Na Pele - EP 4
Jaston subia as escadas atrás dela como um homem marcado. Cada passo era um aviso do que estava por vir — e seu corpo, longe de hesitar, implorava por mais. Hellen caminhava à frente com os quadris balançando, nua, segura, como se soubesse que cada centímetro seu era uma sentença para ele. Uma promessa obscena.
Assim que entraram no quarto, ela fechou a porta devagar. O clique seco da maçaneta pareceu selar algo ali dentro. Ele ficou parado, esperando.
— Deita na cama. De costas — ela ordenou, sem precisar levantar o tom.
Jaston obedeceu. O lençol ainda carregava o cheiro da manhã, do segundo round. Ele se deitou com os braços ao lado do corpo, os olhos cravados nela, o coração batendo forte.
Hellen abriu a gaveta do criado-mudo e tirou as algemas de couro preto. O olhar dele se acendeu.
— Você realmente trouxe isso…
— Claro. Uma mulher prevenida é uma mulher poderosa.
Ela subiu na cama devagar, montando sobre ele, sentando-se na altura do abdômen dele. As algemas pendiam das mãos dela como promessas de rendição.
— Braços acima da cabeça, Jaston.
Ele ergueu os braços. Hellen prendeu os pulsos dele à cabeceira com precisão. O som do metal se fechando foi quase erótico por si só. Ele puxou levemente, testando a firmeza. Não havia saída.
— Confortável? — ela perguntou, com um sorrisinho.
— Por enquanto.
Ela se curvou e lambeu o pescoço dele.
— Vai ficar bem menos confortável daqui a pouco.
Ela desceu pelo corpo dele com a língua, sem pressa. Mamilos, abdômen, a curva do osso do quadril. Ele gemia, mas não podia tocar. Só sentir.
Quando chegou à base do pau, ela soprou ali e o fez estremecer.
— Quente e duro de novo... Você realmente está viciado.
— Culpa sua — ele arfou. — Você me quebrou.
Ela o chupou com intensidade súbita, sem aviso. A boca quente, molhada, tomando-o todo, a garganta engolindo até ele perder o ar. Ele grunhiu, as correntes tinindo.
Mas ela parou antes que ele gozasse.
— Não. Você só vai gozar quando eu deixar.
Ele gemeu, o corpo todo tenso. Hellen subiu e se posicionou sobre ele, esfregando sua boceta molhada contra o pau dele, sem deixar entrar. Deslizava, provocando, apertando os mamilos dele com força.
— Diz o que você é agora.
— Seu — ele respondeu, os olhos nublados de tesão. — Seu brinquedo.
Ela sorriu, satisfeita. Então desceu, devagar, até engolir ele todo. Um gemido rouco saiu da garganta dele.
— Isso... me fode... Hellen, porra...
Ela o cavalgava com força, os quadris batendo, as mãos cravadas no peito dele. Os cabelos caíam sobre o rosto. Ela era selvagem. Intensa. Possessiva.
— Vai gozar?
— Quase... quase...
Ela parou. Ele gritou de frustração, os braços puxando contra as algemas.
— Não ainda — ela sussurrou. — Você vai implorar.
Ela desceu novamente, agora com movimentos mais suaves, mas firmes. Rebolava, gemia, apertava com os músculos internos. A cada estocada, ele perdia um pedaço do controle.
— Por favor... me deixa gozar...
Ela inclinou-se até seu rosto, mordeu o queixo dele.
— Isso. Implora.
— Hellen... me deixa gozar. Eu preciso. Preciso de você me fodendo até eu quebrar.
Ela acelerou os movimentos, mais e mais forte, o barulho do sexo preenchendo o quarto. As correntes tilintavam, o suor escorria, os corpos chocavam com violência.
— Agora sim.
Ele gozou com um grito, o corpo arqueando, as algemas se retesando. Ela o acompanhou segundos depois, gritando o nome dele, colando-se toda.
Ambos desabaram, suados, ofegantes, unidos pela pele e pelo vício.
Ela soltou as algemas e o abraçou por trás, os corpos entrelaçados, ainda latejando.
— O jantar... vem com vendas — ela sussurrou, sorrindo.
E ele, rendido, apenas murmurou:
— Me serve.
Depois de se acomodarem no sofá com pratos leves — salada fresca e um vinho tinto intenso — Hellen fitava Jaston com um sorriso malicioso. A venda preta de cetim estava sobre a mesa, esperando pelo momento certo. Ele a olhava de volta, a respiração ainda pesada, o corpo latejando da entrega mais cedo.
— Pronto para o próximo round? — ela perguntou, a voz baixa e carregada de promessa.
Ele engoliu em seco, sentindo o calor subir pelo pescoço.
— Sempre que você mandar.
Ela se levantou e caminhou até ele devagar, os olhos fixos nos dele.
— Quero que se entregue sem medo. Sem ver. Confie em mim.
Jaston assentiu, o coração acelerado. Ela amarrava a venda atrás da cabeça dele com cuidado, como se preparasse um ritual sagrado. A escuridão que caiu sobre os olhos dele intensificou os outros sentidos, deixando tudo mais vívido.
Ela começou a explorar seu corpo com as mãos, deslizando pelos ombros, costas, costelas. Cada toque era uma surpresa, um convite ao desejo.
— Sinta cada segundo — sussurrou perto do ouvido dele.
Com dedos delicados, ela percorreu o peito, apertou os mamilos endurecidos. O corpo dele se arqueou involuntariamente, pedindo mais.
Hellen puxou um fio de seda vermelho, já preparado, e amarrou as mãos dele firmemente, dando uma nova sensação de impotência que misturava medo e excitação.
— Você vai ser meu brinquedo. Nada de tocar. Só sentir.
Ela desceu até a cintura, deslizou o zíper da calça dele lentamente, expondo o pau já ereto, quase implorando por atenção.
Com a boca, ela seguiu um caminho lento pelo abdômen, saboreando a pele quente, até alcançar a base do pau.
— Quer que eu chupe?
Ele gemeu, a voz abafada pela venda.
— Quero.
Ela começou a chupá-lo com intensidade, sem pressa, sentindo cada pulso, cada tremor. Depois, parou, se afastou e roçou o corpo dele com as pontas dos dedos, provocando arrepios.
— Agora é a sua vez de me obedecer.
Hellen deslizou a venda para o rosto dela, entregando a escuridão também aos próprios sentidos. A química entre os dois ficou elétrica.
Ele a guiou pela cintura, tocando cada curva, cada linha do corpo dela, explorando com as mãos — os dedos atentos à textura da pele, aos contornos provocantes.
Sem aviso, Jaston a puxou para si, roçando o corpo nu contra o dela. Os suspiros e gemidos se misturaram no ar, a escuridão intensificando a percepção de cada toque, cada beijo.
Ela sentiu as mãos dele subirem pela coxa, apertarem a bunda, puxarem-na para mais perto. O corpo deles se encaixava perfeito, como se fossem feitos um para o outro.
Com a venda, o toque era ainda mais urgente, mais selvagem.
— Quero sentir você dentro de mim — murmurou Hellen.
Ele obedeceu, a pele quente contra a dela enquanto a penetrava lentamente. Cada estocada era uma explosão de sensações, misturando a cegueira, o desejo e a entrega total.
Gemidos abafados, corpos se chocando, mãos que se agarravam no ar — era um jogo de confiança e poder.
Ela segurou o pescoço dele, puxou para um beijo rouco e desesperado, mesmo sem poder vê-lo.
— Você é meu — disse entre suspiros.
— Só seu — respondeu ele, arfando.
Quando o orgasmo chegou, eles se entregaram completamente, corpos tremendo em sincronia.
Depois, ainda vendados, ficaram ali, entrelaçados, sentindo o calor e a cumplicidade silenciosa.
