Três
Colin
Apesar das reclamações da Noemi eu consegui convencer ela a levar a comida pro meu quarto, de cara ela já gostou da Hiana e é que ela nem é disso, mas é sério não dava pra ficar perto dela, não com ela vestindo aquele shortinho e aquela blusa de alcinha.
“Porra! Que garota mais gostosa!”
Merda! Justo dessa garota o Natan diz que eu não posso me aproximar!
Não dá pra ficar perto dela! Simplesmente não dá.
Depois que a Noemi foi embora e o trabalho estava muito bem feito dentro da mochila resolvi tirar uma soneca.
Acordo no meio da noite morrendo de calor, o ar condicionado deve tá com defeito, levanto e vou até o chuveiro da área de serviço, eu gosto de tomar banho lá a noite e olhar a vista com as luzes da cidade.
Quando tento ligar as luzes percebo que está em uma meia fase, deve ter acontecido algum problema com a energia e por isso a climatização não está funcionando.
Sendo só uma meia luz dá pra enxergar bem o caminho até a área de serviço, e para minha surpresa escuto o barulho do chuveiro ligado, parece que minha inquilina teve a mesma ideia que eu.
Puta merda!
Ela tá virada de costas, completamente pelada, essa cintura dela parece que vai se quebrar de tão fina, e puta que pariu! Para que uma bunda tão grande se eu não posso meter meu pau nela?
Ah merda! Ela é muito gostosa!
Nem sei quanto tempo fiquei parado observando a água deslizando pelo seu corpo, um formigamento começou a tomar conta do meu garoto e eu apertei ele pra tentar controlar, mas só o deixei mais duro.
Voltei pro meu quarto antes da garota se virar e me pegar secando ela.
Agora pronto! Virei um voyeur! Não sou de analisar, eu sempre pego e como com gosto! Mas essa daí tá fora das minhas ossadas.
Inferno! Meu pau tá duro que nem o caralho!
Tiro pra fora e começo a bater, tento imaginar uma, duas, três garotas, mas não dá.
A única coisa que vem na minha cabeça é aquela bunda grande e empinada, e é com esse pensamento que eu vou até o fim e gozo.
Merda! Mil vezes merda!
Ter essa garota morando aqui comigo tá tirando toda a minha paz.
(….)
Hiana
Foi realmente muito estranha a sensação de estar sendo observada ontem a noite, mas quando me virei percebi que não havia ninguém na área de serviço além de mim.
Esse garoto Colin, ele me odeia, e já deixou muito claro que minha presença aqui o incomoda, ele é um completo babaca, e o máximo que eu puder ficar longe dele pra mim vai ser melhor.
Mas ficar longe de uma pessoa que literalmente mora com você é meio difícil e complicado, e não é muito de se estranhar que o primeiro rosto que eu veja depois de sair do meu quarto seja o dele.
Ele me olha de cima a baixo com uma expressão predadora, mas logo depois se recompõe e fecha a cara novamente, esse garoto deve ser bipolar.
— Bom dia! - tento parecer indiferente às mudanças de fase dele.
— Bom dia! Fiz café da manhã pra você. - responde me entregando um prato.
Ok! Por essa eu não esperava!
— Obrigada! - respondo recebendo o prato das suas mãos.
— Imagina! Queria devolver a gentileza pelo jantar de ontem! Aliás! Estava muito bom. - me elogia e eu dou risada, mas ele não retribui o sorriso, me olha intensamente no rosto e pra minha boca, mas não retribui o sorriso, eu tô começando a achar que esse garoto sofre problemas psicológicos.
Dou uma garfada nas panquecas de chocolate que ele fez e pra minha surpresa está muito boa, muito boa mesmo.
— Delícia! - Eu digo fechando os olhos e me entregando ao prazer que é saborear algo com chocolate, que eu amo pra caramba, percebi que um pouco escorreu no canto da minha boca e passo a língua pra limpar.
— É! Delícia! - Quando abro os olhos vejo ele olhando pra minha boca e mordendo o lábio inferior, parece que está com fome.
— Você quer? - ofereço um pouco pra ele.
— Não! - Ele revira os olhos e volta a ficar mal humorado.
Bipolar!
Enquanto termino minha comida ele vai na pia e lava o prato dele, está sem camisa apenas usando um short modelo "mauricinho" desses de taktel que os surfistas usam só que acima do joelho.
As costas dele são muito largas e seus braços são muito fortes, ele tem um bumbum digamos que gostoso, e suas pernas são grossas e definidas, ele é bem másculo, o maior gostoso.
— O que você estuda? - Ele pergunta ainda de costas virada.
— Arquitetura!
— Nada mal! - comenta e não sei porque, mas eu fico satisfeita.
— E você? - pergunto pra ele, essa está sendo a maior conversa entre a gente, desde que cheguei aqui.
— Direito!
— Nada mal! - respondo imitando ele.
Ele pigarreia algo como se fosse um sorriso, seca a louça e eu observo as tatuagens que fecham seu braço direito, é uma mistura de rosas, tribais, rostos e...
— Qual o horário que você fica na facul? - pergunta pra mim.
— Até metade da tarde, porquê? - fico sem entender o motivo da pergunta.
— Nada! Já deve estar atrasada não? Vaza! - Ele diz pegando o meu prato e indo pra pia, e estragando completamente nosso momento de paz.
Garoto mais idiota e debochado!
(....)
Assim que entro na faculdade vou direto pra minha sala e começo a assistir às aulas, a professora é muito simpática e explica muito bem o conteúdo.
— Oiii! Você não é daqui né? Claro que não! Eu saberia se uma gata dessas morasse por aqui. - Me viro e vejo um garoto lindo de cabelos castanhos e olhos verdes, muito lindo mesmo.
— Não! Não sou daqui! Acabei de me mudar. - explico sorrindo pra ele.
— Prazer! Yuri! - ele estende a mão e eu aperto.
— Hiana- digo sorridente.
— Seria cedo demais chamar você pra sair? - me pergunta na cara dura mesmo.
— Seria! - Apesar dele ser lindo, eu não sou uma garota que sai aceitando convites de garotos que acabei de conhecer.
— Ok! Então depois de pelo menos uma semana estudando juntos e conversando melhor com você, e provando que não sou nenhum sociopata eu tento novamente te chamar pra sair, combinado? - Ele diz e eu dou risada.
— Combinado!
Ok! Um garoto legal e aparentemente normal pra variar, além de muito gato, talvez eu aceite o seu convite pra sair semana que vem.
Assim que terminamos o primeiro horário somos notificados de que o professor das disciplinas da tarde iria faltar devido a assuntos pessoais e que por hoje estamos todos dispensados, dou uma olhada no relógio e vejo que está perto das onze da manhã.
Resolvo ir pra casa, preparar um almoço e quem sabe uma sobremesa, acho que cozinhar pratos deliciosos, que afinal é a minha especialidade, será uma ponte para me dar bem com o "papai bipolar Colin", eu espero mesmo que tenhamos uma boa convivência, já que vamos morar juntos por pelo menos os próximos quatro anos a cinco anos.
Mas assim que abro a porta do apartamento me deparo com uma cena indescritível.
Eu simplesmente não acredito que estou vendo isso.