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Capítulo 3 Assumindo total responsabilidade

- Mamãe, eu e minha irmã estamos bem. - Disse Gregory calmamente, sua voz suave e tranquilizadora.

Deanna sentiu um alívio imediato. Felizmente, as crianças estavam ilesas. Pelo que parecia, o outro motorista havia freado a tempo, o que lhe permitiu respirar mais facilmente.

- Queridos, a mamãe vai sair e ver o que aconteceu. Vocês dois fiquem no carro e se comportem. - Instruiu ela, tentando manter a compostura. Soltando o cinto de segurança, Deanna abriu a porta e saiu do carro, seus passos hesitantes revelando sua preocupação.

O motorista do carro de trás também saiu naquele momento, verificando as condições do seu veículo com um olhar de frustração. Quando viu Deanna, a raiva em seu rosto era inconfundível.

- Como você dirigiu? Estava tudo bem e, de repente, você parou na estrada! - Exclamou ele, a voz carregada de irritação.

- Sinto muito, parece que meu carro quebrou. - Deanna se desculpou sinceramente, ciente de que a culpa era sua. Ela olhou para trás, para seu carro, que exibia um grande amassado na traseira, e depois para o carro do outro motorista. Seu rosto ficou pálido instantaneamente. Ela reconheceu o carro à sua frente como um Maybach, uma edição limitada que valia pelo menos quarenta milhões. A responsabilidade por esse acidente era claramente dela, e a ideia de ter que pagar uma indenização astronômica fez seu coração afundar.

Nos últimos anos, a família vinha enfrentando dificuldades financeiras devido à doença da avó. Sem economias e sem seguro, onde ela conseguiria tanto dinheiro?

Perdida em seus pensamentos, Deanna começou a suar. Ela se desculpou novamente, fazendo uma reverência profunda:

- Sinto muito, sinto muito mesmo!

Ela não tinha outra opção a não ser continuar se desculpando.

O motorista ficou parado com as mãos nos quadris, respirando pesadamente. Ele franziu a testa e olhou para ela, dizendo:

- Pedir desculpas não vai ajudar. Eu estava dirigindo normalmente. Você é a principal responsável por isso. Vamos falar sobre indenização quando a polícia de trânsito e a seguradora chegarem.

Ao ouvir isso, Deanna não pôde deixar de entrar em pânico! Ela esfregou as mãos nervosamente, seu rosto refletindo angústia.

- Eu... Eu não tenho tanto dinheiro. - Murmurou, quase inaudível.

O motorista franziu a testa, observando a mulher à sua frente com uma expressão de desdém.

- Está tentando se esquivar de sua responsabilidade? - Perguntou ele, com um tom de voz mais afiado.

Deanna balançou a cabeça desesperadamente.

- Não, não foi isso que eu quis dizer. - Respondeu ela, quase em lágrimas.

Naquele momento, as duas crianças saíram do carro. Ao ouvir sobre a necessidade de pagar uma quantia tão grande de dinheiro e conhecendo as dificuldades da família, elas ficaram preocupadas. Ambas gritaram em uníssono:

- Mamãe!

Os dois pequeninos se aproximaram de Deanna, segurando suas roupas com firmeza, seus olhinhos cheios de inquietação.

Deanna os confortou dando tapinhas em suas cabecinhas e, em seguida, olhou para o motorista, pedindo suavemente:

- Senhor, eu não queria fugir da responsabilidade. Admito a culpa, mas será que poderíamos chegar a um acordo? Eu realmente não posso arranjar tanto dinheiro de uma só vez.

Ela mordeu o lábio, primeiro declarando sua posição, depois explicando suas dificuldades e, por fim, sugerindo uma solução.

- Que tal deixar um número de contato e podemos pagar em parcelas? - Sugeriu, esperançosa.

Ao ouvir isso, o motorista franziu ainda mais a testa, mas algo em sua expressão mostrava que ele estava considerando a proposta. Ele olhou para as crianças, cujos olhos brilhavam com uma mistura de medo e esperança.

Ao ver isso, as duas crianças ajudaram a mãe a implorar.

- Senhor, nós realmente não temos muito dinheiro. Por favor, dê-nos tempo para juntar dinheiro. Nós manteremos nossa palavra. - Disse Gregory, sua voz firme apesar de sua idade.

Chloe até juntou as mãos, suplicando com voz doce e inocente quase comovente:

- Por favor, por favor.

O motorista amoleceu um pouco ao ver as duas crianças, sua expressão se suavizou. Ele não estava mais tão severo, mas não podia tomar a decisão sozinho. Ele só podia dizer:

- Espere aqui.

Com isso, ele se virou e foi para o banco de trás, abaixando-se para bater na janela. A janela se abriu lentamente.

O motorista falou respeitosamente, perguntando:

- Sr. Mercer, como devemos lidar com esse assunto?

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