Capítulo 9
—Cáli! — Felizmente, ele atende no primeiro toque.
—Ah, meu Deus, Nat.
-O que diabos aconteceu? Eu estava prestes a escrever para você novamente. -
Suspirar. – Eu também me pergunto isso. -
— Eu tinha acabado de terminar uma aula quando um dos meus alunos me mostrou o artigo na Internet. Ele acompanha o rugby e reconheceu você quando você assistiu a algumas aulas. Pesquisei e teve muita novidade – explica.
— Juro que é tudo um mal-entendido. Não estou aqui há nem duas semanas, imagina se eu o conheço! Íamos todos jantar juntos, esqueci meu celular no carro e fui procurá-lo, então o vi e esperamos juntos na sala de jantar. Eu estava nervoso, mexendo no anel e ele me ajudou a procurá-lo. Devem ter tirado fotos nossas secretamente, mas não percebi nada. -
Deus, estou tão nervoso. Papai me deu aquele anel há alguns anos, gosto especialmente dele porque é nele que confio quando me sinto muito agitado e foi o caso ontem à noite. Gordan Baxter, apesar de sua aparência suja, apenas me ajudou a procurá-lo.
— Ok, acabei de chegar no estádio, preciso te ligar novamente. Olá Nat.
- Ligue de volta mais tarde. Boa sorte, Cal.
Coloco meu crachá e me junto ao Alan que já está me esperando na entrada. Desta vez, porém, sou conduzido a um elevador que nos leva aos pisos superiores, mais precisamente a uma sala onde creio que decorrem conferências de imprensa eou diversos eventos relacionados com a equipa. Encontro Gordan sentado em um sofá, papai em pé, os assistentes técnicos e dois outros homens que não conheço.
Papai se aproxima de mim quando me vê. - Ei. -
- OLÁ. Pai, quero que você saiba que não tive nada a ver com isso... — Começo imediatamente, mas ele é rápido em me impedir. - Eu sei. Eu conheço minha filha e você não precisa se justificar para mim, mas precisa contar a sua versão da história para ver se combina com a de Baxter. Então veremos como nos mover. -
Eu aceno e o sigo.
— Calista, este é Tim Sanders, secretário de imprensa do Broncos e este é Louis Sullivan, gerente do time. -
Aperto suas mãos brevemente e sento em uma cadeira vazia.
— Calista, primeiro queremos saber como foi para você. Gordan já nos contou sua versão – diz sério o diretor da equipe.
— Ontem à noite fui convidado para jantar e entrei para a equipe do restaurante. Esqueci meu celular no carro e fui procurá-lo, falei para o papai que tinha chegado e cheguei na entrada onde encontrei o Gordan - aponto o queixo para o garoto que está me examinando como um falcão pronto para morder. sua presa. — A recepcionista não estava e ficamos esperando por ele, enquanto eu brincava com o anel no dedo anelar ele caiu e Gordan simplesmente me ajudou a encontrá-lo. Esse anel é importante e eu o queria de volta, então, quando Gordan, ainda de joelhos, me devolveu, aplaudi com um “sim” claramente incompreendido. Percebemos a posição comprometedora em que estávamos e depois de nos despedirmos de seus fãs, segui Gordan até a mesa. Não conversamos pelo resto da noite, embora estivéssemos sentados não muito longe um do outro. — Quando termino sinto que não consigo respirar, mas tentei ser o mais detalhista possível porque não quero ser mal interpretado.
—E você sabia das fotos? —pergunta o assessor de imprensa.
Eu franzo minha testa. — Você quer dizer aqueles que foram tirados e postados online sem meu consentimento? Claro que não – respondo brevemente.
— Calista é muito reservada, assim como eu, de jeito nenhum ela teria dado consentimento para a divulgação daquelas fotos — acrescenta o pai.
— David, eles são crianças, todos gostam de ser o centro das atenções — responde o diretor da equipe. —E de qualquer forma, este é outro problema a resolver. -
— Vou parar agora. —Eu levanto a mão. "Eu não preciso de Gordan Baxter nas colunas de fofoca e com certeza não preciso dos holofotes sobre mim", sibilo. — Construí minha reputação dia após dia e até nos eventos que participo sempre pergunto onde vão publicar meu rosto porque se trata de respeito à privacidade. Lamento ter me envolvido nisso, mas certamente não participei voluntariamente. -
—E quais são esses eventos? —pergunta Tim Sanders.
- Eu sou um escritor. Eu uso um pseudônimo porque não gosto que as pessoas se intrometam no meu negócio, mas ainda assim não escondo meu rosto. Há pouca informação na Internet e, a menos que você procure por papai, não há links. Participo de vários eventos literários por ano entre festivais e sessões de autógrafos e, não quero parecer presunçoso, mas tenho o meu reconhecimento e isso é suficiente para continuar. -
—Então você não sabe nada sobre essas fotos e tem certeza disso. —Louis Sullivan está olhando para mim.
- VERDADEIRO. — Abraço meu peito. —E então, se eu quisesse a fama, bastaria que eu mencionasse meu sobrenome em todos os lugares. Não preciso de um time de rugby quando meu pai era um excelente jogador. Ele obteve seu sucesso muito antes dos Broncos. -
“Droga, ela é sua filha, David. — Ron zomba, ao seu lado Carter faz o mesmo.
Papai insinua um sorriso orgulhoso, mas não comenta.
- Ele tem razão. —Louis Sullivan assente.
- Bom. Você tem solicitações específicas para esta situação? Já é ruim que esta seja mais uma aposentadoria de Baxter e estejamos apenas no início da temporada. —Suspira Tim Sanders.
—Diga que foi um mal-entendido. O que mais há pra dizer? — Gordan Baxter fala pela primeira vez desde que cheguei, há cerca de quinze minutos.
— Confirmar que ela é apenas mais uma mulher com quem você leva para a cama seria prejudicial à imagem do time, principalmente depois da última briga com aquele Vaquero. Pior ainda é a ideia de que você largou a garota que o mundo pensa que você propôs”, responde o publicitário.
- Então, o que fazemos? —pergunta Rony. —A situação é complicada, mas como podemos proceder senão como disse Gordan? -
— Você vai fazer uma grande farsa para o público, pelo menos até o final da temporada. Você não pode ser culpado de outro escândalo onde será rotulado como o maior merda de todos os tempos. Parecia que você estava pedindo a mão dela, Gordan, assuma suas responsabilidades e aja – afirma o diretor da equipe sem muitos floreios. — É claro que isso também se aplica a você, senhorita Rodriguez. Eu não dou a mínima se ele não quer atenção. Ela está presa em uma situação maior do que ela e tem que agir de acordo. -
- Que?! —Gordan Baxter rosna.
-Luis. Se minha filha quiser sair dessa, ela o fará, diz papai. — Não tenho intenção de pressioná-la e forçá-la a fazer nada. -
—Quanto isso afetaria a equipe? - Perguntado.
“Muito”, admite Tim. — Gordan não é o único do time que fez besteiras, claro, mas ele é o vice-capitão, tem muitas responsabilidades e se disséssemos que tudo era falso as pessoas começariam a ir contra ele duas vezes mais. como já fazem agora. Seria visto como um idiota quem a abandonou e, por mais que sua imagem beneficiasse, para a equipe, ao contrário, seria um delírio. Até os patrocinadores podem ser afetados. -
Merda.
Eu estava realmente preparado.
—Então devemos fingir que estamos em um relacionamento e oficialmente noivos até o final da temporada? — pergunto, apenas para aceitar que entendi corretamente.
—Você está pensando seriamente nisso? — Gordan olha para mim, lívido de raiva reprimida.
—O que mais me resta fazer? A equipe do meu pai também está em apuros por minha causa, o mínimo que posso fazer é continuar essa farsa. — Abraço meu peito novamente.
"Então vamos fingir que estamos juntos", ele sussurra.
— Aparentemente, querido, é exatamente isso. — Reviro os olhos e me viro para os homens que nos olham. — Farei isso enquanto minha privacidade continuar sendo privacidade. Se surgir alguma coisa sobre a minha vida privada, você a destrói. Se o cuzão do lado resolver se divertir com outra pessoa fingindo ser o coitado do corno, eu vou desistir porque se eu cometer espero o mesmo dele. E uma semana depois do final da temporada o teatrinho fecha, posso sair dele para ele ser o coitado do coração partido e eu ser a vadia que eles vão esquecer daqui a alguns meses. Concordamos? -
- Magnífico. — O diretor da equipe acena com a cabeça. —Gordânia? Está de acordo? -
“Como se eu tivesse escolha”, ele murmura, ocupado enviando alguma mensagem.
—Tem certeza, querido? - Papai pergunta.
Eu concordo. — Vai dar tudo certo, posso até usar. -
- Que significa? - pergunta o publicitário instantaneamente, até mesmo Gordan se vira em minha direção e ignora seu precioso celular.
Estendi minhas mãos, acalmando-os. — Estou escrevendo um romance esportivo; Optei pelo futebol, mas agora que sou namorada de um jogador de rugby parece-me perfeito poder fazer todas as perguntas que quiser. Por exemplo. — Viro-me na direção do meu novo namorado. — É verdade que você também tem muita resistência na cama? — Um sorriso toma conta do meu rosto. Posso ser reservado e um pouco ansioso, mas não sou estúpido e não vou me deixar encurralar por um jogador de rugby arrogante que pensa que pode me enterrar. Seremos dois jogando esse jogo estúpido e eu vou mostrar a ele quem eu realmente sou.
— Calista! — Papai bufa enquanto os outros treinadores riem alegremente.
- O que está acontecendo? É informação. Você não quer que seus queridos jogadores sejam rotulados como fracos, certo? -
—Bem, acho que podemos discutir os detalhes assim que Tim falar com a imprensa. Ficaremos atualizados. Até amanhã. — Cumprimente o gerente da equipe.
Sento-me no meu lugar, sem acreditar que realmente concordei com um relacionamento falso com um famoso jogador de rugby. Quero dizer, essas coisas acontecem no meu mundo, não no mundo real.
Só tenho que ter cuidado para não confundi-los, seria desastroso.
- Não posso acreditar. -