Kasumi Potira

Esta história, que será narrada, terá seu início em março de 1998, mês em que iria começar a sofrer o processo de nascimento da nossa protagonista. 

No Japão, terra onde se passa metade da nossa história, havia um clã muito famoso no país, onde viviam pessoas que preservam os costumes da Era Meiji, mesmo com a modernidade que o país tinha. O que caracterizava naquele clã era que cada pessoa tinha quatro cores diferentes de cabelo: Azul, amarelo, verde ou vermelho. Estas cores indicavam o elemento na qual aquela pessoa pertencia e iria dominar. As pessoas de cabelo azul tinham poderes de água. As que tinham cabelo amarelo tinham poder de terra. As de cabelo verde tinham poderes do ar. E por último, as pessoas que tinham cabelo vermelho, tinham poder de fogo.

Kinari Mizuna era o líder do clã. Dono de cabelos vermelhos e com um alto potencial de manipular o fogo, ele acabou sendo um dos líderes que o clã Mizuna tinha. De tempos em tempos, o clã nunca teve um regente que dominasse outro elemento que vença? os de fogo, por serem pessoas aguerridas e determinadas, além de passarem total confiança para quem quer que conheçam.

Entretanto, Kinari acabou fazendo uma inimizade com alguém. Kare Ando era seu nome. Um mágico que sofreu muito na vida por conta de seus poderes paranormais. Por conta disso, ele foi acolhido por Kinari em seu clã, mas por conta de querer adquirir um potencial maior, a ponto de desequilibrar a natureza, ambos acabaram se tornando inimigos. Foi uma luta terrível. Houve uma forte devastação ao clã. Kinari teve dificuldades, já que estava enfrentando poderes além de sua imaginação, mas com muito esforço, conseguiu derrotar Kare Ando, que no final, promete vingança. Afirmou que iria treinar mais, a ponto de adquirir o seu poder ideal e assim, se vingar pela humilhação que passara na mão de seu ex-amigo.

Agora, vamos até uma parte da história, que começa com Kinari, ao lado de sua esposa, Makaro Mizuna. Uma bela jovem de cabelos ruivos, que era admirada por muitos do clã, dentre homens e mulheres, pela sua beleza. Eles se conhecem, logo depois de Kinari ter enfrentado e derrotado Kare Ando.

- Você está bem?- indagou a garota, vendo que o líder do clã estava fraco e muito ferido.

- Sim. Eu estou bem.- dizia.

- Deixe-me cuidar de suas feridas.

Kinari permitiu. Naquele momento, estava tão cansado e fraco, por ter feito total esforço para derrotar Kare, que seu empenho foi muito além do que imaginava.

Estando deitado em uma cama, logo depois de ter despertado, Kinari via aquela bela moça cuidando de seus ferimentos.

- Por que... Você... Se dispôs a me cuidar desse jeito?- indagava o homem, ainda fraco.

- Oh, você acordou.- disse Makaro.- Bem, o motivo deu estar fazendo isso é porque eu reconheço que você se esforçou bastante pelo nosso clã. Vem nos protegendo e nos comandando de uma forma sábia. Dentre tantos líderes, posso afirmar que você é o melhor de todos.

Kinari sorri. Logo ele a olha no fundo de seus olhos, a deixando corada. Em seguida, ele diz:

- Você é a bela Makaro Mizuna?

- Sou.- dizia a garota, com as bochechas coradas, da mesma cor de seus cabelos.

- É um prazer conhecê-la e ser cuidado por suas belas mãos, da mesma forma que são o seu sorriso e os seus olhos.

Ao ouvir isso, Makaro estava totalmente sem jeito. Não esperava ser elogiada dessa forma por alguém como Kinari.

- Fico lisonjeada em receber esses elogios formais.- disse a garota.

Kinari dá mais um sorriso e eles estavam se encarando ainda. Naquele momento, acabou rolando uma química entre eles e no fim, depois de muito quererem, acabaram se beijando.

Eles então começaram, a partir daquele momento, a assumir um namoro, para depois, em questão de uma ou duas semanas, anunciarem casamento. Estavam tão apaixonados um pelo outro que queriam logo se casar. Kinari não tinha família. Seu pai era o líder do clã, mas quando morreu, foi o rapaz quem assumiu sua posição. Por outro lado, Makaro tinha como família sua mãe, Ai Mizuna e sua irmã mais nova, Ina Mizuna, que apresentava cabelos negros. Quando alguém do clã Mizuna nascia com cabelos desta cor, significa que não tinha poder nenhum, mas quando tinha cabelo branco, podia controlar um elemento raro pelo clã, o gelo.

Aconteceu o casamento e naquele mesmo mês, Makaro estava grávida. Quando descobriram sua fase de gestação, Kinari estava muito feliz. Teria um herdeiro que iria comandar o seu clã. Makaro torcia para que fosse menina. Sempre queria uma filha, porque achava menos trabalhoso do que ter um filho.

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Nove meses se passaram. Estamos na data de 11 de  janeiro de 1999.

O clã estava animado, porque todos iriam conhecer o herdeiro de Kinari. Pensavam se seria um menino ou uma menina. Makaro queria muito que fosse menina, tanto que até já pensou no nome dela. Enquanto o bebê não vinha, as expectativas vinham crescendo. 

- Makaro.- dizia Kinari, que bebia um copo de café.- Você não falou para ninguém qual seria o nome da criança, caso fosse menina?

Makaro revira os olhos com um sorriso e fala:

- Depois de muito pensar em um nome, queria que fosse algo parecido com o seu.

- Mesmo? E qual seria?

- Kasumi.

Kinari se surpreende. 

- Makaro, agora fiquei chocado.

- Por quê?

- Kasumi era o nome da minha mãe.- dizia o líder do clã entre lágrimas.- Ela era tão gentil. Calma, mas tímida com os outros. Queria que Kasumi, se for menina nascer, fosse como minha mãe.

- Ela vai ser sim, querido. Tenho certeza disso.- disse Makaro, que o abraçava.

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Anoitecia. 

Naquele momento, Makaro anunciava que a bolsa havia estourado. Imediatamente, quem estava com ela, era Ina, Ai e o próprio Kinari. Pediram para este pegar um pouco de água quente, enquanto que as damas iriam ajudar Makaro a parir a criança.

Enquanto isso, uma sombra aparecia em uma árvore, próxima à casa da família.

- Um filho, é? Pois eu farei com que o perca na hora.- dizia uma voz sinistra e diabólica.

Makaro fazia força para pôr o bebê para fora, enquanto Ai e Ina ajudavam. Estavam surpresas porque o bebê não queria sair, mas depois de cinco minutos de muito esforço, ele sai. Kinari acabou vendo a criança sair de dentro de Makaro e acabou desmaiando.

- Esses homens...- dizia a irmã de Makaro, ao vê-lo naquela situação.

- Ina.- dizia Ai, que segurava o bebê e em seguida, passava para sua respectiva mãe.- Ele é lindo.

- Não acredito.- dizia Makaro entre lágrimas.- É uma menina. 

- Menina?- Kinari se levanta e se impressiona com os ditos de sua esposa.- Kasumi? Ela se chamará... Kasumi?- dizia entre lágrimas.

- Sim, Kinari. Kasumi. Ela nasceu.- Makaro abraça a criança, que apresentava algo curioso. Ela não chorava.

- Mas é estranho ela não chorar.- disse Ai.

- Será que está doente?- Ina colocava a mão na testa do bebê e via que ela estava bem.

- Ela está saudável.- disse Makaro.- Mas se ela estiver doente, não tem problema. Eu a protegerei para o resto da minha vida, mesmo depois dela, Kasumi sempre será protegida por mim.

Aquela sombra ainda observava eles contemplando o nascimento do bebê.

- Que coisa chata. Parece um filme de drama.- dizia a sombra.- Não vejo a hora que chegue o momento certo de atacar.

- Eu quero carregá-la.- disse Kinari.

Makaro faz as honras e no momento que o homem a pega, Kasumi se encolhia no peito de seu pai.

- Parece que ela gostou de você.- disse a moça.

- Sim. Kasumi.- dizia Kinari.- Minha pequena Kasumi. Eu irei treiná-la e você será até mais poderosa do que o seu pai. Isso eu lhe garanto.

A sombra preparava uma faca e a lançava.

- Explosions Fatallis.- dizia a sombra e nesse momento, uma forte explosão acontecia naquela casa. 

Do lado de dentro, como Kinari era muito pró-ativo e estava sempre atento ao seu redor, conseguiu pegar Makaro e Kasumi e protegê-los. Ai e Ina foram atingidas e acabaram desmaiando.

- Mas o que foi isso?- indaga Makaro.

Naquele momento, Kasumi começou a chorar, mas não de forma natural, mas sim porque parecia que estava prevendo alguma coisa ruim naquele momento.

- Boa noite, Makaro Mizuna.- dizia a sombra.- Boa noite, Kinari Mizuna. 

Eles nada diziam, apenas esperavam que aquela pessoa misteriosa se revelasse.

- É um prazer contemplar o nascimento da pequena Kasumi.

- Quem é você?- indaga Makaro, irritada.- Por que fez isso? Queria nos matar?

De repente, a sombra soltava uma risada macabra e ela ia se desfazendo até se transformar em uma pessoa normal. Era ele. Kare Ando.

- O quê?- Kinari estava surpreso.

- Kinari Mizuna. Eu disse que iria voltar para me vingar, mas parece que cheguei na hora errada, já que você acabou de virar pai.

- Pois eu cumprirei aquilo que prometi para Makaro e para o meu clã, mas agora, irei prometer à Kasumi. Eu vou proteger a todos, inclusive à ela, que não vai sofrer na vida. Terá o meu amor e nada poderá impedir isso. Nem mesmo você.

Kare estava calado, mas começou a rir.

- Você deixou de ser líder do clã para virar um comediante? Deixe de dizer essas idiotices. Eu agora estou muito mais forte do que antes. Mas e você? Fortaleceu-se? Ou está apenas querendo impressionar sua esposa e sua filha recém nascida, que não sabe nem o que se passa nessa sua cabeça?

- Vamos lá fora. Irei lhe dar uma surra. Vai se arrepender, Kare Ando.- disse Kinari, motivado.

- Certo. Eu vou matar você na frente da sua família. Aceito o desafio.- disse o.mágico.

Kasumi nasceu.

Kare invade a casa de seu inimigo Kinari e ambos se desafiam à uma luta mortal.

Coitada da Kasumi! Será que irá passar a vida toda sofrendo, caso Kare vença?