixonou pelo príncipe herdeiro.

- Senhora - disse o criado olhando para Cinderela com alegria - o príncipe Albert está esperando por você. Venha comigo, por gentileza.

Humildemente, como sempre, Cinderela vestiu um simples casaco de lã e partiu para o palácio para se juntar ao amante. Ele estava esperando por ela nos degraus e correu para abraçá-la. Pouco depois, eles celebraram o casamento mais bonito da memória e foram muito felizes por toda a vida. Cinderela se tornou uma princesa muito amada e respeitada por seu povo.