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Capítulo 06

Oito anos atrás:

4:30 da manhã:

A polícia foi chamada, uma guerra de gangues de rua estava acontecendo e muitos tiros eram ouvidos. Róger já trabalhava com a equipe de espião, mas estava na delegacia na hora. Ele comandava a delegacia junto com outro delegado. A noite estava agitada, muitas brigas e conflitos durante a noite.

Róger- Vá com uma equipe ao local. Eu preciso ver outras coisas.

Delegado- ok, hoje a noite foi agitada, vou levar mais homens para acabar logo.

Róger só balança a cabeça e sai. Ele vai se encontrar com os espiões. Mas quando entrou no carro, decidiu ir ver como o delegado vai trabalhar. Róger seguiu em seu carro e parou perto da ponte. De longe ele assiste toda ação feita para acabar com a briga. Um garoto se destaca. Ele é muito ágil. Seu parceiro é capturado, mas ele escorrega das mãos dos policiais como se fosse sabão. É quando Róger percebe o olhar dele para a ponte. Róger sai do carro e olha a altura.

Róger- Impossível alguém pular. Diz baixinho. Ele olha novamente, o garoto consegue escapar de dez policiais que lhe cercam. Róger vê ele desviando e olhando a ponte. Róger desce e espera na entrada do túnel que tem. Ele ainda duvida que o garoto possa pular. É alto a ponte, mas para sua surpresa, ele vê um corpo se jogando. Róger prende a respiração. Mais uma morte devido a brigas. Logo quando escutou uma batida no chão, Róger olha e o garoto está vivo, ele caiu e se firmou na posição de um gato. Róger imediatamente prende o braço dele, nas algemas e prende em seu braço. O garoto respira fundo e olha surpreso. Róger constata os olhos mais verdes de sua vida. Um olhar diferente, ele só viu uma em toda sua vida.

O garoto levanta ainda ofegante. Róger não tira os olhos dele. O garoto olha as algemas e olha Róger. Um pensamento deve ter passado em sua cabeça. Róger se adianta.

Róger- Nem pense em fazer nada. O garoto fica sem resposta. Róger aproveita a ligeira hesitação e com seus conhecimentos, apaga o garoto.

Róger pega ele no colo e liga para sua equipe pegar seu carro e esperar no fim do túnel. Subindo as escadas com o corpo inerte do menino ele chega até a van.

Róger- Leva para o laboratório, encontro vocês lá. Eles pegam do seu braço, o garoto e partem. Róger entra em seu carro e dá a volta. Ao passar onde estão os policiais ele para o carro.

Róger- Incompetência total, levem os que já pegaram. Depois falo com todos. O policial olha espantado, mas Róger fecha o vidro e parte. Ao chegar no laboratório, é informado que o garoto, na verdade, é uma menina. Surpreso ele vai até à sala que ela está. Quando perceberam que não era um garoto, eles pegaram ela e a levaram para o quarto fechado sem a limpeza que iam fazer. Róger chegou perto e olhou mais atentamente. Ela ainda está apagada. Róger senta em uma poltrona para esperar. Sua cabeça tem muitas perguntas. O quarto é totalmente seguro. Róger cruza as pernas enquanto espera. Quando ela acorda a primeira coisa que olha é suas roupas.

Róger- Não se preocupe, ao perceber que você era uma garota, ninguém te tocou.

Ela- Onde estou?

Róger- Protegida.

Ela- Quem é você?

Róger- Alguém que pode mudar sua vida.

Ela- Que se F@@@, quero sair daqui.

Róger- Esperta, ágil, mas tem a boca suja.

Ela- Quero ir embora.

Róger- Primeiro vamos ter uma longa conversa. Disse se levantando. Ela encosta na parede olhando com aqueles olhos de um verde sem igual. Róger fica impressionado com o olhar dela.

Róger.- Vou mandar trazer roupas para você, se tentar alguma coisa, te apago novamente e vai ser do meu jeito. Por isso pense antes de agir. Estou te dando uma chance. Só uma. Ele diz com as mãos no bolso. A garota olha para ele sem medo. Ela levanta o queixo e seu olhar escurece.

Ela- O que quer comigo?

Róger- Conversar. Isso, se você tomar banho e trocar de roupa.

Ela- Se eu não quiser?

Róger- Meu território, minhas regras. Estou de olho. Um movimento e você já era. A garota olha com raiva para ele. Róger percebe a mudança nela. Ele abre a porta.

Róger. Traga roupas para ela. Logo entregam-lhe uma sacola. Róger caminha até a poltrona onde estava.

Róger- Tome um banho. Ninguém vai te incomodar, quando sair vai ter uma bandeja de comida. Tem meia hora para fazer tudo. Volto no horário. Ele sai e tranca a porta

Róger volta ao presente.

Ele conseguiu refinar ela, fazer a melhor espiã-agente da equipe. Mas domesticar? Isso ele nunca teve certeza. Mas ela é fiel e de confiança. Retribuiu e aprendeu a respeitar, passou a ser considerada a número um de sua equipe. Mas nem ele conhece o que se passa em seu coração. Ela nunca mostra seus sentimentos. Róger escuta o motor do carro dela. Seu carro é um uno, mas foi todo modificado. A potência do motor, segurança e armas. Tudo acionado por botões. Ele vê uma perna saindo do carro. Róger sorri. Uma linda mulher.

Mas a beleza também tem seu lado mortal.

Ela- Esperou muito?

Róger- Melhorando, fumei um charuto. Ela tem seus meios. Onde parou, seu carro tem um mecanismo que abre e esconde ele. Ninguém percebe que ali existe um disfarce. Ela entra no carro de Róger. Ele a leva ao centro de treinamento.

Róger- Como vai voltar?

Ela- Com a moto. Está parada. Preciso andar com ela. Róger segue calado com ela ao seu lado.

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