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Capítulo 10

E lá estava eu a caminho da cabana que era nossa. Sim, aquela mesma, e lá as lembranças seriam piores.

Estacionei e subi os dois degraus, fechei os olhos e bati na porta, Carl abriu a porta.

-Bom dia, Anny, é tão bom ver você depois de todo esse tempo, por favor, entre", ele me abraçou e beijou meu rosto.

Entrei e lá estava tudo. Tudo estava absolutamente igual, os móveis e .... a foto .... que tiramos no lago. Havia outra com um garotinho de olhos verdes, que devia ser o filho de Carlos.

-Bem, estou indo embora, joguei todas as bebidas nele, as garrafas sumiram da cabana e, acredite, ele tem um temperamento explosivo. Vou deixar você.” Eu o vi partir.

Eu me virei e não ouvi nada, para onde diabos Carlos foi, dei uma volta e a cabana tinha quartos. O principal era o nosso antes de .... mas ouvi barulhos no quarto dos fundos, fui até lá e foi um grande erro. Ela estava apenas com a toalha nos quadris, com os braços trabalhados e o tronco um pouco marcado, o cabelo molhado e a água escorrendo pelo peito.

-Olá, querida, o que você está vendo é do seu agrado?

-Humm? Não....uhghh... eu não conseguia te encontrar e o Carl.... veio te procurar, você está pronta?

-Não, espere - ele tirou a porra da toalha.

Eu me lembrava dele, mas Jesus! Ele tinha um pau enorme, ele tinha crescido ou o quê? Era impossível não olhar para ele. Eu engoli e o idiota se virou, oh Deus .... aquela bunda.

-Eu esperava que você estivesse fora de casa.

Eu queria sair correndo dali, mas porra, o Carlos era assim, ele nunca escondia seu corpo da minha vista e eu juro que meus mamilos puxavam a porra do meu sutiã. Isso ia ser um inferno, minutos depois ele estava pronto, eu tinha começado a preparar o café da manhã. Os armários estavam cheios e a geladeira estava repleta de coisas, essa era Grace.

Eu estava pronto com bacon, ovos, suco de laranja, pão e café quando ela apareceu na cozinha. Quase chorei com as lembranças. Tínhamos que conversar, eu sabia disso de antemão.

Sente-se, Carlos, eu vou servir você, também não tomei café da manhã", ele fez isso com relutância e seu cheiro chegou até mim.

-Não sou um caso de caridade, querida.

-Eu sei, mas ontem o juiz amarrou nós dois, então você vai ter que agüentar isso como eu agüentei você", ele me olhou da cabeça aos pés.

Você ainda é linda, desculpe-me pelo outro dia, eu não deveria tê-la insultado. .....

-Desculpas aceitas, agora vamos tomar o café da manhã.

Nós nos servimos do que tínhamos e ele apenas me olhou, até que decidiu falar.

Desculpe-me, Ana. Nunca quis te magoar .... Pensei que fosse você, ela estava usando seu perfume, pensei que ..... eu estava bêbado, não me justifico, mas foi a primeira vez que bebi e quase entrei em coma por causa disso, paguei caro por isso e você foi embora- -Eu realmente pensei que fosse eu.

-Você realmente pensou que era eu? .... me machucou e eu tinha anos de idade, eu era imaturo.... e isso me destruiu, eu não vou te dizer que foi fácil.... mas papai ontem me pediu para te perdoar....., eu te perdoo Carlos, isso acabou agora, eu sabia que o pai de Elena ameaçou tirar minhas notas e minha bolsa de estudos.... eu não sabia de nada....- -Mamãe te contou, ela contou a ela, ela não sabia de nada....-

-Mamãe contou a você, ela foi a única a quem contei...

-Ela disse a você. Eu não queria saber nada sobre Marble Falls depois que eu fui embora.... Eu não podia...-Eu não queria.

Ele me olhou nos olhos e depois olhou para o seu café.

-Há outra coisa para a qual eu não deixei você voltar, não é? Você vai me contar um dia?

Um dia, diga-me, além de ficar no rancho, o que mais você faz?

-Foder pessoas? O álcool é meu refúgio, Anny, desde que você foi embora. Eu me casei com Elena sob chantagem do pai dela, fiz isso para que você tivesse o que merecia. Estudar e esquecer, é isso que eu deveria fazer..... feliz, seu doce?

Olhei para ele e tive vontade de sair correndo dali, ninguém nunca havia me perguntado isso, até agora.

-Com minha profissão, se .... eu sou, e ....-

- Eu não pergunto isso, quero saber se você está feliz com seu namorado, sei que você vai se casar, só espero que ele realmente te ame Ana. Se sim, ficarei feliz por você - pisquei diante de tal afirmação, eu ainda estava tomando café da manhã.

-Sério, Carlos? Você ficaria feliz se eu me casasse com outra pessoa?

-Sim, eu ficaria, mesmo que por dentro eu esteja morrendo de vontade de ser doce. Você merece um homem, eu só estou arrasado porque a vida me tirou as duas únicas pessoas que eu tinha", olhei para ele e perguntei.

-Sua esposa e seu filho?

-Não, querida, você e meu filho. Vou pegar minha jaqueta e meu chapéu e vamos embora.

Ele se levantou da mesa e eu fiquei olhando estupidamente para ele enquanto pegava suas roupas. Levantei-me e deixei tudo na máquina de lavar louça, comecei a lavar as coisas, pensando em mil coisas. Quando o senti atrás de mim falando, perto demais.

-Deixe isso, Anny, quando eu chegar lá à tarde, eu faço isso. Ainda faço minhas próprias coisas quando estou sóbria", fechei a torneira e me virei.

Ele olhou para mim, seus olhos pousaram em meus lábios e ele passou a língua sobre meu lábio inferior e soltou a ponta de sua língua rosa. Ele continuou olhando para mim e eu não me mexi. Ele se aproximou ainda mais e esticou o braço. Em seguida, pensei que ele fosse me beijar, mas ele não o fez. Ele pegou o pano de prato e o entregou a mim.

-Aqui, enxugue suas mãos, elas estão molhadas. Você quer ir?

Sim .... -....- Saí pela lateral e peguei minha jaqueta que havia deixado pendurada na cadeira.

Não a peguei e ele a tirou do lugar e a abriu para mim. Eu me virei e passei os braços pelas mangas e ele pegou meu cabelo e o afastou, passando os dedos pelo meu pescoço. Isso fez com que minha pele sentisse o calor de sua mão, porque ele ajeitou a gola da minha jaqueta, afastando meu cabelo para o lado no rabo de cavalo que fiz para mim. Eu me virei e o olhei nos olhos, ainda afetada por Carlos?

-Vamos, temos que estar na clínica às 15:00, pelo que sei, é hora de abrir", sua voz soou rouca e a lembrança de uma cama e de seu corpo me veio à mente.

-Vamos lá", ele abriu a porta da frente para mim e fomos para a van.

Não sei se fui eu ou o aquecimento que coloquei na metade da temperatura, pois fevereiro ainda estava frio, o calor estava começando em maio e, com o tempo, o clima havia mudado bastante no planeta.

Tivemos que passar pela ponte e pelo lago Marble Falls, que na verdade era o rio Colorado, para chegar à cidade. As lembranças que tínhamos eram mútuas, ele estava me olhando de lado e eu estava nervosa.

-Por que você está olhando tanto para mim? Você está olhando tanto para mim? Há algo errado, Carlos?

-Você vai me buscar todo mês, querido, ou vai morar comigo? Eu pisei no freio no semáforo a uma quadra da clínica.

-Por que eu teria de morar com você, se você tem de se inscrever nos Alcoólicos Anônimos? .... Ele sorriu para mim.

-Bem, ontem o juiz me disse em particular que, como você vai cuidar de mim, não preciso de mais ninguém. Você cuidará de mim.

Vigiá-lo? Eu queria enforcá-lo, e papai, que truque Sam Hamilton pregou em mim!

Chegamos e fomos rapidamente para o estacionamento. Entramos com ele seguindo meus passos e tudo o que eu queria fazer era chutá-lo nas bolas! Peguei as chaves e, droga, não consegui colocar a maldita chave. Ele se aproximou de mim, novamente, com aquele cheiro de merda que ele usava desde que éramos adolescentes e pegou minha mão para colocar a chave na fechadura.

A maldita corrente, a que eu havia esquecido, estava me matando, porque sua respiração chegou ao meu pescoço, seu corpo pressionado contra o meu era só para sentir aquelas emoções que eu havia desligado em meu sistema desde que eu tinha ido embora. Giro a chave com minha mão e a dele em cima dela.

-Pronto .....ya este docinho-

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