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4 - Uma experiência incrível para nós

Determinada, Rebecca retorna ao quarto, pronta para aproveitar o momento. Quando Peter emerge da sala sem camisa, ela permanece imóvel, contemplando seus músculos e abdômen esculpidos. Ele se aproxima e a beija profundamente, até que ambos fiquem sem fôlego.

— Rebecca, meu amor por você é imenso, sinto sua falta todos os dias. Quero compartilhar cada momento ao seu lado, apreciar a essência do seu corpo. — Murmura suavemente, deslizando gentilmente a alça da camisola dela, revelando-a apenas de lingerie. Rebecca cora, e ele a conduz cuidadosamente até a cama. — Fique tranquila, meu amor, quero que se sinta confortável. Não farei nada que a machuque.

Peter a beija novamente, explorando com suavidade cada centímetro do corpo dela. O coração de Rebecca dispara quando seus lábios tocam delicadamente seu mamilo sobre o sutiã. Um suspiro escapa de seus lábios, intensificando os desejos dele. Peter remove o sutiã, continuando a acariciar seus seios. Desliza com beijos pelo corpo dela até chegar à sua intimidade, depositando um beijo leve sobre a calcinha enquanto a observa. Com uma mistura de desejo e ansiedade, ele começa a remover a calcinha dela.

— Por favor, pare. Não tenho certeza se estou pronta para seguir adiante. — Pede, levantando-se da cama com evidente nervosismo.

— Por que a hesitação agora? Apenas um instante atrás, você parecia estar aproveitando. — Exclama, puxando-a para mais perto e guiando-a de volta para a cama. — Esta pode ser . — Afirma, distribuindo beijos suaves pelo corpo dela, enquanto tenta remover a calcinha novamente.

— Eu não quero, Peter! — Declara, levantando-se e saindo do quarto.

— Droga! — Resmunga, socando a cama. Ele se levanta e vai atrás dela. — Rebecca, o que está acontecendo? — Pergunta, aproximando-se com uma expressão de preocupação.

— Eu disse não, Peter. Não estou pronta, e sinto que está me pressionando.

— É só sexo, Rebecca. Somos um casal. Não é o fim do mundo. Por que está tornando isso tão complicado?

— Só sexo? Não é a experiência que quero para minha primeira vez. — Responde, visivelmente irritada. Retornando ao quarto, começa a se vestir. — Por favor, me leve para casa. Não quero pernoitar aqui.

— Está brincando? Parece um adolescente de doze anos. Somos adultos e estamos juntos há quase dois anos. Por que não podemos ser mais íntimos?

— Peter, simplesmente não quero. Não me sinto confortável, especialmente agora que estou cansada da viagem. Por favor, leve-me para casa.

— Você está agindo como se eu estivesse pedindo algo absurdo. Rebecca, a intimidade faz parte de um relacionamento. Por que criar tanto drama? Se quiser ir embora, vá, mas vá sozinha. Não perderei mais tempo com isso. — Declara, visivelmente irritado.

Rebecca encara Peter, surpreendida com a intensidade de sua reação, e fica sem palavras, incrédula diante do que está acontecendo. Desapontada com a postura de Peter, ela recolhe suas coisas e deixa o apartamento, carregando consigo a decepção.

Durante a madrugada, Alex e Nicolas chegam finalmente a Seattle, acompanhados por Ryan Foster, advogado do grupo Shaw e um dos melhores amigos de Alex. Após o check-in, Alex e Ryan decidem relaxar no PUB Tricks, localizado nas proximidades do hotel.

— E então, meu amigo? Como estão as coisas entre você e a Sophia? Ouvi dizer que vocês estão planejando um noivado nos próximos meses.

— Ryan, não dê ouvidos a fofocas. Honestamente, não faço ideia de onde tiram essas histórias. Sophia é uma mulher incrível, mas casamento definitivamente não está nos meus planos. Acredito que ela também não esteja interessada nisso, parece mais uma imposição dos pais, que desejam uni-la ao único herdeiro da família Shaw.

— Alex, não estou entendendo você. Ela não é a mulher que você amava? O que está acontecendo?

— Talvez tenha sido assim, mas agora percebo que não é o que quero. Pode ser que ainda haja algum sentimento por ela, mas casar não faz sentido. Parece que nossa relação se transformou em um acordo de negócios, e isso não é o que eu realmente desejo.

— Às vezes acho que precisaria de dez vidas para desvendar você. Ser seu amigo já é complicado, imagine ser sua esposa, namorada ou amante.

— Você não precisa entender, apenas não se meta na minha vida. — Declara, encarando o amigo. — Quanto à Sophia, me preocupo com ela, quero que esteja bem. Ela é incrível, linda e inteligente, mas não é a mulher certa para mim. Desde que assumiu a empresa da família, transformou-se em outra pessoa. Atende a todos os pedidos, não controla mais sua própria vida. E a constante pressão da minha avó, querendo esse casamento, me irrita. Provavelmente, nossas famílias são a razão do meu desinteresse por Sophia.

— Eu entendo, mas não sei se ela aceitará bem essa decisão.

— Bem, isso não será um dilema com o qual planejo lidar. A ideia de casamento só para agradar terceiros não me seduz. Na verdade, estou em um impasse sobre a continuidade desse relacionamento. Mas, prefiro não adentrar essa discussão agora. — Concluiu, encerrando o tópico com uma certa convicção.

— Tenho algo a compartilhar contigo. Estou imerso em um sentimento de paixão, e gostaria de contar com o teu apoio, considerando o valor que atribuo à tua opinião.

— Apaixonado por uma ruiva em particular? — Indaga, observando minuciosamente a reação surpresa nos olhos de Ryan.

— Será que sou tão previsível assim?

— Um pouco, confesso. No entanto, não pude deixar de notar os olhares que têm se entrelaçado entre vocês ultimamente. Espero sinceramente que ambos desfrutem ao máximo dessa conexão.

— Brindemos a isso, meu amigo. — Propõe, exibindo um sorriso e erguendo o copo de uísque. — Estou profundamente apaixonado por Christine. Tenho a convicção de que ela é a mulher da minha vida.

— Uau, só posso desejar felicidades a vocês e boa sorte. Ela é minha amiga, mas é um tanto chata, metida e controladora. — Afirma com seriedade, arrancando uma risada de Ryan.

— Não posso discordar. — Conclui, degustando seu uísque com um sorriso irônico.

Enquanto Alex e Ryan desfrutam da conversa animada e das bebidas no PUB, relaxando das longas horas de viagem, Rebecca chega em casa silenciosamente, deslizando pelas sombras para evitar acordar seus pais. Indo direto para o quarto, ela se entrega a um banho demorado na tentativa de lavar as tensões da noite. A água quente se mistura sutilmente com suas lágrimas enquanto ela reflete sobre os eventos intensos.

Após emergir do banho, Rebecca se envolve na toalha, exalando uma sensação de vulnerabilidade. Ao jogar o corpo sobre a cama, com a frustração estampada em seus olhos, pega o celular e decide fazer uma ligação para Melissa, buscando algum tipo de consolo.

— Por que está me ligando a essa hora? Não deveria estar descansando? Como foi para você? — Pergunta Melissa ao atender.

— Melissa, não aconteceu. Não consegui. Senti-me insegura. Peter ficou frustrado e reagiu de maneira impensada. Não sei o que fazer.

— Rebecca, compreendo que, em circunstâncias semelhantes, qualquer homem poderia ficar frustrado. Vocês estão juntos há quase dois anos e ainda não chegaram a esse ponto. Ele realmente te ama, se fosse outro, talvez tivesse desistido há muito tempo. Você sabe o quanto a amo, mas é crucial que as coisas fiquem claras. — Declara com firmeza.

— Talvez seja apenas o meu receio de desapontar, de não ser suficientemente boa.

— A primeira vez é desafiadora para ambos. Supere isso e dê uma chance, se é isso que você deseja. Agora descanse e reflita sobre o que realmente quer. Nos vemos amanhã à tarde. Amo você.

— Também te amo. Agradeço por estar disponível para me ouvir. Até amanhã! — Conclui, encerrando a chamada.

Com o celular firmemente segurado em suas mãos trêmulas, ela digita uma série de mensagens para Peter, expressando seus sentimentos mais profundos. No entanto, hesitante, decide não as enviar. Ao abandonar o aparelho, ela desvia o olhar e apaga a luz suave do abajur.

Na penumbra do quarto, a solidão envolve-a, e as lágrimas começam a rolar silenciosamente por seu rosto. O silêncio é interrompido apenas pelo suave soluçar abafado. Em um momento de fragilidade, ela se entrega às emoções reprimidas, chorando até que, por fim, a exaustão a envolve suavemente, conduzindo-a a um sono reconfortante.

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