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Capítulo 8 Bamburrista

No dia seguinte, a Zilda usou uma maquilhagem leve e uma roupa limpa e profissional, tosquiando-se em frente ao espelho.

Vendo que ela estava tão séria, o Vinícius sorriu e disse:

- Não é preciso ficar tão nervosa, não lhe disse que tinha amigos em Azul Imóvel? Ele vai nos ajudar.

- Mesmo que conheça realmente as pessoas lá, ainda é impossível eles poderem nos vender o edifício por cinco milhões de dólares. Pois, terei de tentar negociar com eles. Espero que eles não me expulsem. - Não era que a Zilda não confiasse no Vinícius, esta tarefa era demasiada difícil, ao contrário do que alguém como o Vinícius poderia fazer.

O Vinícius não se importou, pegava no casaco da Zilda e saiu com ela.

Os dois andaram de bicicleta elétrica e chegou a Azul Imóvel.

Ao mesmo tempo, numa loja de chá com leite em frente ao edifício de Azul Imóvel.

A Yolanda e o Sebastião se sentaram perto de janela, olhando para o portão de Azul Imóvel.

- Irmão, acha que terão sucesso hoje? Será possível o Azul Imóvel vender um edifício de escritório para eles por cinco milhões de dólares? - Disse a Yolanda.

- Impossível! Não falemos sequer do resultado, ainda é difícil eles entrarem em Azul Imóvel. Algum tempo atrás, o avô me mandou para negociar o preço de edifício em Azul Imóvel, quando as pessoas lá ouviram que eu só podia oferecer oito milhões de dólares, me expulsaram imediatamente. A Zilda só tem cinco milhões de dólares, é impossível eles quererem aceitar este preço. - O Sebastião disse com convicção.

- E se alguém de Azul Imóvel seja maluco e venda o edifício para a Zilda com cinco milhões de dólares? - A Yolanda perguntou.

O Sebastião riu imediatamente e disse:

- Essa possibilidade é tão pequena como a de o Vinícius ser o dono de Azul Imóvel. Não se preocupe, é impossível eles poderem negociar com sucesso.

- Sim, o Vinícius definitivamente não é o proprietário de Azul Imóvel. - A Yolanda também se riu.

Pouco depois, o Vinícius e a Zilda chegaram a Azul Imóvel de bicicleta eletrónica.

- Que ridículo! Eles veem de uma bicicleta eletrónica, parece mesmo pobre! - Quando a Yolanda viu os dois, ela se riu.

O Sebastião também se riu e já estava pronto a ver a derrota dos dois.

O Vinícius parou a bicicleta, sorrindo e disse à Zilda:

- Entra, as pessoas já devem estar à sua espera.

A Zilda estava preocupada e perguntou:

- Se eu entrar assim, será que eles me expulsem?

- Não se preocupe, eles não vão fazer assim. Os empregados de Azul Imóvel são todos bem-educados, não farão coisas como expulsar pessoas. - O Vinícius explicou.

- Fala como se Azul Imóvel fosse seu. Como sabe que os empregados são bem-educados? - A Zilda perguntou.

- De fato, sou verdadeiro proprietário de Azul Imóvel. - O Vinícius sorriu.

- Vá lá, não brinque comigo, seria bom se o Azul Imóvel fosse realmente seu. É melhor ter menos devaneios como este. Então vou entrar. - A Zilda disse e depois entrou em Azul Imóvel.

O Vinícius pensou que podia jurar a Deus que não estava sonhando, tudo ele já disse é o facto.

Quando a Zilda entrou no átrio de Azul Imóvel, uma mulher caminhou em direção a ela e perguntou com sorriso:

- Olá, em que posso ajudar?

- Sou de Família Pinheiro, estou aqui para falar com o vosso diretor-geral sobre aquisição de um edifício de escritório. - A Zilda falou com alguma apreensão.

- Então é Senhora Pinheiro, o nosso diretor-geral já está à sua espera no gabinete. Por favor, me siga. - A mulher ainda disse de forma muito educada.

A Zilda ficou um pouco surpreendida, ela não esperava que o pessoal aqui fosse realmente tão qualificado como o Vinícius tinha dito.

Ela seguiu a mulher e, elas chegaram em breve à porta do gabinete do diretor-geral.

- O diretor-geral está à sua espera lá dentro. - A mulher disse e depois saiu.

A Zilda bateu à porta, a pessoa lá dentro disse imediatamente:

- Por favor, entre!

A Zilda entrou, o Otávio Delgado já recebeu a ordem do Vinícius e foi à frente para saudar e deixar a Zilda se sentar no sofá.

A Zilda não esperava que seu negócio corresse realmente bem. O diretor-geral também parecia ser muito simpático, o que a deixou um pouco sobrecarregada.

- Olá, sou... - Disse a Zilda.

- Conheço-a, Sra. Zilda, está aqui para comprar um edifício de escritório, certo? A Família Pinheiro já tinha enviado alguém aqui antes, mas ele não comprou aquele edifício por algumas razões. Mas hoje a senhora tem muito sorte, a nossa empresa está agora organizando uma atividade de sorte, a primeira pessoa a vir hoje para comprar uma casa, não importa o que comprem, vamos vendê-la a 50% de desconto, tenho de dizer que tem muita sorte! - O Otávio explicou com sorriso, esta justificação foi lhe dito pelo Vinícius, a fim de não tornar a Zilda suspeita.

Quando ouviu as palavras do Otávio, a Zilda ficou surpreendida e perguntou:

- Atividade de sorte? A sério?

- Sim, claro que é verdade. Então quer assinar o contrato de compra agora? Uma vez assinado o contrato, aquele edifício de escritório pertencerá à Família Pinheiro. - O Otávio disse com sorriso.

A Zilda ficou um pouco dominada pela reação, ela pensou que hoje teria de se dar ao trabalho de falar com este diretor-geral durante um dia inteiro, mas não esperava que houvesse esta atividade de sorte.

- Mas nunca ouvi falar sobre essa atividade de sorte antes. - Disse a Zilda.

- Uma vez que é uma atividade de sorte, naturalmente não se pode dizer para todos. Caso contrário, receio que haveria um grande grupo de pessoas a lutar por esta oportunidade e assim criar o caos. - O Otávio explicou.

A Zilda ficava em silêncio e não sei como responder.

Esta atividade soou pouco fiável, mas a explicação do Otávio também foi razoável.

Depois, sob a orientação do Otávio, a Zilda assinou o contrato e pagou o dinheiro que o Escobar lhe tinha dado para comprar o edifício.

Ao partir, o Otávio liderou um grupo de funcionários a dar a esta cliente "sortudo" uma boa despedida.

Desde o início até ao fim, a Zilda se sentiu como se estivesse sonhando e se coalhou por algum tempo.

Ela caminhou para fora com o contrato na mão, ainda não saiu da atmosfera que acabara de experimentar.

Ela andou em direção ao Vinícius e disse:

- Vinícius, fui escolhida como cliente sortuda. O diretor disse que a primeira pessoa a vir hoje à sua empresa terá um desconto de 50%. Sabia disto com antecedência e é por isso que me deixou vir tão cedo, pois não?

O Vinícius sorriu e pôs um dedo nos seus lábios e disse:

- Isto é informação divulgada só dentro da empresa, se lembra de guardar este segredo.

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