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Luiza narrando:
Assim que saio do quarto já estava aberta a boate e já estava cheio de clientes.
- Você consegue pegar gelo no estoque? - Patrícia pergunta para mim.
- Será que eu posso?
- Martinho disse que sim - eu olho para o segurança que me encara.
- Anda - ele fala e eu o sigo até o estoque, ele abre a porta e eu entro.
Era enorme lá guardava tudo desde lençóis a bebidas, há gelo nos freezers. Começo a procurar aonde tinha gelo, encontro o freezer e tiro quatro pacotes de lá de dentro.
- Quer ajuda para carregar? - Marcos pergunta.
- Não precisa, pode deixar que eu levo.
- Não precisa ter medo de mim, só irei te ajudar a carregar o gelo.
- Se Carla ver é capaz dela não gostar - ele sorrir.
- Ela não tem que gostar - eu o encaro e ele se aproxima de mim e passa a sua mão pelos meus cabelos colocando eles atrás do rosto - estou sabendo que você está fazendo sucesso com os clientes.
- Não é para isso que vocês me obrigaram a estar aqui?
- Já mandei você guardar as garras, porque eu posso perder a paciência com você.
- Desculpa - eu sussurro para ele.
- Você é gostosa mesmo, leva os gelos e me encontra no quarto 05.
- Eu tenho outros clientes para atender.
- Eu estou pagando então eu sou cliente também, anda que eu não suporto atrasos.
Levo os sacos de gelos até Patrícia que agradece, ela era virgem e Carla estava mantendo ela apenas no bar por enquanto, parece que Carla iria leiloar a sua virgindade e pelo o que eu escutei isso dava muito dinheiro.
Caminho até o quarto a onde Marcos estava bebendo sentado na poltrona, fecho a porta e tranco ela como era de costume.
- Liga o som e dança para mim - eu obedeço aos seus comandos.
Eu ligo o som e começo a dançar para ele.
- Olha para mim e coloca um sorriso neste rosto e rebola.
Eu respiro fundo e engulo em seco, mas coloco um sorriso no rosto e olho nos seus olhos enquanto dançava para ele que me olhava com um olhar diferente, ele paralisava o seu olhar em mim, os nossos olhares se encontravam me fazendo sentir calafrio, eu não sabia se era medo, eu não sabia distinguir o que era aquele sentimento.
Ele se levanta e se aproxima de mim, ele joga os meus cabelos para o lado e começa a beijar o meu pescoço, aperta a minha bunda e me encara, nossos narizes se encostam.
- Dane se as regras - ele fala me dando um beijo.
Todas sabiam que não poderíamos beijar em programas, apenas se o cliente pagasse por isso, mas no caso de Marcos eu acho que ele não beijava mesmo durante o sexo pelo o que eu entendi do que as garotas falaram.
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Luiza narrando:
Hoje era o dia do leilão em que Carla iria leiloar a virgindade da Patrícia, ela levou eu, Marta, Maria, Lary e Raquel para acompanhar, iriamos ajudar a servir as bebidas para os homens que eram convidados.
A casa era enorme e tinha vários carros parados, aos poucos ia enchendo tudo.
- Ridículo o tanto gente em um lugar como este.
- O pior é as mulheres que estão aqui também para ver isso - Marta fala.
- Luiza, leve essa bandeja para o andar de cima - Marcelino fala -, Marta a ajude.
Assentimos com a cabeça e subimos para o andar de cima, lá estava Marcos com o irmão e uma mulher sentados em uma mesa, senti o olhar de Marcos em cima de mim, mas larguei a bandeja na mesa conforme Marcelino tinha mandado.
- Você, espera - a mulher que estava com Marcos fala para mim e eu me viro para ela, a mesma me olha de cima a baixo - traga um whisky para aquela mesa - assinto com a cabeça apenas.
Será que ela era a mulher do Marcos e queria me humilhar? Vai saber, existe louco para tudo.
- Quem é aquela?
- Leandra - Marta fala -, irmã deles.
Pego o whisky que ela tinha pedido, pego os copos e levo até a mesa, eles conversavam algo e assim que eu cheguei para deixar a bebida, pararam de conversar, larguei e desci novamente, nem sequer olhei para a cara deles, já bastava à humilhação de ter que ficar seminua para servir esse bando de homens nojentos.
Eu sei que uma hora tudo isso iria acabar, eu tinha fé nisso.
Logo começou o leilão e eu e Marta paramos para olhar junto com as outras meninas esperando que alguém peça alguma coisa, era horrível. Uma cena triste de se ver.
- Lance inicial por essa mulher é de 500 mil - o homem fala lá na frente.
- Que horror.
- Tem pessoas que paga milhões Luiza.
Quando chegou a vez da Patrícia, a sua virgindade foi arrematada por 1 milhão e meio.
- Luiza, vamos lá arrumar a cozinha.
Pela janela da cozinha eu consigo ver que existe uma saída na parte de trás da casa aonde existiam poucos seguranças.
- Podemos fugir por lá - Lary fala para mim enquanto Marta arrumava os copos, um pouco afastada.
Eu e ela já tínhamos conversado sobre isso e ela falou que a gente poderia tentar fugir juntas.
- E se não der certo? Nós vamos morrer Lary.
- Iremos morrer de qualquer jeito, precisamos tentar.
- Vocês não vão fazer isso - Marta fala -, é muito arriscado.
- Eu não aguento mais esse lugar Marta, se um dia eles resolvem me leiloar aqui, eu me mato, eu não aguento mais essa pressão.
- Eu já estou quase cometendo uma loucura - Lary fala para ela.
- Saiam por aquela porta, mas tomem cuidado meninas, existem seguranças, são poucos, mas existem.