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Capítulo 4

- Droga Javier, vá para casa. – levantei a voz, fechando a porta atrás de mim e certificando-me de que ele não poderia entrar na casa. – Serei claro e direto. Richard: Não gosto de você. Eu não gosto do jeito que você fica perto dela, do jeito que você tenta conquistá-la, e do jeito que você joga o jogo do irmão protetor quando você nunca deu a mínima para ela. Pare de sair com ela, pare de olhar para ela daquele jeito e vá embora. –

- Que diabos você está falando? Fume as coisas boas! – ele exclamou divertido.

- Ah, qual é Hastings – eu disse rindo com os braços cruzados sobre o peito. – Todo mundo já percebeu, não adianta se fazer de bobo porque você é um péssimo ator. Está claro como o dia que você está apaixonado pela sua irmã, mas ela está comigo e como ela não é realmente sua irmã, você tem que sair. Você não acha que ele já tem problemas suficientes? Duvido que ela queira adicionar seu irmão psicopata à lista de misóginos ao seu redor. –

- Você está louco - Ele balançou a cabeça e me olhou com nojo. – Você nem percebe o que está acontecendo. –

- Você está falando do pai que vem procurá-la e fugiu da prisão? Sim, eu sei. – levantei as sobrancelhas e sorri. – Eu sei de tudo Richie, vou cuidar dela, ela vai ficar bem irmão, não se preocupe. Vá para casa e pare de sair com ela, tenha uma boa noite. – Com isso entrei em casa e fechei a porta na cara dele com um ar tão orgulhoso que teria começado a dançar lentamente comigo mesmo se pudesse.

Eu o tratei assim principalmente porque sabia que Victoria não queria ver ninguém, especialmente ele, que não fazia nada além de respirar em seu pescoço, mas também porque eu estava irritado com o modo como ele a amava de uma forma tão mórbida, como se ela fosse uma 'obsessão'. '. Ela merecia ser amada, não perseguida. Perguntei-me como era possível que Alexander e Nicole não tivessem notado, porque era realmente a coisa mais óbvia do mundo, especialmente considerando que ninguém no campus tinha visto sua irmã e ele nunca trouxe amigos para casa. Não achei errado ele ter se apaixonado por ela, você não pode controlar o amor e não escolhe por quem se apaixona, no final eles não eram realmente irmão e irmã, mas pensei a maneira como ele a tratava era inadequada e terrível: sentindo-se como se estivesse na prisão há anos, precisava de alguém que o fizesse viver, e não que o impedisse de fazê-lo.

- Quem foi? – Victoria perguntou se aproximando de mim e me dando um beijo.

- Seu irmão – respondi olhando para ela.

Ela franziu a testa por alguns momentos e piscou um pouco confusa. – Eu esperava que Sam viesse aqui... - disse ele, deixando a frase em suspense.

- Você falou com ele? – observei enquanto ela olhava para o nada e suspirava, provavelmente um pouco ofendida por sua melhor amiga nem ter tentado falar com ela, ao contrário de seu irmão.

- Eu o chamei. - Ele explicou. – Pedi desculpas pela forma como o tratei hoje e disse que ficaria aqui alguns dias. Eu disse a ele que não queria ver ninguém, mas por um lado esperava que ele pelo menos tentasse... -

Peguei a mão dela enquanto caminhávamos juntos até o quintal, onde eu a beijei na noite do nosso primeiro passeio. Victoria olhou em volta e, quando abri a janela e a vi saindo do jardim atrás de mim, ela sorriu para mim e deu alguns passos mais perto, pegando minha mão e entrelaçando nossos dedos. – Você pode me beijar agora se quiser – Ela riu, virando-se e escondendo o rosto atrás do ombro dele, assim como havia feito naquela noite.

Balancei a cabeça e me aproximei, pegando seu rosto em minhas mãos, beijando-a apaixonadamente e colocando meu braço atrás de seu pescoço para puxá-la para mais perto de mim. Quando ela abriu os olhos ela me olhou feliz, me fazendo pensar que seu humor havia mudado, ela apoiou a cabeça no meu peito e passou os braços em volta do meu peito.

De repente, porém, ele se afastou, colocando as mãos na cabeça com um olhar confuso e olhando para mim de forma estranha. Ela começou a olhar em volta assustada e sem fôlego, agitando as mãos e olhando para mim enquanto ela estava, não entendi por que, tendo um ataque de pânico. – Ei – falei pegando as mãos dela com as minhas – Respire amor, respire – tentei convidá-la a se acalmar e respirar como eu fiz. – Lenta e profundamente. Conte comigo: um... Dois... Três... - contei nossas respirações quando vi que seus olhos estavam ficando um pouco brilhantes. Franzi a testa confuso ao vê-la tão agitada e realmente tentei com todas as minhas forças ler sua mente, mas por não ter superpoderes isso era impossível para mim.

Ela chegou perto do meu ouvido chorando, de novo, assustada e desesperada, enquanto eu ficava cada vez mais agitado porque não conseguia acalmá-la. – Javier – ela sussurrou em meio às lágrimas. – Alguém está nos observando. –

Arregalei os olhos e me afastei dela, cobrindo-a com meu corpo e olhando em volta tentando entender por que ela tinha tanta suspeita.

- Olha aquela sebe - explicou ela, ficando escondida nas minhas costas. - Está se movendo. – Ele disse prendendo a respiração. – Eu vi uma sombra Javier. – ele sussurrou enquanto a ansiedade alimentava os dois e sua voz tremia tanto que foi difícil para ele terminar a frase.

Movi meus olhos da esquerda para a direita continuamente, virando de novo e de novo, mas não consegui ver nada. Eu podia ouvir a cerca se movendo, mas não sabia se era realmente alguém nos observando ou um gato escondido na grama. - Entre na casa -

- Não – ele respondeu secamente e cerrando os punhos no tecido da minha camisa.

- Se realmente tem alguém nos observando, você tem que entrar em casa e ficar lá, eu cuido disso. – Levantei a voz e fiz uma expressão dura de propósito, esperando que ele enfraquecesse pelo menos um pouco, mas nada.

- Te disse que não. – Ela também levantou a voz e me olhou direto nos olhos só para me fazer entender que ela não se mexeria dali e que eu não a assustava em nada. – Pare de ser um super-herói com esse pau enorme, isso não combina com você de jeito nenhum, então pare com isso. Eu ficarei aqui com você, goste você ou não. –

Suspirei pesadamente e balancei a cabeça repetidamente, me perguntando por que ela era tão teimosa e por que ela não queria entender que tinha que me ouvir pelo menos uma vez.

Beijei sua cabeça para tranquilizá-la, mas a vi franzir a testa e olhar para a minha direita, onde meu carro estava estacionado. Ela se afastou e pegou minha mão, inclinando a cabeça para o lado e se aproximando do carro.

Ela ficou de lado, estreitando os olhos, e fiquei tão encantado com sua figura que só percebi quando ela me cutucou em um pequeno detalhe que eu havia deixado de fora.

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