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Quatro

Sierra voltou com um sorriso no rosto depois do café da manhã, se jogou na cama depois de tomar um banho para refrescar seus pensamentos e foi direto para seu notebook em cima do colchão. Entrou em vários sites de fofoca, incluindo um novo que estava conhecendo naquele momento, no entanto, ela conseguiu fazer uma conta para entrar, com um nome falso. Encarou a tela com atenção quando uma foto de Beatrice Layton apareceu, ela estava ao lado de um homem alto, e este segurava sua cintura com força, ali dizia que podia ser o novo namorado de Beatrice. Sierra deu um sorriso torto e pegou o telefone, virando-se para ficar de barriga para cima.

Tudo que era notícia, ela tinha que publicar, e se a modelo número um estava de namorado novo, ela publicaria isso com muito orgulho. O caso entre elas, é que ambas estudaram juntas, porém, Sierra era a inteligente e sincera demais para se misturar com o resto das garotas, e Beatrice era a mais bela, contudo, as carreiras seguiram diferentes, Sierra viajou depois do pedido de emprego, e Beatrice continuou ali. Anos depois, ela apareceu como a nova modelo, e com um segredo que Sierra amou descobrir e publicar. Beatrice dormia com um dono de uma boate enquanto fazia bicos para modelo na agência da mãe dele.

Publicou duas notas esclarecedoras com fotos e vídeos. Beatrice perdeu o emprego dos sonhos quando Sierra tinha conseguido deixá-la fora da sua vida, quando de repente, ela ressurge agora mais poderosa do que nunca, viajando em vários países e sendo a modelo que desejava. Sierra procurou não se importar, até criou uma biografia para ela, explicando de onde tinha vindo, por onde tinha passado e onde estava. A modelo não gostou, e denunciou Sierra por difamação. Com coisinhas poucas, Sierra provou que tinha razão. E BUM! Ganhou novamente!

E mais uma vez, na tela do seu computador, ela estava.

— Sara, preciso muito de um favor seu – falou, a menina se animou, e Sierra explicou seu plano, deixando para terminar somente quando voltasse.

Depois de entender e pesquisar sobre o namorado misterioso de sua inimiga. Sierra voltou a procurar duas pílulas do seu remédio menos favorito. Olhou rapidamente e tomou sem falar nada. Ela não podia dormir naquele momento, estava em missão, uma missão importante.

Ela sabia que usar seu corpo para coagir homens a fazerem o que ela queria era errado, mas tinha que fazer para o bem da humanidade. Antes de sair do seu quarto de hotel, ela encarou seu reflexo. Flash dos seus sonhos se relampeou sob sua mente. Ela engoliu a seco. Ela teria que fazer Taylor aceitar aqueles termos ainda naquela noite para voltar a Estados Unidos, aquele homem tinha que aparecer de um jeito ou de outro.

Mesmo que tivesse trazido roupas o suficiente e uma separada para a festa que aconteceria em poucas horas, ela achou um absurdo visitar uma cidade e não entrar em nenhum shopping dela. As roupas ali eram perfeitas para seu corpo, claro que um pouco mais vulgares quanto gostava, mas parecia perfeito. Com as mãos dentro do casaco preto, ela escolheu um vestido vermelho, até os pés, aperto na frente com um decote grande até a barriga. Chamativo, se é o que estão pensando mesmo, e não faria diferença alguma para os outros que trouxe. Não pensou duas vezes antes de comprá-lo, era sua cara e não havia ninguém que provasse o contrário.

Andou mais um pouco pelas ruas vendo casais se beijando e andando de mãos dadas, parou na calçada quando avistou um menino encostado na parede, prendendo as mãos da garota para trás, ambos sorriam. Sierra entortou os lábios e voltou a caminhar. Aquela sensação de estar presa e ter alguém lhe passando prazer, era revigorante, deliciosa, e felizmente, ela desejava sentir isso, mas verdadeiramente, apenas sonhar com um homem e tê-lo somente em seus sonhos era uma falta de azar horrível.

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Sierra terminou de passar o batom nos lábios fazendo bico, encarou seu reflexo e sorriu gostando do que via, com certeza. Virou de costas para ver o vestido, não tinha uma única peça íntima, estava sem calcinha, e sem sutiã, não marcaria aquele vestido lindo. Arrumou o cabelo curto ainda em seu rosto e saiu do “quarto” pegou sua bolsa em cima do sofá e o cartão que trancaria a porta.

Quando saiu do prédio, um carro lhe aguardava, Taylor teve ao menos a gentileza de lhe dar essa “carona”. Entrou no mesmo sorrindo para o motorista que tratou logo de começar a dirigir. O lugar da festa parecia longe, e depois de meia hora dentro do carro, finalmente tinha chegado.

O motorista abriu a porta para ela e elegante como sempre, ela saiu do automóvel sorrindo, e estreitou os olhos quando várias câmeras foram ao seu encontro. Ela não era tão famosa assim, mas sempre iriam fotografar uma bela mulher como ela. Desfilando, ela atravessou o tapete vermelho e entrou olhando para todos os lados. Caminhava sutilmente, balançando os quadris, e seduzindo, ela sabia. Avistou Taylor de longe, parou quando um jornalista lhe cumprimentou. Ela foi educada e se deixou ser guiada para uma mesa onde vários estudantes estavam presentes.

Sierra era um exemplo a seguir, e quem não queria ser Sierra Price naquele mundo? Além da inteligência, ter uma beleza arrebatadora. Isso era o que mais motivava qualquer um a admirar o trabalho da jornalista.

— Com licença? – Sierra olhou para cima, e Taylor levantou uma sobrancelha. — Poderia me acompanhar?

— Estou tão empolgada aqui – disse já ficando de pé — Não pode ser depois?

— É você quem quer a conta, não é? – perguntou insatisfeito.

— É, talvez seja eu, mas não tenho nada a perder – retrucou. Taylor a olhou da cabeça aos pés era tão bonita, e uma cobra ao mesmo tempo, esticou o braço para ela e Sierra entrelaçou-se a ele.

— Estive pensando no contrato, talvez não seja uma má ideia ele ter apenas uma editora a qual retratar seus assuntos.

— Eu disse desde o início.

— Sim, você disse. E claro, se tivermos a melhor para fazer isso, será perfeito.

— Jornale é um jornal completo, tem discrição e sempre faz bom uso da imagem de seus clientes.

— Exceto você – resmungou, Sierra parou de caminhar, olhando para ele cuidadosamente, estudando suas possibilidades de fuga a qualquer momento. — Sei que quando se senta naquela cadeira atrás de sua mesa...

— Faço meu trabalho – voltou a andar sorrindo para os presentes.

— Imagino. E também não quero saber, nos conhecemos agora, e pretendo assinar o contrato com a Jornale. Parece-me ser saudável.

— Ter vocês conosco, é uma honra. – falou confiante — Obrigada por confiar na gente.

— Sim. Sim. Agora vamos indo, Caioyr está logo à frente – Sierra deu um sorriso para ele, Taylor estava nervoso ao seu lado. Respirou profundamente, se sentiu leve e feliz. Seu trabalho era apenas convencer os Sabaku a ter como sua fiel amiga Jornale. Caioyr merecia o melhor, não é? — Caioyr, ela chegou.

— Sierra! – Ela levantou a cabeça sorrindo e foi recebida por um beijo de Caioyr em seu rosto. — Achei que não viria mais.

Sierra deu um sorriso enorme para Caioyr, ele estava bonito, vestido no smoking preto com gravata azul. Combinava com o estilo despojado que ele estava usando mais cedo.

— Claro que viria – comentou e olhou com o rosto um pouco corado. Caioyr tinha um olhar sedutor, mas não tanto quanto o dele. Ah, não precisava lembrar-se daquele homem naquele momento.

— Então, o contrato? – perguntou para os dois. Taylor contou-lhe o que tinha decidido. Caioyr estava abrindo uma galeria de artes com suas peças de madeira, transformando-as nas marionetes quase humanas, chamou atenção de muita gente, por isso, estava começando a fazer muito sucesso. — Puxa que bom. – Caioyr olhou em volta e avistou o seu alvo. — Já que está tudo certo, te deixo fotografar-me com um amigo, acho que irá gostar totalmente dele.

— Tudo bem. – Disse conformada, abaixou a cabeça para pegar sua câmera dentro da bolsa. Uma boa jornalista, nunca, jamais, jamais mesmo poderia sair de casa sem uma câmera boa e um bloco de notas com caneta em cima.

— Já, Sierra – ela deu um sorriso ajustando a câmera e levantou na direção de Caioyr. O choque que tomou, foi maior que o flash que cobriu o rosto dos três homens à sua frente quando ainda não estavam preparados.

— Cuidado – Caioyr reclamou piscando sem parar. Sierra tirou a câmera da frente do seu rosto para ver melhor. Ainda não acreditava que estava vendo aquele homem na sua frente.

Seus olhos se arregalaram, as pupilas dilataram sem questionar alguma coisa, Sierra estava diante do homem que lhe dava um pr#zer enorme em cada noite. Ela engoliu a seco.

Ele também a olhava, esperando que ela fizesse alguma coisa, talvez. Seus olhos estavam grudados nos dele. As pernas começaram a fraquejar, e Sierra desejou mais que tudo que aquele homem começasse a despi-la ali mesmo, nem ao menos ia reclamar por suas mãos estarem amarradas ou alguma outra parte do corpo.

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