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Aprendendo as rotinas.

Ao amanhecer, levanto e vou ao banheiro lavar o rosto e escovar os dentes. Deixando- o na cama ainda roncando como um trator velho.

.." Nem me ouso a acorda- ló. Bebeu tanto ontem que com certeza irá acordar de resseca.

Volto para o quarto, me troco e desce para a cozinha para pegar a minha bolsa e ir para a estação de trem.

Por não querer e não poder me atrasar logo no meu primeiro dia, resolvo sair sem tomar café da manhã.

— Prefiro chegar uma hora adianta do que uma hora atrasada. - digo enquanto tranco a porta.

Não sei se é a ansiedade, o medo ou o nervosismo, mas parece que demora uma eternidade da minha casa até a estação, da estação até a mansão do senhor Price, mas depois de 40 minutos mais ou menos chego enfim ao meu novo emprego.

Aperto a campainha e mais uma vez sou recebida pela senhora Constância.

— Bom dia, Grace, já vou abrir o portão para você.

— Ok, e bom dia para a senhora também.

O portão se abre, entro e a encontro na porta da entrada da mansão a minha espera.

— Pronta para o seu primeiro dia, Grace?

— Pronta 100% a gente nunca está, mas eu estou bem ansiosa e animada para começar.

— Que bom, isso já é um bom começo, não é? - sorri para mim — Agora vem, me acompanhe até a cozinha.

— Ah, claro.

Enquanto caminhamos pela enorme mansão, fico cada vez mais impressionada com a belíssima decoração e a riqueza de detalhes de cada lugar que passamos.

.." Uau, as pessoas que constroem e decoram esses lugares estão mesmo de parabéns. Um trabalho maravilhoso e excepcional.

Apesar de tudo ser muito lindo e sofisticado, reparo que não há fotos de família, parentes, amigos, namorada ou noiva.

O que acho um pouco estranho para um homem como ele.

— Senhora Constância, como sabe, hoje é meu primeiro dia e embora o senhor Price tenha me dito ontem que serei sua assistente pessoal aqui dentro, eu ainda tô meia que na dúvida do que fazer ou não, por onde devo começar. Então será que poderia me dar alguma dica? - peço gentilmente — Tenho medo de cometer algum erro e perder o trabalho já no início.

— Bom, é por isso que eu estava à sua espera, Grace. - diz num tom brando — Eu vou passar algumas coisas e aos pouquinhos você vai pegando o jeito, acredite. Ok?

— Ok, e obrigada.

— Disponha.

Mas alguns passos e finalmente entramos em uma belíssima cozinha.

— O que acha de antes de eu começar a te passar o que você fará hoje, nós tomarmos um cafezinho quentinho, pré cuado e comermos alguma coisa. - para ao meu lado, dando espaço para eu ver uma enorme e farta mesa — Afinal, tenho quase certeza que você não comeu nada antes de sair da sua casa, acertei?

Eu não sei se respondo a ela, que ela está certa, ou admiro tudo que tem em cima da mesa.

Croissant/brioche, bruschetta, cornetto, bombolone, torradas, pan pomodorato, geleia, mel, frutas, iogurte, cappuccino ou, o mais tradicional cafezinho preto.

— É, a senhora acertou, eu não tive tempo de comer nada. Fiquei com medo de chegar atrasada novamente.

— Então venha e sente- se. - puxou uma cadeira para mim — Como a vontade.

Eu fico com um pouco de vergonha, mas.. é melhor ficar com vergonha de barriga cheia, não é?.

Sento e ela senta ao meu lado.

— Pode ficar a vontade, Grace. Coma o que quiser.

— Tá bom, obrigada.

Enquanto tomamos café juntas, eu decido perguntar um pouco sobre o senhor Thomas.

— Senhora Constância, o senhor Price vive sozinho aqui, sem família, parentes?

— Bem, sozinho.. sozinho.. não, a noiva dele sempre está por aqui, algumas vezes na semana ela até dorme aqui.

— Ah, sim, entendi. - tomo um gole de café.

— Mas não é sempre que eles dormem no mesmo quarto, ultimamente ela anda dormindo bastante no quarto de hóspedes.

— E como a senhora sabe? - indago curiosa.

— Bom, eu sou a governanta da casa, então eu preciso estar sempre atenta aos cômodos que precisam ser limpos.

— Ah, sim, claro.

.." Se ele já tem problemas no paraíso antes de se casar, imagina depois. - ri por dentro — Se ele soubesse como é um inferno, ele desistiria de se casar.

— A senhora trabalha bastante tempo para ele?

— Hum, há quase 20 anos.

— Nossa, bastante tempo.

— Sim, bastante.

Como um pan pomodorato enquanto ela come um pedaço de melão.

— Fora a senhora, quantos funcionários mais tem aqui na mansão?

— Bem, nós éramos 11, agora com você 12.

— Caramba, tem tudo isso?

— Sim, tem o Rick que é o motorista, Shirley a cozinheira, Anna a copeira, Bella e Lucy são as faxineiras e arrumadeiras, John o jardineiro, Nick e Leo são os seguranças, Pietro o limpador de piscina, Bethy a lavadeira e passadeira, eu como governanta e você agora como uma assistente pessoal ou secretaria pessoal, como preferir.

— Mas se o senhor Price já tem governanta, faxineira e arrumadeira, porque ele precisaria contratar uma assistente pessoal? - indago curiosa.

— Porque aqui, cada um tem a sua função, e a função delas já diz; arrumar, faxina e limpar, enquanto eu atuo na gestão de equipes de trabalhos domésticos; que vai desde cozinheiro, faxineiro, jardineiro até os prestadores de serviços como; limpadores de piscina, motorista, entre outros, a fim de assegurar que os gostos e preferências requeridos pelo meu CEO seja feito perfeitamente.

— Ah, sim, entendi.

Levo a xícara até a boca e bebo outro gole de café.

Sinto que será um pouco puxado, cansativo e estressante.

— A sua função aqui na mansão a partir de hoje Grace, é organizar as rotinas dele, organizar a agenda da casa, organizar o escritório e o closet dele, atender as pessoas na ausência dele ou não e repassar os recados recebidos, atender as chamadas telefônicas no telefone particular dele, registrar e anotar as mensagens recebidas, agendar reuniões caso necessário, reservar espaços no dia a dia caso necessário, organizar preparativos de festas, viagem, ajuda- ló na escolha de roupas a vestir, e muito mais, ...

— Ajuda- ló a escolher roupas para vestir, telefone particular?

— Sim, com certeza hoje ele vai te entregar e explicar certinho tudo o que você tem que fazer. Eu só estou resumindo algumas de suas funções aqui dentro, para que você não seja pega de surpresa.

— Ahm.. ok.

.." É, já vi que a pressão vai ser grande, mas eu vou conseguir, afinal não sou de desistir tão facilmente.

 Eu ainda estou um pouco curiosa sobre ele, então decido perguntar mais algumas coisas a ela.

— Senhora Constância, quantas assistências ele já teve?

— Hum.. não muitas. - olha-me atentamente — Na realidade, você é a quarta.

— E o que aconteceu para elas saírem ou serem dispensadas?

— Bom, a primeira, depois de trabalhar aqui por 3 anos, teve o visto negado e por isso teve que voltar para o país dela. Algo que não tinha o que ser feito. Já a segunda, depois de quase 7 anos aqui com ele, ela se casou, e é claro que o marido não permitiu mais que ela trabalhasse. Fazendo- a pedir a conta. E a última, foi dispensada pela noiva do senhor Price.

— Sério, porque? - a olho apreensiva.

— Infelizmente essa última, eu não sei te falar. Foi tudo bem sigiloso.

— Ah, sim, entendi.

Sinto uma leve tensão surgir.

— E a família dele, vem muito aqui?

Pergunto mesmo sem saber se ele tem família e parentes.

— Não, ele teve uns problemas pessoais com os pais e dois dos irmãos dele, então, ele decidiu se afastar da família. Eles só vem até aqui quando são chamados.

— Ah, tá.

Pelo tom de voz dela já me toco que não devo questionar o motivo.

Como um pedaço de bolo e tomo o último gole de café.

— Bom, agora que terminamos o café, você vai pegar uma bandeja, preparar o café dele e levar até o quarto. - diz levantando - se da mesa.

A olho surpresa, com as sobrancelhas levantadas.

— Ele não toma café da manhã aqui?

— Normalmente não, ele prefere tomar no quarto dele.

— Mas porque é que eu tenho que levar para ele? - indago um pouco confusa.

— Porque agora você é a assistente pessoal dele, e só a assistente pessoal pode entrar lá quando ele ainda está dormindo.

Engulo em seco e desvio o olhar.

— Ah, sim, claro. - concordo — Mas o que eu devo levar para ele, senhora Constância? O que ele normalmente come de manhã?

Pergunto já que não sei o que ele está acostumado a comer no café da manhã.

— Bem, leve alguma fruta, um copo de suco natural, uma xícara de capuccino, torradas e um pouco de geleia real. Ele não gosta de coisas muito pesadas, logo que levanta.

— Ok.

Me levanto, vou até os armários e pego tudo que vou precisar, e em seguida vou até a geladeira e pego as outras coisas que faltam.

— Uma última pergunta, senhora Constância. - a olho já com a bandeja pronta — Onde fica o quarto dele?

— Na face leste do segundo andar, segunda porta a sua direita.

— Ah, sim, obrigada. - sorriu para ela.

— De nada. - retribui o sorriso.

Pego a bandeja e vou em direção ao corredor.

— Há.. eu já ia me esquecendo, Grace!.

Paro e viro para ouvi- lá.

— Bata somente duas vezes, e se caso ele não responder entre, acenda a luz, mas sem fazer nenhum barulho. - explica- me — Deixe a bandeja em cima da mesa que fica perto da janela, abra as cortinas, vá até o closet e separe um terno, uma camisa, uma gravata e um par de sapatos preto para ele. Coloque em cima da peseira e saia.

— Ok, senhora Constância. - concordo.

Me viro novamente e vou em direção as escadas.

.." Vários degraus! - respiro fundo e subo — Bom, pelo menos vou me exercitar todos os dias da semana. - penso pelo lado positivo.

Chego em frente ao quarto, bato duas vezes na porta, mas ele não respondeu, eu então, presumo que ele ainda esteja dormindo e entro, assim como a senhora Constância disse para eu fazer.

O quarto está meio escuro por conta das cortinas ainda estarem fechadas, mas há uma pequena brecha de luz entre elas, o que me facilita ver a mesa onde devo colocar a bandeja.

.." Quer saber eu não vou acender as luzes e abrir as cortinas como ela me mandou. Ainda não são nem 9:00 horas. Eu não quero acorda- ló ou pertuba- ló tão cedo. Afinal, com certeza ele terá um dia bem puxado hoje.

Caminho até a mesa com passos leves e um pouco lento, e coloco a bandeja em cima da mesa vagarosamente para não fazer barulho.

— Bom dia, Grace, obrigada pelo café.

Levo um susto quando ouço a voz dele, me virando rapidamente, enquanto ele acenda a luz.

— Bom dia, senhor Price, eu achei que ainda estava dormindo, porque eu bati na porta duas vezes, mas o senhor não respondeu. Por isso eu entrei, mas sem me atrever a acender a luz ou abrir as cortinas para não incomoda- ló.

Olho e o vejo ainda deitado, aparentemente todo sem roupa, cobrindo apenas sua parte íntima com o lençol branco.

Eu engulo em seco e tento não ficar encarando- o.

— É, eu percebi, e é por isso que você acabou de passar no seu primeiro teste.

— Teste? - indago surpresa e confusa — Como assim?

— Por incrível que pareça, você é a primeira de sete, a não acender a luz e abrir as cortinas como a senhora Constância mandou.

— E o que isso quer dizer, senhor Price? - olho sem em entender — Eu só não achei certo incomoda- ló tão cedo.

— Isso quer dizer que é um ponto positivo ao seu favor, já que você levou a bandeja com o meu café até a mesa, sem fazer nenhum barulho, sem precisar acender a luz ou abrir as cortinas. - explicou calmamente — Você escolheu por não interromper o meu sono, ao invés de correr o risco de eu acordar estressado por conta do barulho e da luz em meu rosto. É por isso que eu lhe agradeço.

Sinto um alívio imenso.

— O senhor não tem que me agradecer, eu só estou fazendo o meu trabalho, senhor Price. - digo humildemente — Eu não poderia perturbar o seu sono, pois sei que o senhor também trabalha e muito, é claro, e por isso precisa descansar.

— Sim, e é por isso que você ganha mais um ponto positivo comigo. - elogia-me — Por sua humildade e honestidade.

— Ok, então, obrigada senhor.

Fico vermelha, mas não percebo.

— Não precisa ficar vermelha de vergonha, Grace, muito pelo contrário, você deveria estar feliz por ter passado no primeiro teste.

— E estou, senhor, acredite. - digo afirmando.

— Que bom.

Sinto um pequeno arrepio percorrer todo o meu corpo ao tom de sua voz.

— Bom, eu vou até o closet separar o terno e os seus componentes, pro senhor usar hoje, ok?

— Ok. - responde num tom firme.

Vou em direção ao closet e sinto seu olhar me seguindo por trás.

.." Meu Deus, que pecado um homem desse dormindo sozinho numa cama como essa. - snif.. — Fazer o que, não é? Nem todas nascem com tanta sorte como a noiva dele nasceu.

Vou até o closet, pego um terno slim azul marinho (calça + blazer + colete), uma camisa social branca, uma gravata preta, uma meia social preta e um par de sapato social da mesma cor da meia e da gravata.

Após o término da escolha, pego tudo para levar até a peseira, mas ao olhar rapidamente para o espelho a minha frente, vejo o seu reflexo no espelho, todo nu, indo em direção a mesa.

Engulo em seco e fico paralisada no lugar onde eu estou.

.. Uau.. - molho meus lábios e morde o lábio inferior — Sei que já vi o Anthony de manhã a ponto de bala, mas esse aí.. - snif.. ganha em disparada, com certeza.

Espero um pouco antes de sair do closet, pois o meu nervosismo com certeza irá me entregar.

.." Cara, como deve ser transar com um homem com um p**** desse tamanho? Deus do céu.. eu vou precisar de uma água bem gelada depois de ver isso. - suspiro fundo.

Meu corpo está queimando em brasa por dentro e minha calcinha está ficando toda molhada só de imaginar.

Volto a si, assim que ouço a voz dele me chamar.

— Senhorita Grace?

— Ahm, sim senhor Price? - respondo meio sem jeito.

— Assim que você terminar de separar tudo, coloque-os em cima da peseira e venha até aqui. Eu preciso falar com você.

Eu não sei qual será a reação dele, mas eu tenho que falar.

Eu, então, respiro fundo e digo.

— Desculpe senhor, mas eu não vou poder ir até aí.

— E por que não? - indaga.

Olhando para o espelho, vejo ele a me olhar com um sorriso presunçoso. Como se já soubesse o porque, mas mesmo assim quer ouvir de minha boca.

— Como 'porque não', senhor Price. - digo num tom de indguinação — O senhor está completamente 'nu' de novo.

— Hum, só por isso? - diz como se não se importasse.

— Como 'só por isso', senhor? - digo num tom firme.

— Pelo que me lembro bem, você já me viu todo peladinho ontem, então não vejo nenhum motivo para que você não venha até aqui agora.

— Só que ontem eu vim até aqui para uma entrevista, sem estar esperando que algo desse tipo acontecesse, já hoje.. é totalmente diferente.

Pelo silêncio dele, eu acho que ele irá se desculpar e concordar com o que eu disse, mas não..

— É o seguinte, senhorita Grace,.. - diz num tom sério — ..quero que pare agora mesmo de arrumar desculpas esfarrapadas e faça o que eu disse.

— Mas senhor.. - tento explicar.

— Venha até aqui agora.

O tom de voz dele é autoritário, dominador, e eu não tenho mais o que argumentar.

— Ok, senhor, já estou indo. - obedeço.

Volto para o quarto, vou até a peseira e coloco tudo arrumadinho em cima.

Em seguida vou até ele de cabeça baixa, com minhas pernas bambeando, meu coração disparado e minhas mãos tremendo.

— Agora, sente- se.

O tom de voz dele é tão dominante, que me sento sem questionar, mas cabisbaixa sempre.

— Agora preciso que você olhe para mim.

— Mas senhor? - indago receosa.

— Sem mais, Grace. - diz firmemente e num tom alto.

Relutante, levanto minha cabeça lentamente e olho para ele.

— Bom, agora sim. - sorri convencidamente — A senhora Constância, deve ter te passado algumas coisas que você terá que fazer, não é?

— Sim, senhor Price. - respondo sem hesitar.

— Então, você já está ciente de quais serão as suas funções aqui em minha casa?

— Sim, senhor, já sim. - afirmo — E ela disse também que o senhor explicaria o resto.

— Hum, bom. É isso mesmo. - confirma enquanto toma um gole de café — Bem, depois que terminar de fazer o que precisa aqui em meu quarto, eu quero que você vá até o meu escritório.

— Ok, senhor, mas para que? - indago com medo do que vem a seguir.

— Em cima da minha mesa está a minha agenda e o celular particular, que ficará com você de agora em diante, e você deverá levá- los com você para onde for.

Suspiro de leve, aliviada que não seja o pior que imaginei.

— Quando eu ligar, você atende. Minha agenda tem que ser verificada todos os dias. Não tolero erros ou desculpas para algum erro cometido. Chegou atrasada terá penalidades. Não cumpriu porque não deu ou porque não quis, qualquer coisa que eu lhe ordene, será demitida no ato. Sua hora de almoço e café será respeitada, com tanto que você respeite a sua hora de trabalho. Meu café da manhã será trazido até o meu quarto todos os dias por você, então, terás que se acostumar a me ver como estou agora, se não, procuro outra assistente. Entendido?

— Sim, senhor, entendi perfeitamente.

Ele me olha satisfeito.

— Bom, agora eu quero que você prepare um banho para mim e em seguida avise ao meu motorista que irei sair em uma hora.

— Ok, senhor Price, farei tudo como o senho manda.

— Ok, agora vá.

Me levanto, vou até o banheiro preparar o banho dele enquanto ele termina o seu café da manhã, e em seguida saiu do quarto e vou avisar ao motorista.

.." Meu, vou ter que ter muita paciência com esse cara. - sinto raiva por dentro — Uma hora parece estar se jogando para cima de mim e me comendo com os olhos, na outra me trata como criada e não como uma assistente pessoal. Dando-me ordens e avisos como um tirano.

Saiu para fora da mansão e vejo Rick 'o motorista' no jardim, conversando com John 'o jardineiro'.

— Bom dia, 'Rick'.

— Bom dia, princesa. - diz de um jeito gentil.

— Sou Grace. - me apresento cordialmente — A nova assistente pessoal do senhor Price.

— Ah, sim, eu já estou sabendo. - segura a minha mão rapidamente — O prazer é todo meu, Grace.

Seu sorriso acaba me deixando um pouco sem graça.

— O senhor Price, pediu para avisá- lo que sairá em uma hora. - tento dizer só o necessário.

— Ah, ok, obrigada. Vou preparar o carro.

— Tá bom, eu agradeço.

Ele acena com a cabeça para mim.

— Ah, desculpa. - olho para o jardineiro — É um prazer conhece- ló também, senhor John.

— O prazer é todo meu, Grace.

Nos cumprimentamos rapidamente, me viro sem dizer mais nada e vou para o escritório pegar o telefone e a agenda particular dele.

.." Só espero não ser muito complicado como está parecendo que será, e principalmente, não cometer nenhum erro. Porque pelo tom de voz dele, não será apenas uma advertência.

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