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05 - Greta Leblanc

Greta Leblanc

Com o pensamento ainda girando em torno de problemas que podem estar se aproximando de nossas fronteiras, começo a sentir que todos os cheiros de lobos que conheço, ficaram para trás, sentia apenas a fragrância de hortelã bem sutil, sobreposta a que ele está deixando agora enquanto está me levando para algum lugar. Acredito ser um rastro muito antigo, provavelmente Thalan não deve usar esse caminho com frequência.

Começo ouvir uma cachoeira não muito distante de onde estamos andando, vejo o enorme lobo vermelho diminuindo o ritmo da corrida. Ele vira em minha direção e com seu focinho apontar para o lado, consigo avistar a grande cachoeira que havia ali.

Ando um pouco mais devagar, notando que a floresta começa a se abrir revelando um lugar lindo, a cachoeira enorme estava ali nos aguardando, criando um pequeno lago e um riacho, imagino que a água vá para o lago principal, ou até mesmo desemboque no grande oceano.

Fico encantada com o lugar que é muito lindo, consigo sentir o cheiro de magia brotando da terra, das rochas, da água e até mesmo das árvores, que parecem ter se fechado para nos manter ali em segurança. Sinto a minha loba curiosa e não posso negar que concordo com ela, afinal Thalan nos trouxe muito longe.

Thalan começa andar pela margem do pequeno lago, o vejo passar por baixo da queda d’água, fico um pouco receosa e ouço o seu latido me chamando. Ando pelo mesmo lugar por onde ele andou, confiando em não cair no lago. Assim que passo pelo véu da cachoeira que molha os meus pelos, fico chocada ao perceber que o lugar onde ele me trouxe é uma toca enorme. Entro lentamente e noto o quanto ela é muito bem equipada.

Ando por todo o lugar e o vejo passar em na minha frente, agora em seu corpo humano. Thalan passa a mão por meu pelo molhado e me conduz até o fundo da toca. Sinto uma vergonha desmedida quando ouço minha loba começar a grunhir, tento controlar, mas não consigo. Sinto como se ela estivesse me colocado em um banquinho de castigo e tenha tomado total controle.

Sigo trotando atrás dele que me leva até uma grande cama no fundo da caverna, Thalan estende o braço para me sentir a vontade em andar pelo lugar. O vejo pegar algumas toalhas, ele começa a enxugar seu cabelo e se senta na ponta da cama e me chama com o indicador.

— Greta, posso secar você? — Ele me pergunta delicadamente.

Me aproximo dele e minha loba senta em sua frente, a percebo sorrindo com a língua para o lado de fora.

— Você é linda, sabia? Sempre admirei você, mas precisava que estivesse pronta para que pudesse te reivindicar…

Não entendo o que ele quer dizer, me reivindicar? Estou confusa, porque Thalan me reivindicaria, afinal não sou uma candidata.

— Que tal se transformar e podemos conversar. — Pisco com os olhos e em segundos estou com minhas mãos em suas pernas.

— Como reivindicar? Não sou a sua predestinada Thalan, como planeja fazer isso? — Pergunto confusa com o que ele fala.

Mas sua mão volta para a minha nuca e me puxa para perto dele, aquela pressão novamente, aquele olhar dominante fazendo sentir um pulsar delicioso em minha boceta que já estava molhada pela proximidade de sentir um delicioso orgasmo. Estávamos a poucos centímetros de distância, conseguia sentir quase o sabor de seus lábios.

Fecho os olhos e sinto a minha loba gostando da pressão que ele coloca ali, reconheço o lobo dele e vejo que ele também gosta assim como a minha loba.

Thalan deixa um rosnado alto sair de sua garganta, quando tento medir forças com ele, tento escapar de seu agarro, mas apenas porque a minha loba estava testando o lobo de Thalan, vendo se ele realmente será um protetor para ela.

Sua mão me puxa para um beijo, depois da nossa pequena disputa de força e comando, acabo me rendendo ao desejo e a luxúria. Sinto que a força dele é muito maior que a minha então paro de lutar com ele, necessito que ele me faça sua, que ele me escolha realmente com a companheira, para caminhar pelo resto de nossas vidas juntos.

Já que a nossa maior lei é a lealdade, traições é punido com a morte do parceiro e com o outro lobo ou loba que se envolverem. Estava ainda com as mãos nos ombros de Thalan, sentindo quanto seus músculos são fortes e firmes no lugar.

Ouço um som saindo de sua garganta me controlando, parecendo uma canção que me tranquiliza. Sorrio ao sentir seus lábios exigindo que abra espaço para conseguir sentir minha língua lutar com a sua.

Mordo seu lábio inferior sentindo o sabor do sangue que me deixa ainda mais excitada para que Thalan me puxe de uma vez para a sua cama. Mas em vez de satisfazer o meu desejo, ou de minha loba, suas mãos me puxam do chão, sorrio quando noto que a sua intenção é simplesmente me sentar em seu colo.

Com um sorriso convencido, Thalan retira a sua ereção do caminho, já que ele sabe o que estou desejando. Afasto meus lábios do dele e deixo que ele trilhe beijos por meu pescoço e minha clavícula.

— Quero tanto morder você aqui! — Ouço a excitação em sua voz.

“Me morda”

— Minha loba está implorando por isso! — Digo.

— O meu também, há meses ele vem desejando…

Sinto uma leve mordida, mas sei que não é o suficiente para ele me reivindicar como sua companheira. Entendo que Thalan precisa primeiro da permissão de seu pai, mesmo ele dizendo que a escolha é dele.

Eu sei que não é! Há muito em jogo.

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