Biblioteca
Português

Gravida de um lobisomem

171.0K · Finalizado
Bell J. Rodrigues
132
Capítulos
9.0K
Visualizações
9.0
Notas

Resumo

A história inicia contando sobre duas irmãs e sua família, todos moram em uma pequena casa numa parte mais isolada da floresta no Reino de Aftermoon, o local é cheio de lendas sobre criaturas horrendas que vagam sobre as terras desde os tempos mais antigos, Cateline a irmã do meio da família Forth, acreditava fervorosamente nelas, os antigos contavam que o Reino e o restante do mundo havia sofrido uma maldição que tinha deixado todas as mulheres inférteis, e por isso a geração atual não podia se reproduzir. Muitos não acreditavam quando tudo se iniciou , mas quando todos do reino viram com seus próprios olhos as mulheres não conseguindo gerar mais vida, se apavoraram completamente. Em uma noite após uma festa no vilarejo, Cateline uma jovem camponesa virgem se depara com um homem estranho que a enfeitiçou por completo, sem entender o porquê daquela intensa sensação de atração a jovem apenas se entrega, deixando que algo acontecesse inesperadamente a seguir.. Mesmo com a maldição de infertilidade rogada sobre o mundo , Cateline ficará grávida desse homem misterioso, e ela só irá descobrir ao perceber mudanças estranhas em seu corpo. Em meio a essa praga, somente a jovem camponesa e sua família poderão se ver libertos dessa maldição... O Que Cateline não contava, era que em seu ventre não era uma criança comum que estava sendo gerada, e sim um filho de um lobisomem, a vida da mulher será virada de cabeça para baixo e tudo que ela conhece irá mudar. Para a vida da jovem não correr perigo ela terá que aceitar um contrato de casamento com o homem que ela teve um caso apenas uma vez...

romancelobisomem

1- Festa

— Não vejo a hora do dia da festa chegar… Preciso costurar um vestido novo!

Dizia Lucinda, saltitando alegremente, enquanto rodopiava segurando a barra de sua saia, imaginando o vestido que faria.

— Deixe de tagarelice e volte a mexer essa colher, não queremos queimar os doces!

Respondeu Cateline, focada em mexer na lenha para aumentar as chamas da fogueira.

Seu rosto estava repleto de manchas de carvão, cada vez que ela tentava limpar com as mãos sujava mais ainda, dava para ver o quanto a jovem estava focada, ela franzia as sobrancelhas verificando de perto se havia colocado madeira o suficiente.

— Você nunca vai achar um marido, não com esse seu jeito!

Diz Lucinda, pegando a colher que havia deixado de lado voltando a mexer no tacho vagarosamente, ela olhava para a irmã com um sorriso ousado nos lábios e continuava.

— Sabe! Você já está na idade de se casar… Tenho certeza que vamos achar lindos pretendentes ricos na festa, quem sabe não nos casamos com algum mercador, ou melhor, alguém do exército…  Céus, seria esplêndido irmã!

Lucinda sorria bobamente, seus olhos brilhavam enquanto falava, sua irmã a encarava de forma séria, Cateline não entendia os sentimentos ambiciosos de sua irmã, para ela conseguir se casar com algum homem já era o suficiente, estava cada vez mais difícil encontrar um que não estivesse mutilado da guerra ou ficado louco com as batalhas.

Cateline dá um suspiro pegando outra colher que estava próxima e vai até o tacho para ajudar sua irmã que estava perdida em seus sonhos quase parando de mexer o doce.

— Você sabe que não iremos na festa, não é ?! Iremos ficar na entrada, vendendo doces, ou você se esqueceu irmã?

Fala Cateline meio desapontada por sua irmã, ela sabe o quanto Lucinda queria ir.

— Eu sei! Mas e se vendermos tudo? Quem sabe? Nem que seja no final da festa… O que acha?

Lucinda responde com uma expressão triste no rosto que logo se vai, ela começa a focar no doce pensativa.

— É isso! Vamos vender todos os doces antes da festa!

Ela volta a sorrir, trazendo ânimo novamente ao local.

Cateline dá um sorriso olhando para sua irmã, ela sabia como a jovem era animada e não desistia fácil.

— Olha, eu não me importo de ficar só vendendo os doces, você pode ir a festa..

Quando Cateline diz, Lucinda se vira a ela a respondendo.

— De jeito nenhum que vou te deixar sozinha! Nem pensar… Vamos vender tudo juntas, e se vier algum ladrão ou sei lá o que, um tarado, não vou te deixar sozinha vendendo os doces, nunca irmã.

Lucinda sempre foi responsável, assim como todos da família, ela prezava pela segurança e saúde de todos sempre em primeiro lugar, com toda aquelas guerras e desastres acontecendo a família precisava se manter cada vez mais unida.

— Certo… Então vamos vender todos esses doces…

Diz Cateline, confiante no que acabara de dizer, ela sorria para sua irmã de forma sincera.

Após terminar de preparar os doces, as duas os embrulham em pequenos pedaços de folhas de bananeira e de milho, o cheiro estava delicioso, faltavam apenas algumas compotas e conservas para serem feitas, era muito trabalho mas logo as jovens teriam retorno.

Toda renda da propriedade dependia de suas receitas e itens produzidos por elas, a festa no vilarejo seria uma ótima oportunidade para ganhar um dinheiro extra, por isso as garotas estavam trabalhando dobrado para produzir o máximo possível para o tal evento.

  

Se passaram dois dias e a hora da tão esperada festa havia chegado, Lucinda estava animada arrumando a pequena carroça, colocando tudo que precisavam levar para vender, ela cantarolava baixinho sorridentemente.

Ela usava o vestido que dizia ter feito especialmente para aquele dia, era um vestido na cor verde, feito com tecidos que ela comprava com suas economias quando ia até o povoado.

Lucinda sempre foi muito linda, seus cabelos claros e olhos esverdeados eram chamativos, assim como seu corpo, ela era bem baixa, isso sempre atraía os homens, a jovem sempre foi cautelosa, ela queria alguém rico, ou com bastante dinheiro pelo menos por isso nunca dava bola para ninguém.

Já Cateline, tinha cabelos escuros iguais aos de seu pai, olhos esverdeados que puxaram os de sua mãe, igual aos seus irmãos.

Cateline era bem mais alta que sua irmã, com um belo corpo também, porém por falta de delicadeza e sensibilidade os homens nunca davam atenção a ela, ela usava sempre roupas velhas, e não se cuidava bem, porém isso nunca foi problema para ela, já que não se importava com a opinião dos outros, Cateline guardava suas economias para comprar sua tão esperada casa, com um espaço bem grande para plantações.

— Você está linda!

Diz Milenna, mãe de Lucinda, Cateline e Martin.

Ela havia acabado de chegar da horta, onde colhia alguns legumes para o jantar, com ela estava seu filho mais novo Martin, que ficou boquiaberto vendo sua irmã.

— Mamãe, Lucinda virou uma princesa?

Perguntou Martin enquanto puxava uma parte do vestido de sua mãe que logo após ouvir a pergunta caia em gargalhadas com Lucinda.

— Não querido…  Mas quem sabe um dia, né?

Ela fala colocando o cesto com os alimentos no chão.

Cateline levava alguns cestos a carroça, ela estava carregando alguns pães que havia acabado de assar para vender, suas roupas estavam completamente sujas de farinha.

— Não me diga que você vai sair desse jeito ?

Perguntou Lucinda enquanto se aproximava dando tapinhas na roupa de Cateline tentando tirar a sujeira.

Cateline usava um vestido já gasto, na cor azul escura, parecia ter sido usado por anos, já estava desfiando e se podia ver alguns furos de traças.

— Vamos apenas vender as coisas como de costume, não é nada demais…

Falava Cateline levantando o cesto pesado de pães para por na carroça, Lucinda segurava um tipo de pacote, era algo enrolado em um tecido velho.

— O que é isso?

Cateline perguntava a sua irmã, Lucinda estendia a mão entregando o item.

— É uma festa! E eu te conheço, não iria deixar você estragar minha caça ao noivo, iria assustar até os clientes assim…

Dizia Lucinda sorrindo para a irmã balançando o embrulho para que Cateline pegasse.

— Um vestido…?

Dizia ela depois de desenrolar o tecido.

— Vá logo experimentar, como não tirei suas medidas não sei se ficará bom..

Lucinda falava meio preocupada, porém de forma animada

— Muito obrigada, você sabe que não precisava irmã.

Cateline dava um grande abraço em sua irmã que continuava apressada insistindo para que ela fosse logo provar o vestido.

— Vá logo! Nós vamos nos atrasar, depois você me agradece!

Falava Lucinda empurrando a irmã para dentro de casa.

Cateline experimentava o vestido, era longo na cor clara, algo liso bem simples, geralmente os tecidos sem cor eram bem mais baratos, Lucinda tinha pouco dinheiro e Cateline sabia disso, por isso não se importou com a simplicidade, infelizmente o vestido ficou um pouco apertado, fazendo o busto de Cateline ficar um pouco amostra, mas nada que uma capa não resolvesse, assim ela cobriria suas curvas marcadas.

Cateline pois uma capa longa com capuz para cobrir as partes nuas de seu corpo, logo iria esfriar então não teria problemas em colocá-la antecipadamente.