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CAPÍTULO 7 O Meu Instinto Protetor

CAPÍTULO 7

O Meu Instinto Protetor

Narrado por Kevin

O que consome a tua mente, controla a tua vida

Onde eu estava com a cabeça para ir na conversa do Gustavo?

Ele é um desmiolado e eu fui na sua conversa e agora me vejo numa situação estranha, que nem sei como agir com ela.

Para mim relações sempre foi o normal, conhecemos uma garota, se nos interessar nos mostramos interessados, se ela também tiver a fim, ótimo, se não partimos para outra.

Mas o meu grande problema é que mulheres se tornaram realmente um problema, e eu deixei pura e simplesmente de ter grande interesse em ter uma relação séria.

Sei que isso tem a ver com o meu passado mas que posso eu fazer?

Mas no meu meio, no meu trabalho preciso de ter uma companhia feminina para me acompanhar, seja a jantares, festas, seja o que for, os meus clientes prezam quem esteja acompanhado.

E desde que…

Suspiro chateado.

— Mas que merda.

Passo as minhas mãos pelos cabelos irritado.

Eu nunca devia ter ido àquele leilão.

Onde já se viu, leiloar mulheres.

Só mesmo o Gustavo para conhecer essas merdas.

Eu nem sabia para o que eu ia, nem o que ia acontecer de facto, mas quando ela entrou, o meu instinto protetor saltou do sítio onde tinha estado escondido, sei lá eu onde e voltou em força total.

Filho da puta de instinto, que me colocou em maus lençóis.

E agora, ela ali no closet ao lado, tão linda, tão perfeita, me faz ter o mais profundo desejo por ela.

Mas eu não a vou obrigar a nada, que espécie de homem seria eu, obrigar uma mulher a foder comigo, não mesmo.

Depois de tomar banho e me preparar devidamente, desço ao andar de baixo.

Ela já está lá.

— Peço desculpa pela demora. — desculpo-me, ao chegar perto dela.

— Não demoraste, eu é que não quis que ficasses à minha espera, não gosto que esperem por mim.

— Ótimo, vamos então, detesto me atrasar.

Já na limousine recebo uma mensagem do doido do meu melhor amigo Gustavo.

Mensagem do Gustavo:

"Então irmão, já voltaste da Alemanha? Trouxeste alguma gostosa lá do leilão, ou perdeste para um velho miserável e babão ahahah."

Mas eu não digo que ele é louco, caralho.

Mensagem do Kevin:

"Mas tu és um maluco mesmo, mas sim trouxe uma bela garota comigo"

Mensagem do Gustavo:

"Uau seu felizardo de merda, gastaste uma fortuna pela garota e agora? Já experimentaste o produto?"

Mensagem do Kevin:

"Produto? Mas tu és mesmo um ignorante"

Ele manda mais outra mensagem, mas já nem leio.

E muito doido este meu amigo.

Coloco o telemóvel no meu paletó bufando chateado, com as merdas que ele fala. Viro o meu rosto para ela e início uma conversa sobre o jantar.

O Jantar

Narrado por Alyson

Não confundas o que tu mereces com o que tu aceitas

Entramos numa limousine preta.

Ele escreve no telemóvel e antes de o colocar dentro do bolso interior do seu paletó, bufa aborrecido.

Vira o seu rosto para mim e diz.

— Vamos jantar com uns clientes meus, para fechar o negócio que tenho com eles, eles são chineses. — ele me informa.

— O que tu fazes exatamente? — pergunto interessada.

— Eu sou o dono e o CEO da maior produtora de softwares do mundo, a "Macsoft and Productions". — ele fala todo orgulhoso.

— Uau, és então o magnata da Internet! — falo surpresa com tal facto.

— Pode se dizer que sim. — ele diz rindo — Percebes chinês?

— Um pouco, eu estava a estudar línguas, até o meu pai inventar de… — calo-me, não me quero lembrar daquele traste.

Ele percebe e não puxa mais assunto.

— Ótimo, assim não ficas tanto às escuras, porque eles vão falar em chinês. Mas há outra coisa, eu vou te apresentar como minha namorada, por isso se te der um beijo ou houver algum contacto mais carinhoso, não estranhes ok?

— Tudo bem, sem problema.

A limousine pára, o motorista abre a porta do lado dele, ele sai e ele mesmo abre a minha porta.

Quanta gentileza, fico admirada.

Antes de entrarmos no restaurante, coloco o meu braço no dele.

Entramos então num belo restaurante, com o nome de Soelleroed Kro, enorme e muito bem iluminado, os tons claros do restaurante o deixam ainda mais agradável.

Dois homens com características próprias do povo chines, rostos redondos e olhos inclinados para baixo, nos acenam freneticamente.

Chegamos perto e o Kevin nos apresenta.

— Apresento-te o Yan Huang e o Quon Zhang.

Sorrio simpática e falo.

— 很高興見到你

(Muito prazer)

— 顏昆,認識我的女朋友

(Yan, Quon, apresento—vos a minha namorada, Alyson)

Yan — 但多麼美麗的凱文爵士祝你們倆一切順利

(Mas que linda Senhor Kevin, desejo muita sorte aos dois)

Vejo o Kevin sorrir satisfeito.

Não sei do quê, porque não percebi o que ele disse, eu só sei o básico da língua chinesa.

Muito prazer.

Obrigada.

E mais algumas coisas, mas não muitas.

Espero sinceramente um dia voltar a poder estudar.

O jantar decorre normalmente e pelo sorriso de todos, parece que o negócio foi bem sucedido.

Kevin coloca a sua mão por cima da minha, o seu toque é suave e quente e faz-me estremecer, são sensações novas e estranhas para mim.

O jantar acaba, nos despedimos e voltamos para casa.

— Então, parece que correu tudo bem! — digo no caminho de volta para casa.

— Muito bem mesmo, estes clientes são muito importantes para a minha empresa — ele fala contente.

— Que bom, fico feliz então — digo apenas.

O resto do caminho permanecemos calados.

Chegamos em casa e mais uma vez ele abre a porta do meu lado, me ajudando a sair.

Entramos em casa e eu encaminho-me para as escadas, para subir para o quarto.

— Vai-te deitar, deves estar cansada, eu ainda tenho que ir acabar uns relatórios ali no meu escritório. — ele fala apontando para o corredor à nossa frente.

— Está bem, até amanhã então.

Sinto alívio, mais uma vez ele não me vai obrigar a nada.

Subo as escadas, entro no quarto e vou direto tomar banho, visto o meu pijama e deito-me nesta cama maravilhosa e grande.

Por breves momentos me sinto em paz, e é com esta sensação tão boa, que acabo por adormecer.

Só hoje eu já te quis milhares de vezes

"Sinto a sua mão subir pelo interior da minha perna.

A sensação é boa e eu sinto-me arrepiar, apenas e unicamente com aquele toque suave dele.

— O que estás a fazer Kevin? — sussurro, com a voz embargada de excitação.

Ele beija por onde a sua mão passou há instantes, passando levemente a língua, deixando o fresco por onde passa, mas eu me sinto a queimar de desejo e peço que ele o faça com urgência.

— Anda fode-me, bem fundo.

Ele sorri com ar de safado.

— Bem fundo mesmo? — ele pergunta com os seus olhos azuis, bem brilhantes.

— Bem fundo mesmo. — eu me vejo a implorar.

E ele me penetra."

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