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Capítulo 4

-Desde quando minha tática não funciona mais? -Ele me pergunta em tom baixo e irritado. Comecei a rir, mas não olho para a cara dela, simplesmente não consigo evitar, e o Lucas comigo.

-A garota é esperta.- Comente.

"Você usou isso tantas vezes que estou viciada", ela mostra a língua para mim e apoia o queixo nos braços. Continuo rindo, incapaz de parar. Eu me viro e mordo o sanduíche. Os olhos dos meus parentes, o real e o adquirido, se arregalam. O que está acontecendo? Olho em volta, mas não noto nada de estranho. Passo a mão pelo cabelo e entendo. A mão. Seria possível que eles ainda não tivessem visto?

“O que diabos você fez com a sua mão?” Lucas me pergunta, sempre bem e engraçado. Eu olho para ele porque, caramba, ele não consegue dizer certas palavras na frente da minha irmã. Pense nisso, como eu. Mas ele parece se importar. Aproximo-me da mesa e sento-me com eles. Viro minha mão para olhar para ele. -Esse? Não é nada.- Na verdade é muito ruim, mas nada que não se resolva em alguns dias. A única coisa que me preocupa é a reação do treinador. Ele vai chutar minha bunda tantas vezes que acho que já cruzei meu caminho. Não que eu tenha algo contra os homossexuais, mas sou totalmente heterossexual. Pam se ajoelha na cadeira e pega meu braço e me leva até a mesa. Cara, ela é magra, mas forte.

-Não é nada? É nojento.- Ele tem uma expressão de nojo.

-Obrigado.- Comentou sarcasticamente, colocando mais pão na boca. Minha irmã deve ter adquirido tato de algum parente distante porque nenhum dos meus pode ser tão insensível.

-O que aconteceu Derek?- Lucas me pergunta preocupado. Ele é um idiota, mas ainda é um bom amigo, um irmão, e sei que ele se preocupa comigo. Mas às vezes ele ainda é um idiota.

-Ontem aconteceu algo que não gostei no estúdio e me assustou um pouco.- Explico com calma. Felizmente, as câmeras não podem entrar na minha casa. Gosto de ter um lugar onde possa conversar tranquilamente e desabafar se quiser. Lucas segura a cabeça entre as mãos, depois a levanta, aproximando-as do rosto, e abre duas fendas entre os dedos, acima dos olhos, só para poder olhar para o meu rosto.

-Quem você bateu e como é reduzido?- Caí na gargalhada ao ouvir seu tom angustiado. Se eu tivesse reduzido minha mão assim ao bater em alguém, provavelmente já estaria em coma.

“O muro e eu é que saímos pior.” Consigo dizer entre risadas. Em uníssono, ele e Pam respiram aliviados.

-Você imagina o que seu pai teria dito? - Lucas diz como se tivéssemos acabado de sobreviver à Terceira Guerra Mundial.

“E a mãe”, acrescenta Pam. Os melodramáticos habituais. Aos poucos vou percebendo que esses dois têm muitas coisas em comum e não gosto disso. Para nada. Terei que mantê-los distantes a partir de hoje. Ele é grande e ela é minha irmã mais nova, ele não tocava nela, mas para evitar instintos estranhos...

ISABEL

-Quem são eles?- pergunto-lhe, saltando para trás e cobrindo seus olhos enquanto está cercado por seus companheiros. Você deve ter terminado uma aula recentemente, pois a minha começará em breve. Hoje tenho tudo menos vontade de ir para lá, mas se quiser manter a bolsa e meu GPA mais que excelente não posso descuidar da faculdade novamente. Tenho ficado muito distraído ultimamente e é tudo culpa do Derek. Assim que eu ver, direi quatro.

-Não, você ainda está fazendo isso?- Caleb me responde num tom nervoso e entediado. Eu sinto muito? -Olha, eu já te disse...- pulo na frente dele e lhe dou um dos meus piores olhares.

-Quem diabos você achou...- Ele me interrompe, agarra meu pulso e me abraça, começando a rir feito um louco. Ele esfrega minha cabeça com o punho, como se eu tivesse oito anos.

- Seu estúpido. Eu sabia que era você. Eu só gosto de te deixar com raiva.- Ele me beija na cabeça e me leva para o lado dele, deixando o braço em volta dos meus ombros. Seus colegas de classe, todos estudantes, me olham de cima a baixo constantemente, de mim até Cal. Fico na ponta dos pés, como se isso me tornasse muito mais alta, e me inclino no ouvido de Caleb.

-Cal, por que eles estão nos olhando desse jeito? - pergunto sem nem baixar a voz. Eles reviram os olhos, mas entendem a dica e olham para baixo, visivelmente envergonhados. Todos, exceto aquele à minha direita, que continua estudando cada parte do meu corpo sem restrições. Ele não é realmente ruim, mas tem aquela expressão no rosto. Aquela expressão que Bryan tinha, aquela expressão que Wallace tinha, aquela expressão que Derek mostrava toda vez que via uma garota nas primeiras semanas do show. A expressão de alguém que pode te prometer a lua, te atrair para a cama dele, te obrigar a fazer coisas que você nem imagina e depois te fazer pensar que você é o idiota e que ele é o cavalheiro que até deixou você ficar pelo resto da sua vida. a noite. Não, aquele meio sorriso e aquele olhar sexual transbordante não são um bom presságio. Tiro um lenço do bolso da calça jeans e entrego a ele. Ele olha para ele de forma estranha, depois olha de volta nos meus olhos. É confuso. –Por causa do lodo.- Vou explicar. Seus amigos começam a rir tanto que aqueles ao seu redor diminuem o ritmo para perceber o que está acontecendo. É claro que minha piada quase repercutiu em um homem que deve ter ouvido milhares de pessoas antes de encontrar a técnica certa para seguir em frente. Ela aceita o lenço, abre um meio sorriso sexy e, mordendo o lábio inferior, assente. Ele está de olho em Cal.

-Gosto de C. Você escolheu bem.- Comente com orgulho. C? Mas quem diabos é esse? Estou prestes a gritar com ele quando Cal chega antes de mim.

-Cala a boca Erik.- Ele me empurra de lado até eu começar a andar. –Olá pessoal.- Diga olá para os outros enquanto saímos e eu faço o mesmo com a mão. Não fomos muito longe. Nem cinquenta metros adiante paramos debaixo de uma árvore que pouco tem a ver com isso.

-Gosto do seu amigo, C.- Estou zombando dele. Ele faz uma careta e uma de suas lindas covinhas aparece. Ele deveria encontrar uma namorada, caso contrário sua beleza será desperdiçada.

-Nem todo mundo gosta de me chamar de Cal Cal.- Ele responde, cruzando os braços, mal contido pela jaqueta de couro preta que veste. Ele sempre usou uma roupa estilo Danny Zuko, com jeans skinny, camisetas justas e jaquetas de couro, e fica ótimo nele. Ele tem o físico perfeito, nem muito musculoso nem muito magro, para poder se vestir assim. Ela é muito boa, na verdade, mas nunca direi isso a ela.

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