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CAPÍTULO 03

WILL JAMES

WILL JAMES

 Estava tomando café quando senti a pior sensação da minha vida, algo terrível como se o meu coração estivesse sendo rasgado. Algo sufocante, ao ponto de sentir o ar faltar em meus pulmões...

“Como o oxigênio do mundo tivesse desaparecido”!

Forço mais puxando o ar quando o lindo e meigo rosto da Antonella veio como uma miragem, uma miragem lavada por tristes lagrimas.

Aquilo piorou tudo dentro de mim, derrubei a xícara de café neutralizado com aquilo.

“Era real demais para ser apenas reflexo de uma noite mal dormida".

No mesmo instante liguei para o celular dela, e como era de se esperar depois da briga na noite passada ela não atendeu, caindo na caixa postal, tentei novamente e ainda na caixa postal...

Será que meu primo está certo?

Eu sou um homem ciumento, no entanto, não deixo este amor realmente ter o lugar merecido… Pudera tenho um juramento a cumprir…  

Na verdade, desde que a conheço noto o quanto posso ser bastante possessivo. Coisa que nunca fui com ninguém!

Caralho! Basta pensar que ela possa tá dando a cerejinha que é minha para outro para sentir meus nervos ir à loucura provando o ciumes que só tenho dela. 

"E se a travessa acreditou que fui eu quem mandou publicar aquela nota? É inacreditável como os problemas podem sempre ficar maiores".

Adelina é sem limites muitas vezes como agora, mesmo assim admito somente para mim mesmo o quanto talvez ela tenha razão nas coisas que diz ao meu respeito.

Coisas a qual nunca dei a mínima, principalmente atualmente. Agora tudo que quero e preciso é de um sinal sobre o devo fazer. Estou confuso e perdido, e devo tudo a droga do passado.

                           (...)

Passei o resto da amanhã pensando em coisas que não deveria, na promessa que cada vez mais pareço incapaz de cumprir, no quanto essa situação que era para ser apenas uma vingança, algo que acreditava ser fácil acabou por se tornar uma das coisas, mais dolorosas e penoso que já tive de passa em toda a minha vida.  Sem alternativa sábia o quanto necessito ir ao cemitério somente lá irei sentir que o quanto devo aguentar esse turbilhão doloroso dentro de mim.

A tarde no tribunal nada ainda estava bem comigo e sim muito pior, mal consegui trabalhar, pela primeira vez na minha carreira tive de pedir várias vezes para interromper a extensa audiência e ir ao banheiro privado dos advogados, pois suava frio e sentia necessidade de sair correndo dali, precisava ver minha linda travessa. Para piorar por várias vezes tive a impressão de ouvir Antonella chorar chamando com desespero pelo meu nome. Era algo assustador e sul real. Lembrei de quando… meu pai um dia contou que no dia da tragédia que se abateu sobre a nossa família, ele sentiu como se o mundo tivesse se desmanchando bem na sua frente, exatamente como estou.

E se ela? — Chacoalho a cabeça, era tudo uma teia de aranha na minha vida. Se isso aconteceu seria uma bela forma de vingar o passado. Ao mesmo tempo, eu não suportaria perder aquela criatura doce...

Fico ali lembrando de como ela agiu ao ver o pai e de como notei em seus olhos um certo alivio quando disse ser o nosso fim. Acredito que mesmo me amando de certa forma, Antonella se viu livre e aliviada ao ouvir que não iriamos mais nos casar, podia dizer ser somente pelo fato de tudo ter sido imposto pelo pai dela, ou pelo tal Alencar, mais sei que ela está apaixonada por mim, então admito que aquele alivio era porque não estava feliz comigo. A travessa sabe que longe de mim, poderá realizar seus sonhos. Voltar apara a América que ela tanto preza...

                              (...)

Leonardo vem na minha direção ao me ver sentado em um dos bancos do corredor principal do tribunal. Caminhou com passos largos vindo ao meu encontro.

-- W.J queria dizer umas verdades que tanto merece ouvir, final foi longe demais com a notinha que mandou publicar. Nota que infelizmente tive o desprazer de ler. Acontece que neste estou preocupado com você. Desde quando interrompe audiências? E quando começou a afrouxar seu colarinho tivesse certeza que tá passando mal. Diria que tá atormentado. 

Olho em seus olhos. -- Obrigada pelo relatório ao meu respeito. — falo tirando o paletó.

-- Cara quer ir a um médico? — pergunta preocupado.

-- Onde está Antonella? — passo as mãos nos rosto secando o suor frio. -- Aconteceu algo com ela, sei que minha travessa não tá nada bem. -- Ele olha feio.-- Anda responde. — ordeno irritado.

-- Hoje pela manhã ela estava de dar dó. — diz penalizado.

-- Como assim?  

-- Tava mal, acredito que se ela já leu o que o ex noivo fez questão de mandar estampa em jornais, revistas e sites de fofoca, então primo com certeza Antonella deve tá ainda pior, ou talvez ela ainda não tenha chegado. Assim não leu aquela palhaçada, enfim caramba não parece coisa sua essa de notas divulgando seu fim com Antonella.

Sinto a indignação percorrer minhas veias. -- Jamais faria aquilo. --  respondo irritado.-- Foi a minha mãe. Dona Iolanda declarou guerra contra meu casamento. Sabe muito bem, o quanto odeio especulações.

-- Iolanda foi longe demais. — ele diz em voz baixa.

--  Onde mesmo Antonella foi? --Pergunto curioso.

-- Os Navaro levaram às duas sobrinhas para receber algo grande.

Salto do banco sentado ficando em pé. -- Eles levaram a minha mulher? Será que não se cansam de coloca-las em perigo. — Engulo seco o fato de ainda afirmar que a travessa é minha mulher. talvez porque internamente saiba o quanto nunca irei ficar sem minha cerejinha. Sem a minha doce noiva.

Antes que diga algo mais Carla entra no tribunal como uma louca sem dar a mínima para onde estava. Ali posso sentir algo errado.

"Antes que diga algo mais Carla entra no tribunal como uma louca sem dar a mínima para onde estava. Ali posso sentir algo errado".

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