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Capítulo quatro

Encaro o campo cheio de rosas Negras.

Elas são as minhas predilectas.

Mesmo sendo as minhas predilectas o campo está sombrio demais.

Não há céu, só uma escuridão sem fim.

__Sky- oiço um sussuro perto do meu ouvido.

Me assusto olhando os lados, mas não vejo ninguém.

__Quem é você?- pergunto olhando ao redor.

__Sabes o porquê de não haver um céu aqui?- pergunta e a sua voz está tão perto, mais não exergo ninguém.

__Eu não sei, me diga quem é você- peço com a voz embargada.

__Porque você é o nosso céu, você nos levará a nossa antiga casa- responde com a voz ainda mais perto.

__O que você quer?, vá embora- digo e oiço uma risada.

Uma risada seca e sem vida.

__Eu quero cada pedaço seu Sky, e avise a sua metade que nem ele e nem os seus pais iram me impedir de ter o que quero.

Acordo ofegante e vejo a cama toda cheia pétalas Negras, me fazendo soltar um grito alto.

Me sento na cama abraçando meus joelhos e choro, me encolhendo ainda mais.

A porta é aberta logo em seguida, mas não levanto a cabeça para ver quem é.

__Que porra é essa?.

Pela voz posso notar que é a voz de Kayvrel.

__Sky- me chama tocando meu cabelo__Sky, o que aconteceu?

Levanto minha cabeça encarando seus olhos negros que me observam cautelosos.

__Ele...Ele estava na minha cabeça-sussuro o encarando, ele Franze a testa me encarando confuso.

__Ele quem Sky?- pergunta sem entender.

__Eu não sei, não o conheço- digo e lágrimas descem de novo__Ele disse que quer cada pedaço meu- respondo o encarando com medo.

__Ele não vai fazer isso, eu estou aqui- diz e me fazendo sentir um pouco segura.

Kayvrel levanta da cama e fala com uma mulher que está parada na porta me encarando.

__Traga comida para ela- diz e a mulher acena indo embora__Precisas tomar banho Sky, o banheiro é ali, irei buscar alguma roupa da minha irmã e trago- diz e aceno com cabeça o vendo sair do quarto.

Desço da cama pisando em cima das pétalas, e vejo que estão por todo o quarto.

O medo não me abandona por um segundo até que eu acabe de tomar banho e vejo Kayvrel sentando na cama de cabeça baixa.

Assim que fecho a porta do banheiro ele levanta a cabeça para me encarar.

Tenho uma toalha em volta do meu corpo e outra no meu cabelo.

Tive que o lavar, ele estava todo cheio de terra.

Não foi fácil chegar até aqui.

Depois de andar por uma longa estrada de terra, de lutar com alguns animais.

E ter que enfrentar uma floresta escura.

O bom é que Fúris descreveu detalhadamente o caminho para que eu não me perca.

Felizmente consegui.

Kayvrel levanta me entregando as roupas.

Retiro a toalha do meu cabelo, e quando estou para retirar a outra do meu corpo, Kayvrel pega minha mão espantado.

__O que você está fazendo?- pergunta confuso.

__Tirando a toalha para vestir, por que?- pergunto sem entender a sua pergunta.

__Aqui?, A minha frente?.

__Sim, Fúris disse que não tem problema vestir a frente dela- digo o encarando.

__Em frente de uma mulher não tem problema, mais não podes vestir em frente de um homem- explica me deixando mais confusa.

__Por que?- pergunto e ele suspira passando as mãos pelo cabelo.

__Porque, porque não se pode, é proibido.- diz e aceno com a cabeça como se tivesse entendido.

Mais eu não entedi nada.

Por que é proibido?

__Tabem, humm então, irei vestir no banheiro- digo e ele concorda.

Levo a roupa e vou para o banheiro e me visto rapidamente.

Saio do banheiro e o encontro em pé perto da janela, encarando não sei o que.

Kayvrel se vira me encarando por um tempo.

__As roupas serviram- constata me encarando.

É uma blusa braca e uma saia da cor do céu..

Bem confortáveis.

__Sim, agradeça a ela- digo sorrindo.

__Eu mandei que minha irmã trouxesse a comida, mas o meu pai, exige a nossa presença na mesa- explica.

__Quem é ele para exigir algo?- pergunto sem entender.

__Ele é Rei- responde sério e balanço a cabeça concordando__Sabes o que é um rei?.

__Sei sim- digo levantando a cabeça__ Por a caso não estás a me chamar de burra, não é?- pergunto o encarando.

__Para alguém que não sabe o que é um elevador, claro que não estou- responde e eu sorrio.

__Ainda bem que não estás- digo e ele me encara risonho.

__Você é ingénua demais, querida Sky- diz me fazendo o encarar estranho.__Vamos, eles estam nos esperando.

__São muitos?- pergunto e ele acena.

__Toda a minha família, não se assuste, é que hoje é o aniversário da minha mãe- responde enquanto caminhamos pelo corredor.

__Eu tenho oitenta e seis anos- digo orgulhosa.

E ele acena em silêncio, continuando a andar.

__Fúris me disse que os humanos com a minha idade já não conseguem andar muito bem, envelhecem rápido- comento.

__Eles são uma das raças mais fracas do universo, só não são a mais fraca pela inteligência deles- explica me fazendo rir.

__Os Alienígenas é que são os mais fracos- digo, descendo as escadas atrás dele.

__Eles são feios e burros, o mais engraçado é que os humanos tem medo deles.

__Sempre temos medo do desconhecido- sussuro e Kayvrel não responde mais.

Ele não gosta de falar muito.

Quando as escadas acabam, entramos por um corredor, onde tem uma porta grande no fim.

Tem variar estátuas de homens em fileira e quatro na porta.

Passamos pelas estátuas, mas para quando uma delas minha chama atenção.

Os olhos verdes dessa estátua, são tão brilhantes que nem parece uma estátua.

Aproximo meu dedinho até o seu olho querendo tocar.

Quem faz essas estátuas são tão lindas.

A armadura brilhante com o capacete.

Mais os seus olhos me fascinaram ainda mais.

Aproximo mais o meu dedinho, quando uma mão pega meu pulso e vejo que foi Kayvrel.

__O que você estava fazendo Sky?- pergunta furioso.

__Eu queria tocar os olhos da estátua, são tão bonitos- digo e Kayvrel me encara atónito.

__Não são estátuas Sky, são seres de verdade, homens como eu- explica me e volto a encarar a estátua que é homem.

__Mais parecem estátuas- justifico e ele bufa pegando minha mão e me puxando ate a porta.

__Eles foram treinados para isso, se eu não tivesse te parado a tempo, agora estarias sem uma mão-diz parando de frente para porta.

__Eles foram treinados para serem estátuas?- pergunto e ele passa a mão pela cabeça nervoso.

__Caralho Sky- grunhi irritado, me fazendo recuar__Só cale a boca- ordena e aceno com a cabeça.

O que foi que eu fiz?

Os quatro que estavam na porta, se abaixam e abrem suas Asas.

Levantam e abrem a grande porta.

Começo a ouvir risos, cada passo há adiante, os risos aumentam.

Uma mesa gigante, cheia de gente que conversavam e riam.

Tinham algumas crianças...

Eu gosto de crianças, Fúris me disse que elas são os seres mais inocentes que existem.

Mesmo gostando delas, as outras pessoas me assustam.

Nunca vi tantas em toda minha vida.

Dou um passo para trás querendo fugir dali.

Minhas costas batem em algo duro e todo o barulho cessa.

__Eles não iram te fazer mal Sky, eu estou aqui- aceno com a cabeça e ele pega minha cintura me guiando até a mesa.

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