Capítulo 7
Dia seguinte.
Letícia acordou bem cedo naquela manhã e fez um delicioso café da manhã para ela e seu filho. Depois que eles terminassem de comer, eles iriam se arrumar, Pedro iria para a creche e Letícia iria com Lucas até o hospital aonde ela iria fazer alguns exames, para saber se a fumaça na qual ela tinha inalado ontem, não tinha lhe afetado em nada.
Letícia não estava sentindo nada, estava perfeitamente bem, ainda mais depois da noite que teve com Lucas. Letícia se sente envergonhada ao lembrar da sua noite. Sua noite com Lucas foi incrível, mas agora, ela estava com vergonha de encará-lo.
— Vamos tomar banho para irmos para a creche? — pergunta Letícia ao seu filho, o mesmo nega, Pedro não gostava de tomar banho. Mas sua mãe o convence a ir após falar que ele iria brincar muito com seus amigos.
Assim Pedro toma seu banho e Letícia o arrumar, logo Letícia faz o mesmo e os dois estão prontos. Letícia só precisava arrumar a lancheira do filho. Ela ouve a campainha e anda em direção à porta para abrir, era Lucas.
— Bom dia, linda. — diz ele dando um rápido selinho em Letícia que sorri.
— Bom dia. — diz ela. — estou arrumando a lancheira do Pedro e logo poderemos ir.
— Ok. — diz ele sorrindo.
— Entra, fique a vontade. — Letícia diz enquanto dá espaço para ele entrar.
Assim Lucas entra e anda até o pequeno sofá, aonde Pedro estava sentado assistindo desenho no celular da sua mãe. Letícia segue para a cozinha aonde começa a colocar as comidas de Pedro na sua lancheira enquanto observa Lucas e Pedro conversarem, Lucas perguntava o que Pedro estava assistindo e ele de seu jeito fofo e atrapalhado explicava o que estava assistindo. Lucas sorria com a jeito fofo do garotinho falar, a interação dos dois fazia Letícia sorrir encantada, e ficar ainda mais feliz por Lucas ter se dado bem com seu filho.
— Podemos ir. — diz Letícia segurando a mochila de Pedro.
— Vamos lá cara, ou sua mãe vai brigar com a gente. — diz Lucas pegando Pedro no colo, o pequeno garotinho sorri enquanto fica bem a vontade nos braços de Lucas.
Assim eles seguem para o carro de Lucas que está estacionado na frente da casa, Pedro estava todo sorridente nos braços de Lucas que andava na frente, Letícia vinha atrás olhando tudo que os dois faziam, ela estava encantada com o jeito que Lucas estava tratando seu filho.
— Eu não tenho cadeirinha, mas irei prendê-lo bem com o cinto. — diz Lucas colocando Pedro no banco de trás.
— Certo, pode colocar a mochila dele aí atrás? — pede Letícia para Lucas quando ele termina de colocar o cinto em Pedro. Lucas assentiu pegando a mochila e a colocou do outro lado do banco.
— Vamos? — diz Lucas abrindo a porta para Letícia que assente e entra. Lucas da a volta e logo eles seguem em direção à creche.
— O que você fazia na creche naquele dia em que nos esbarramos? — pergunta Letícia.
— Eu tinha ido deixar minha sobrinha. — diz ele. — minha irmã estava ocupada, e o marido dela, bem, digamos que o Theo não é um bom pai.
— Nossa... complicado. — diz Letícia sem saber o que falar.
— Não é segredo que eu não gosto do Theo. — diz Lucas. — já falei diversas vezes para ela deixar aquele estorvo, mas ela o ama, e nunca ouve o que eu falo. Pelo menos ela é uma boa mãe, e apesar dela viver correndo atrás do Theo como uma cachorrinha, ela cuida bem da Melissa.
— O amor pode deixar as pessoas cegas. — diz Letícia.
— No caso da minha irmã, cega e surda. — diz Lucas. — ela não vê e não ouve o que a gente fala.
— Espero que ela enxergue toda a verdade e mude, antes que seja tarde. — diz Letícia. — O amor é lindo, mas às vezes pode te destruir, esse é o lado feio do amor.
— Que Deus te ouça e ilumine aquela cabeça de vento. Eu amo muito minha irmã, mas no dia em que ela fizer qualquer coisa de mal por causa do Theo, eu tomo a guarda da Melissa e levo Stela para tratamento psicológico, nem que seja a força. — diz Lucas.
— Ela vai ficar bem, e nada de mal vai acontecer com a sua sobrinha. — diz Letícia segurando na mão de Lucas que estava sobre a coxa dele, o mesmo a olha e rapidamente se inclina roubando um selinho de Letícia. Ela sorri e olha para o banco de trás, onde seu filho olhava pela janela a paisagem do lado de fora.
— Não faz isso na frente do Pedro. — diz Letícia.
— Por quê? — pergunta Lucas.
— Por que ele nunca me viu com outro homem assim... e eu tenho medo dele acabar se apegando a você por nos ver juntos. — diz Letícia. — a gente pode se afastar e meu filho sofrer pela sua ausência. Pode quebrar meu coração mil vezes se quiser, mais não quero que quebre o coraçãozinho do meu filho.
— Ei! Calma. — diz Lucas segurando a mão de Letícia. — Eu nunca vou fazer nenhum mal ou magoar você.
— Você promete? — pergunta ela o olhando, a dor que tinha nos olhos de Letícia fez o peito de Lucas apertar. — eu já fui machucada antes e sofri para me reconstruir, não aguentaria passar por isso novamente.
— Eu prometo. — diz Lucas. — pelo sol que brilhar no céu e pela lua que ilumina a escuridão da noite, eu prometo que nunca vou te machucar, eu vou estar sempre ao seu lado e te levantar quando suas pernas falharem e você estiver caindo. Prometo ser seu porto seguro e te proteger, eu vou sempre estar aqui, sempre ao seu lado.
Lucas estaciona seu carro no acostamento e pede permissão para pegar a fita que estava presa no cabelo de Letícia, ela retira e o entrega. Curiosa, ela olha Lucas amarrar a fita no seu dedo mindinho e pedir para fazer o mesmo no dedo de Letícia.
— Pronto, estamos presos pelo laço do amor. — diz Lucas. — quando eu retirar essa fita, ainda estaremos ligados por esse laço, ele representa a promessa e o carinho que estamos desenvolvendo um pelo outro.
— Um laço de amor. — diz Letícia sorrindo. — gostei.
— Agora, estamos ligados para sempre. — diz Lucas sorrindo enquanto levanta seu dedo com a fita amarrada. Letícia faz o mesmo e eles começam a rir.