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6

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Luiza narrando:

Assim que saio do quarto já estava aberta a boate e já estava cheio de clientes.

- Você consegue pegar gelo no estoque? - Patrícia pergunta para mim.

- Será que eu posso?

- Martinho disse que sim - eu olho para o segurança que me encara.

- Anda - ele fala e eu o sigo até o estoque, ele abre a porta e eu entro.

Era enorme lá guardava tudo desde lençóis a bebidas, há gelo nos freezers. Começo a procurar aonde tinha gelo, encontro o freezer e tiro quatro pacotes de lá de dentro.

- Quer ajuda para carregar? - Marcos pergunta.

- Não precisa, pode deixar que eu levo.

- Não precisa ter medo de mim, só irei te ajudar a carregar o gelo.

- Se Carla ver é capaz dela não gostar - ele sorrir.

- Ela não tem que gostar - eu o encaro e ele se aproxima de mim e passa a sua mão pelos meus cabelos colocando eles atrás do rosto - estou sabendo que você está fazendo sucesso com os clientes.

- Não é para isso que vocês me obrigaram a estar aqui?

- Já mandei você guardar as garras, porque eu posso perder a paciência com você.

- Desculpa  - eu sussurro para ele.

- Você é gostosa mesmo, leva os gelos e me encontra no quarto 05.

- Eu tenho outros clientes para atender.

- Eu estou pagando então eu sou cliente também, anda que eu não suporto atrasos.

Levo os sacos de gelos até Patrícia que agradece, ela era virgem e Carla estava mantendo ela apenas no bar por enquanto, parece que Carla iria leiloar a sua virgindade e pelo o que eu escutei isso dava muito dinheiro.

Caminho até o quarto a onde Marcos estava bebendo sentado na poltrona, fecho a porta e tranco ela como era de costume.

- Liga o som e dança para mim - eu obedeço aos seus comandos.

Eu ligo o som e começo a dançar para ele.

- Olha para mim e coloca um sorriso neste rosto e rebola.

Eu respiro fundo e engulo em seco, mas coloco um sorriso no rosto e olho nos seus olhos enquanto dançava para ele que me olhava com um olhar diferente, ele paralisava o seu olhar em mim, os nossos olhares se encontravam me fazendo sentir calafrio, eu não sabia se era medo, eu não sabia distinguir o que era aquele sentimento.

Ele se levanta e se aproxima de mim, ele joga os meus cabelos para o lado e começa a beijar o meu pescoço, aperta a minha bunda e me encara, nossos narizes se encostam.

- Dane se as regras  - ele fala me dando um beijo.

Todas sabiam que não poderíamos beijar em programas, apenas se o cliente pagasse por isso, mas no caso de Marcos eu acho que ele não beijava mesmo durante o sexo pelo o que eu entendi do que as garotas falaram.

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Luiza narrando:

Hoje era o dia do leilão em que Carla iria leiloar a virgindade da Patrícia, ela levou eu, Marta, Maria, Lary e Raquel para acompanhar, iriamos ajudar a servir as bebidas para os homens que eram convidados.

A casa era enorme e tinha vários carros parados, aos poucos ia enchendo tudo.

- Ridículo o tanto gente em um lugar como este.

- O pior é as mulheres que estão aqui também para ver isso - Marta fala.

- Luiza, leve essa bandeja para o andar de cima - Marcelino fala -, Marta a ajude.

Assentimos com a cabeça e subimos para o andar de cima, lá estava Marcos com o irmão e uma mulher sentados em uma mesa, senti o olhar de Marcos em cima de mim, mas larguei a bandeja na mesa conforme Marcelino tinha mandado.

- Você, espera - a mulher que estava com Marcos fala para mim e eu me viro para ela, a mesma me olha de cima a baixo - traga um whisky para aquela mesa - assinto com a cabeça apenas.

Será que ela era a mulher do Marcos e queria me humilhar? Vai saber, existe louco para tudo.

- Quem é aquela?

- Leandra - Marta fala -, irmã deles.

Pego o whisky que ela tinha pedido, pego os copos e levo até a mesa, eles conversavam algo e assim que eu cheguei para deixar a bebida, pararam de conversar, larguei e desci novamente, nem sequer olhei para a cara deles, já bastava à humilhação de ter que ficar seminua para servir esse bando de homens nojentos.

Eu sei que uma hora tudo isso iria acabar, eu tinha fé nisso.

Logo começou o leilão e eu e Marta paramos para olhar junto com as outras meninas esperando que alguém peça alguma coisa, era horrível. Uma cena triste de se ver.

- Lance inicial por essa mulher é de 500 mil - o homem fala lá na frente.

- Que horror.

- Tem pessoas que paga milhões Luiza.

Quando chegou a vez da Patrícia, a sua virgindade foi arrematada por 1 milhão e meio.

- Luiza, vamos lá arrumar a cozinha.

Pela janela da cozinha eu consigo ver que existe uma saída na parte de trás da casa aonde existiam poucos seguranças.

- Podemos fugir por lá - Lary fala para mim enquanto Marta arrumava os copos, um pouco afastada.

Eu e ela já tínhamos conversado sobre isso e ela falou que a gente poderia tentar fugir juntas.

- E se não der certo? Nós vamos morrer Lary.

- Iremos morrer de qualquer jeito, precisamos tentar.

- Vocês não vão fazer isso - Marta fala -, é muito arriscado.

- Eu não aguento mais esse lugar Marta, se um dia eles resolvem me leiloar aqui, eu me mato, eu não aguento mais essa pressão.

- Eu já estou quase cometendo uma loucura - Lary fala para ela.

- Saiam por aquela porta, mas tomem cuidado meninas, existem seguranças, são poucos, mas existem.

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