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Capítulo 6 O Salvador

Xavier, ao lado, ficou igualmente surpreso e perguntou rapidamente, com um tom quase desesperado:

- Sr. Hughes, você tem mais? Se tiver, pode vendê-las? Queremos a mesma quantidade que você tem!

Talvez assim Lance não precisasse sofrer tanto.

Hughes deu uma risadinha, suas rugas se aprofundando ao redor dos olhos.

- Você acha que pode comprá-la tão facilmente? É uma erva medicinal rara.

A expressão de Xavier refletia um misto de esperança e desespero enquanto ele se agarrava a qualquer possibilidade.

- Bem...

Hughes continuou:

- Foi apenas uma coincidência. A moça que está me fornecendo ervas medicinais disse que conseguiu algumas por acaso antes. Perguntei se havia sobrado alguma, e ela disse que não havia.

A decepção de Xavier era evidente, sua postura desmoronando ligeiramente.

A expressão de Lance ficou inalterada, mas a luz em seus olhos diminuiu um pouco, como uma vela prestes a apagar. Sua antiga doença o acompanhava há muitos anos, como uma sombra persistente. Ao longo dos anos, ele procurou médicos renomados em todo o mundo, mas não havia esperança de uma cura completa. Em vez disso, encontrou algum alívio para sua antiga doença graças ao tratamento de Hughes.

Agora, finalmente descobrindo essas ervas milagrosas, Lance naturalmente esperava comprar mais para usar em pesquisas médicas, talvez para desenvolver uma cura definitiva.

No entanto, a esperança foi frustrada mais uma vez, e Lance parecia estar acostumado a essas desilusões. A aceitação resignada era quase uma segunda natureza para ele.

Hughes, percebendo a profundidade da desilusão deles, tentou consolá-los:

- Tudo bem, embora haja apenas algumas plantas da erva medicinal, ela deve ser suficiente para alguns meses. Pelo menos, durante esse tempo, você pode reduzir um pouco da dor. Quando eu vir aquela garota de novo, pedirei novamente por você. Hoje à noite, apenas descanse aqui e não pense muito.

Depois de um momento de reflexão, Hughes não pôde deixar de repreender:

- É impossível curar sua doença com minhas habilidades médicas. Se você conseguir encontrar o famoso médico oculto, Gunner, pode haver uma chance de cura! Mas antes de encontrar essa pessoa, você deve cuidar de seu próprio corpo primeiro! Você é humano, não um deus. Esforçar-se demais o tempo todo só o deixará exausto!

Lance assentiu levemente, com um olhar distante.

Ele havia enviado pessoas para procurar Gunner Martinez há muito tempo, mas não havia recebido nenhuma notícia. Começou a duvidar que essa pessoa realmente existisse no mundo!

Aos poucos, ele perdeu a esperança, como uma vela que se apagava lentamente.

Talvez por causa de seu corpo fraco, Lance logo adormeceu novamente, o silêncio pesado se instalando no quarto.

...

Enquanto isso, após o jantar, Deanna arrumou a louça com gestos automáticos e disse:

- Gregory, Chloe, fiquem em casa e comportem-se bem com a bisavó, não corram por aí, ok? A mamãe está indo para o jardim medicinal e voltará logo.

As duas crianças acenaram com a cabeça, com olhares cheios de seriedade.

- Está bem, mamãe.

Deanna tirou o avental e saiu, seus pensamentos fervilhando como um redemoinho.

...

Dentro do jardim medicinal.

A grama verde sombreava a área, e quase tudo era composto por ervas medicinais raras. O ar estava carregado de um aroma terroso e revitalizante.

Todos os canteiros de plantas foram deixados por seu mestre, que lhe ensinou habilidades médicas, suas pegadas ainda marcadas na terra.

Ao longo dos anos, seu mestre vinha tentando cultivar essas plantas medicinais raras, mas não tinha conseguido. Finalmente, desapontado, ele deixou esse lugar para vagar em busca de novos horizontes.

Agora, ninguém sabia para onde ele tinha ido, e suas lições permaneciam como ecos na mente de Deanna.

Foi somente nesse ano que Deanna conseguiu cultivar uma parte das plantas, cuidando delas com a paciência de quem lida com algo precioso e frágil.

No entanto, as ervas medicinais não estavam totalmente maduras, e a taxa de mortalidade era muito alta. Quando o dono da farmácia pediu mais, ela disse que não havia mais nenhuma, um nó de preocupação apertando seu peito.

Deanna olhou para as mudas medicinais à sua frente, agachando-se e acariciando-as gentilmente com as pontas dos dedos. O toque era quase reverente, seus pensamentos vagando para o futuro incerto. Ela suspirou fundo, o peso da responsabilidade esmagando seus ombros.

"Os infortúnios nunca vêm sozinhos", pensou ela amargamente. Quando estava voltando, algo aconteceu. Além dessas ervas medicinais, ela realmente não conhecia nenhuma outra forma de arrecadar dinheiro.

Já havia decidido voltar amanhã e perguntar ao dono da farmácia se ele poderia pegar essas ervas medicinais e, com sorte, vendê-las por um bom preço...

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