Dong, o herói de Seul
Lee-Dong-Oh é o nome daquele em que nosso herói Kenjiro tem que ir atrás.
Também conhecido como Dong, ele é um rapaz que possui os cabelos castanhos e a pele bronzeada. Seus olhos eram pretos e os cabelos eram bagunçados, como os de Espada Zen. Costumava usar roupas básicas, como uma camiseta, uma calça e um tênis comum.
Nesse momento, ele estava em seu quarto, que tinha um papel de parede de cor neutra. Sua cama era de madeira e tinha roupas de cama também neutras. Havia uma escrivaninha e ele estava sentado na mesma, examinando uma espada. A arma tinha o cabo cor rubro com uns detalhes em preto. A lâmina era tão brilhante que parecia ser de prata. Ele examinava aquela espada da forma mais detalhada possível. Parecia fascinado com a mesma.
— Dong! Você está pronto? — Abre a porta uma garota de cabelos compridos e negros. Usava roupas básicas também, onde incluía uma camiseta de manga curta estilo aparência de bebê, calças jeans vermelhas e estava de sapatilhas.
— Ah, é você, Kim-Jina-In. — Responde o coreano.
— Não me chame assim. Vamos lá, temos que encontrar o Yeong-Hon.
— Como assim vamos lá? — Dong olha para Jina.
— Eu vou com você.
— Jina, é perigoso. Você não tem poderes. Deixe isso comigo.
— E deixar meu amigo sozinho? Nem pensar. Eu sempre irei para torcer para você.
— Mas e…
— Mas nada! Vamos! Vista sua fantasia e vamos atrás de Yeong-Hon. — Afirma Jina.
Dong suspira. Jina era uma amiga desde a época da faculdade. Hoje, eles têm, respectivamente, Dong e Jina, vinte e quatro e vinte e três. Ela sempre gostava de ver seu amigo lutar contra os inimigos, desde o momento em que ele encontrou a Espada Jeong, um artefato milenar que vem passando de geração em geração à Família Lee. Hoje, é a vez de Dong empunhar esta espada. O último a realizar tal ato, foi seu avô, Lee-Dong-Ha, que adotou o nome do meio também. Hoje, Lee-Dong-Oh faz o mesmo. Seu pai não chegou a ter a Espada Jeong em mãos por ter sofrido com o câncer que adquiriu. Por sorte, Dong não herdou a doença, mas sua irmã sim. Faleceu ainda cedo, aos vinte anos. Até hoje, Dong sofre com a perda dela.
Ao empunhar a espada, Dong libera um poder de aura branca e assim, estava usando uma armadura de samurai de uma cor e forma semelhante à de Espada Zen.
— Está um gato. — Disse Jina, um pouco corada.
— Vamos lá. — Responde Dong. — Sabe onde ele está?
— Sim, eu consegui informações por meio do noticiário. Vamos.
Logo, eles saem correndo de casa e vão ao encontro de Yeong-Hon.
×××
Cidade de Seul, terra natal de Dong. Era aqui onde o nosso herói se encontrava. O movimento dos carros, das pessoas, a noite a estar movimentada nesse momento, com as luzes dos prédios, dos pontos de comércio e serviços, a noite estando com o corpo celeste de cor escura e sombria, enfim, tudo indicava que os Quatro Espíritos conseguiram conter de forma não duvidosa os ataques dos Lendários do Japão sem problemas, ataques esses que iriam acabar com milhares multiversos.
Um homem usando uma capa preta com uma máscara que parecia um esqueleto, estava com várias almas lhe rodeando. As pessoas corriam apavoradas daquele homem, mas este não se importava e continuava a causar o caos naquele momento.
— Vamos, onde está Dong? Será que eu o assustei? — Indaga o homem.
Logo, ele lança várias almas no meio das pessoas. Ele conseguia extrair delas suas almas e assim, elas iam se duplicando. A alma que o homem lançava tirava a outra alma e ambas saíam do corpo das pessoas. Ele era um manipulador de almas, não do mesmo nível de Kenjiro, mas o suficiente onde poderia brincar com um e com outro.
Uma mãe estava correndo com o seu filho menor de idade para evitar ser atacado por esse homem. Quando este percebe sua ação, ele lança várias almas na direção dela. Tanto a mãe quanto o filho estavam apavorados. A figura materna queria chorar, pois iria perder o contato com o seu filho.
No entanto, antes que acontecesse qualquer coisa, aparece Dong que defende a mãe com a sua espada. Esta teria se chocado com a alma que queimava em seguida. A espada estava brilhando naquele momento como se fosse uma espécie de repelente. Jina aparece atrás de Dong e olha para a mãe e filho:
— Por favor, saiam rápido. Eu levo vocês a um lugar seguro.
— Obrigada. — Responde a figura materna.
Jina deixava Dong tomar conta do resto. Sabia que ele poderia dar conta dessa situação.
— Estava com saudades, Yeong-Hon? Aqui estou. Sou todo seu. — Disse Dong.
— Enfim nos encontramos novamente. — Yeong-Hon tinha suas almas lhe rodeando e elas atacam Dong.
Este ergue sua espada que brilha em um tom mais forte. Era prateado.
— JEONG-UI KUDETA! (Golpe da Justiça)
Ele consegue cortar o ar, da mesma forma que todas as almas são destruídas.
— Não! O que você fez?! — Yeong-Hon não acreditava no que via.
— Eu acabei com aquilo que lhe fazia forte. — Disse Dong.
O vilão sorri e responde:
— É o que você pensa. Ainda tem mais de onde vieram essas almas. — Seus olhos brilham em vermelho e aparecem vários espíritos de Yeong-Hon. — Esqueceu que eu sou um manipulador de almas? Eu posso aproveitar algumas e modelar ao meu gosto. Antes eram almas de monstros, agora são almas super poderosas com a minha cara. Vamos ver se você tem como derrotá-las.
Logo, as almas avançam até Dong. Elas eram rápidas e não teria como ele usar a mesma técnica de novo, já que elas se deslocavam de um lado e de outro.
— "Merda".— Pensa Dong. — "O que eu faço agora?"
As almas iam atacar Dong, mas este pula bem alto. Teve uma reação veloz e ele grita:
— JEONG-UI KUDETA!
Ele consegue cortar as almas de Yeong-Hon, mas elas se regeneram.
O vilão ri e fala:
— Você não terá como vencer desta vez, Dong! Eu modelei as almas em um modo onde elas não seriam destruídas pela sua espada.
Dong para no chão e estava em posição de luta. Não sabia o que fazer nesse momento. Estava em desvantagem. Pensava em uma estratégia e já tinha em mente o que fazer.
— "Se eu lançar esse golpe em Yeong-Hon, talvez as almas seriam destruídas, já que um enxame de abelhas depende da rainha para estar vivo. Já sei o que fazer".
O corpo de Dong brilha e aparece cinco deles.
— O quê? — Yeong-Hon fica olhando a situação.
Todos atacam as almas, que fazem o mesmo, mas eles usam a velocidade para confundir as almas e Yeong-Hon.
— Mas o que significa isso? — Indaga o vilão.
— JEONG-UI KUDETA! — Dong aparece atrás de Yeong-Hon e o atinge com o seu golpe. Este cospe um pouco de sangue e teria sofrido um corte nas costas muito feio. Ele cai no chão e desmaia.
As almas pareciam se contorcer de dor e aos poucos estavam evaporando.
— Nossa, que sinistro. — Aparece Jina.
— Jina! Aquela família! Está segura? — Indaga Dong.
— Claro que sim. Você sabe que pode contar comigo, não é? — Jina pisca para o seu amigo, com o rosto corado.
As almas continuavam a derreter, até sumirem por completo. Os "clones" de Dong somem.
×××
Depois de tudo resolvido, a vida normal em Seul estava aos poucos voltando à normalidade. Dong, ainda com a sua armadura, caminhava com Jina como se ambos estivessem sozinhos. Estavam comentando sobre o ocorrido na luta contra o Yeong-Hon.
— Até que foi fácil. — Disse Jina.
— Foi fácil para mim, porque você não teria como derrotá-lo. — Responde Dong.
— Pois é, fazer o quê. Eu queria ter uma espada para poder ajudar você. Tudo de repente ficar em suas costas, deve ser muito complicado.
Dong ficou admirado por Jina se importar com ele dessa forma. Ele também a queria como parceira para proteger a cidade de Seul. Mesmo tendo a segurança em alta, poderia chegar o momento onde apareciam inimigos complicados para a polícia combater, como foi o caso de Yeong-Hon. Agora, ele foi preso e foi colocado um bracelete que bloqueia seus poderes, uma tecnologia importada dos Estados Unidos.
— Bem, Jina, o que você fez hoje, ajudando aquelas pessoas, como aquela mãe e filho, não deixa de ser um ato heróico. — Disse Dong.
— Você acha? — Indaga Jina.
— Não acho, eu tenho certeza. Queria eu poder fazer isso, mas eu sempre tenho que lidar com vilões que uma hora ou outra irão prevalecer em cima de mim.
Jina dá uma leve risada. Gostou do conselho que recebeu. De fato, nem ela esperava ter que salvar a vida de alguém. Nunca chegou a fazer isso. Só o que vinha em sua mente era acompanhar o seu amigo em suas lutas e assistir, nada mais.
De repente, a Espada Jeong brilha de uma forma descontrolada. Dong achou isso estranho, nunca teria presenciado ela brilhar daquele jeito.
— Mas… O que é isso? — Indaga Jina.
— Eu não sei. De repente, ela começou a brilhar desse jeito. — Dong achou estranho esse momento que estava se passando.
— Parece que ela detectou um inimigo muito poderoso para poder brilhar desse jeito.
Dong fica preocupado com Jina e se vira para a coreana.
— Jina, é melhor você sair daqui, porque pelo visto, o inimigo é…
— Mas eu não sou o seu inimigo. — Um homem aparece atrás deles e ambos ficam congelados com isso.
— Mas… Quando foi que ele… — Disse Jina, que estava assustada.
O homem sorri e se teleporta. Aparece bem na frente deles.
— Mas… — Jina ainda estava assustada com aquele jeito.
— Não se preocupe. Eu sou mocinho. — Disse o homem, sorrindo.
Jina fica aliviada, mas Dong ainda estava impressionado com o momento inesperado dele aparecer. Ele olhava para o homem e viu que ele não tinha traços de ser coreano.
— Quem é você? Pelo visto é estrangeiro. — Disse Dong.
— Acertou, Lee-Dong-Oh, ou melhor, Dong.
Ambos ficam impressionados pelo homem saber do nome de Dong.
— Mas… Como você…
— Meu nome é Kenjiro. Sou um dos Lendários do Japão.
— O quê? Os Lendários do Japão? — Dong estava impressionado.
— Isso mesmo. Meus companheiros e eu estamos nos aposentando de defender o mundo. Como você tem se esforçado em proteger a Coreia do Sul, queria lhe convidar a conhecer a oportunidade de poder proteger o mundo agora. O que você acha?
— Mas… E quanto aos vilões de Seul?
— Não se preocupe, iremos discutir tudo isso quando você e outros heróis se reunirem.
— Então existem outros heróis? — Indaga Jina, curiosa.
— Sim, existem. Mas e então, Dong? O que você acha? Aceita me acompanhar para me substituir?
Dong estava pensativo quanto ao assunto. Já ouviu falar dos Lendários do Japão, até mesmo a conversa de que eles eram imortais. Nunca chegou a acreditar nisso, achava que era boato. Mas agora, ao se deparar com Kenjiro que tem uma aparência jovial, parou de suspeitar disso e passou a acreditar nesse momento que sim, eles eram imortais. Não somente isso. Ele sempre admirou os Lendários do Japão e buscava se inspirar neles para poder proteger Seul. Como recusar uma proposta dessas de substituí-los.
— Bem, se irão garantir a segurança de Seul, eu aceito. — Disse Dong.
— Certo. Vamos à sua casa. Partiremos amanhã de manhã, o que acha?
— Por mim tudo bem. — Dong sorri.
Ambos estavam caminhando com Jina atrás deles. Ela não teria gostado da ideia, pois iria se afastar de Dong. Não queria que isso acontecesse. No entanto, mesmo sendo contrária à essa decisão, só desejava o bom e o melhor ao seu amigo, na qual ela também tinha interesses amorosos.