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Capítulo 4

RK narrando

Eu resolvo ir até a entrada do morro junto de LK, para ver o que estava me esperando agora lá embaixo, Ph tem razão talvez eu estava deixando Antonio se criar aqui dentro por causa da amizade dele com meu pai.

Enquanto meu pai era vivo, os dois eram carne e unha, meu pai confiava muito nele e nossas famílias eram bem unidas, mas eu sempre tive o pé atrás com ele, mas pela memoria do meu pai eu sempre relevei todas as atitudes dele aqui dentro do morro.

— - Eu já disse que não tenho o dinheiro agora – Antonio fala para o cara que eu nunca tinha visto na minha frente – uma semana eu te consigo.

— - Eu te dou dois dias – ele fala – dois dias, se não você morre. – o cara diz apontando uma arma para ele e Vadio se aproxima deles com a arma apontado.

— - Já deu – Vadio fala – vaza, anda. Aqui não é teu lugar, quem manda é a gente, não queira que eu atiro em você;

— - Dois dias – o cara o ameaça antes de entrar dentro do carro

Antonio que já está branco se vira e dar de cara comigo com os braços cruzados e fica totalmente sem cor. Ele respira fundo, ele poderia ser mais velho e ter tido amizade com meu pai, mas sei que ele se caga de medo toda vez que me ver.

— - RK – ele fala – você precisa me adiantar algum dinheiro. Por favor, eu te imploro – ele suspira – estou precisando, não tenho como pagar esse cara não.

— De novo você não tem como pagar ninguém Antonio? Estou cansado disso.

— Por favor, tenha piedade, a minha filha veio morar comigo aqui agora.

— - Vamos conversar na boca – eu falo.

— - Chegou carregamento – Vadio fala.

— - Vai lá Lk – eu falo para ele.

Eu subo com Antonio nas minha cabeça pedindo dinheiro emprestado, era toda vez isso, vinham cobrar ele e ele me pedia dinheiro emprestado e a sua divida aqui dentro só aumenta e aumenta.

— - Você tem certeza de que quer ficar devendo para mim? – eu falo para ele. – porque sua conta tá grande aqui e daqui a pouco vamos começar a cobrar.

— - Eu estou devendo esse dinheiro e você escutou ele me ameaçou de morte – ele fala.

— - Eu não tenho cara de banco Antonio – eu falo.

— - Eu tenho uma filha para criar – ele fala.

— - Tua filha já tem quase 18 anos – eu falo e começo a rir – e outra tua filha nem aqui estava, agora do nada que voltou.

— - Mas ela só tem a mim – ele fala.

— - Cadê a grana que tu recebe quando ela foi embora? – eu respondo – tu sabe que recebeu.

— Eu dei a ela , a mãe dela – eu falo – e Heloise não pode nem desconfiar desse dinheiro.

— - Eu não vou te dar um real e vai ser a ultima vez que eu vou te dar esse aviso – eu olho para ele – eu não quero mais ninguem na entrada do meu morro ameaçando morador meu, da próxima eu mando te levar, eu te entrego e não dou proteção.

— - RK por favor eu te vi crescer – ele fala.

— - Isso aqui é negocio – ele fala – eu não misturo as coisas, se você conseguir me entregar tudo que eu encomendei em dois dias, você recebe a grana e paga seu prejuízo por ai. Se não, adianta o que conseguir para tua filha comprar teu caixão. – ele me encara com raiva – agora vaza daqui. – Lk entra com a bolsa de dinheiro – anda caralho vaza.

— - Tu vai se arrepender – ele fala me ameaçando e eu começo a rir dele e da sua atitude. – eu desço depois para trazer uma parte da encomenda – ele fala para o Lk.

— - o idiota querendo me ameaçar – eu falo rindo – quanto tem ai? – vejo Lk com a maleta com grana.

— - 400 mil reais – ele fala.

— - Vem pro papai – eu falo abrindo a bolsa e pegando os bolo de dinheiro na mão e abrindo um sorriso – esse é o momento satisfatório para nós, já podemos encomendar a nova leva de armas e munições.

— - Vou providenciar – ele fala – só vou resolver uma coisa e já providencio isso.

Lk fala e eu mexo na aquela grana com um sorriso estampado no rosto. Hoje era dia de comemorar com as novinhas.

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