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Capítulo 10 Confronto sutil

Depois de acertar todos os detalhes com Luke, Selena deixou da sede do Grupo Olympus sozinha.

Os funcionários do Grupo Olympus ficaram surpreendidos ao ver uma garota bonita de cabelo longo e aparência impressionante saindo do elevador exclusivo para CEO. Sussurros curiosos começaram a se espalhar pelo escritório.

- Quem é ela? Uma nova funcionária? De qual departamento? - Uma funcionário sussurrou, tentando disfarçar sua curiosidade atrás do monitor.

- Não sei. Ela saiu do elevador do Sr. Luke. Qual é a relação dela com ele? - Respondeu outra, inclinando-se sobre a divisória para espiar melhor.

Ignorando os sussurros, Selena caminhou até uma loja de bebidas na beira da rua e comprou uma limonada. Ela se sentou em uma espreguiçadeira próxima, observando o céu azul da Creephia.

O azul do céu lhe lembrava de sua terra natal, um lugar onde o ar sempre tinha um toque de frieza. Suspirando, Selena permitiu que suas memórias a envolvessem. Lá estavam seus familiares, amigos e tudo o que ela considerava digno de proteger com a própria vida. Quando ela estava doente e não podia sair ao vento, costumava ficar na estufa de vidro olhando para o céu azul como fazia agora. Às vezes podia ver águias vigorosas voando.

“Um dia ela retornaria à minha terra natal. E levarei de volta para casa os heróis que morreram em vão e os enterraria pessoalmente no Monumento aos Heróis.”, pensou ela, seus olhos fixos no horizonte distante.

Selena tomou um gole de limonada gelada, suprimiu as saudades turbulentos em seu coração e fez um sorriso caloroso para o céu, apreciando o calor do sol em seu rosto.

O celular vibrou na bolsa naquele momento. Selena deu uma olhada e viu “querido” brilhar na tela. Ela estava surpresa com esse título, além de achar engraçado.

Selena tinha perdido o celular antigo. Para evitar ser incomodada pelas família Riddle e Walson, ela não se preocupou em procurar.

Esse celular foi entregue a ela por Osvaldo naquela manhã.

“Querido...”, pensou Selena, rindo da novidade do título.

Que forma de chamar inédita...

Selena fixou o olhar nesse nome na tela por alguns segundos antes de pressionar o botão de atender.

...

No Grupo Olympus.

Na frente da janela panorâmica, Luke observava a figura de Selena se afastando, com um olhar intrigado.

Ele se virou e pegou o controle remoto na mesa, pressionando um botão. A grande tela na parede mostrou um homem vestido de preto. O homem estava sentado no sofá. Com os olhos escuros profundos e penetrantes, com uma expressão séria em seu rosto bonito. Suas mãos descansavam nos joelhos, parecendo esculpidas em jade, emanando uma aura de nobreza.

Exercendo uma força no copo com os dedos longos, Luke mostrou a curiosidade sobre Selena.

- Sua querida... Não é nada simples. - Comentou ele com interesse.

O Grupo Olympus era uma empresa tão grande que podia garantir uma vida confortável por gerações, mas ela simplesmente abriu mãos. Uma decisão assim exigia coragem e caráter excepcionais.

Osvaldo lhe prestou uma olhada fria, com uma escuridão congelada nos olhos.

- Tornarei você em pedaços se ela sofrer a menor perda no Grupo Olympus. - Suas palavras eram como uma lâmina afiada, cortando qualquer dúvida sobre sua seriedade.

Luke sentiu um aperto na mandíbula e percebeu que o humor de Osvaldo estava ruim. Acaso era porque sua esposa não aceitou seu dote? Mesmo estando casados, o dote ainda era tão importante? Internamente reclamando, mas ciente da autoridade de Osvaldo, Luke cedeu.

- Como é possível? Ela é sua querida esposa. Quem ousa intimidá-la na Creephia? - Suas palavras, embora submissas, carregavam um tom de admiração pela coragem de Selena.

A resposta foi apenas o som de uma porta se fechando.

No jardim do castelo, duas fileiras de homens vestidos de preto estavam parados, com uma aura poderosa e séria.

Osvaldo, em sua indumentária preta, entrou em um carro e partiu. O motor rugiu enquanto ele deixava o local, sua expressão ainda séria.

...

Selena colocou as fones de ouvido e ajustou a borda do vestido de forma graciosa, falando gentilmente com um sorriso suave:

- Oi? O que aconteceu?

A voz aveludada de Osvaldo veio pelo telefone, perguntando com um tom ligeiramente preocupado:

- Onde você está?

Selena ficou um pouco surpresa e, em seguida, sentiu um leve calor em seu coração. Luke era um dos homens de Osvaldo. Ele devia estar preocupado que ela pudesse ser incomodada pelos funcionários da empresa, então ligou no momento certo para saber onde ela estava.

Ela havia deixado o Grupo Olympus a pé, sem levar o carro. Osvaldo estava preocupado com ela, especialmente porque Creephia não era uma cidade amigável para Selena.

Selena se levantou com a limonada na mão e foi em direção ao Grupo Olympus, sorrindo para si mesma.

- Volto já. - Respondeu ela, sua voz carregada de uma ternura inesperada.

Osvaldo fez um retorno breve, mostrando um ar dominante através do telefone.

- Me ligue se houver necessidade. - Acrescentou ele, com um tom firme.

- OK.

Desligando o telefone, Selena tirou as fones de ouvido. Dentro do carro, um casal elegante, com o homem bonito e a mulher delicada, parecia um par perfeito. A visão deles fez Selena parar por um momento, seus olhos avaliando a situação.

Selena amassou o copo de papel e jogou-o na lixeira próxima.

Leah prestou uma olhada preocupada em Selena e perguntou com um tom cheio de falsa piedade e acusação velada:

- Selly, você está bem? Onde tem ficado esses dias? A mamãe se preocupa muito com você, ligou muitas vezes para você e mas você não atendeu. Dominic, vamos levar Selly para casa.

Enquanto falava, puxou a manga de Dominic, seus olhos cheios de névoa fervilhando de súplica.

Dominic olhou para Selena, com os olhos semicerrados, ocultando seus pensamentos. Na verdade, ele estava pressionando seu pessoal a procurar Selena nesses dias. Mesmo que não estivesse preocupado com a situação de Selena, era mentira se declarar não interessado nas 20% das ações do Grupo Riddle que Selena possuía. Mas enfim, não a encontrou.

Dominic disparou um olhar indiferente para Selena. Embora quisesse seguir as palavras de sua mãe e fingir gentil com Selena temporariamente, seu hábito desenvolvido há um longo tempo o conduziu a zombar subconscientemente.

- Ela pode não precisar da nossa ajuda. Por que fez coisa desnecessária? - Suas palavras eram como veneno, deixando claro seu desprezo.

Leah mordeu o lábio, respondeu:

- Mas a Selly está sozinha fora de casa. Mimada desde pequena, ela não sabe fazer nada e definitivamente não tem como arranjar um emprego...

Sua fala foi de repente interrompida por uma risada.

- Quem disse que a Srta. Selena não consegue arranjar um emprego? - Questionou uma voz masculina.

Ficando em silêncio há muito tempo, Selena levantou a cabeça naquele momento, seus olhos se voltando para o homem que apareceu de repente.

Luke soltou uma risada sedutora.

- Srta. Selena, muita gente no Grupo Olympus está à espera de sua chegada. Por que se esconder aqui? - Ele se aproximou com uma confiança tranquila, cada movimento calculado.

Selena sorriu suavemente, sua postura relaxada mas vigilante.

- Estou ferida e não posso assumir o cargo por enquanto. Sr. Luke, por gentileza, me perdoe.

Leah ficou pálida, seu olhar cheio de incertezas.Na Creephia, todo mundo conhecia Luke. Sobretudo, ele era o maior inimigo da família Riddle e Walson no campo de negócios!

Leah falou suavemente, mas com um tom caraterizado por frieza:

- Sr. Luke, talvez você tenha se enganado. Minha irmã é a segunda filha da família Riddle. É jovem e não sabe nada. Contratá-la para o Grupo Olympus não lhe trará benefícios. Se for apenas para zombar da família Riddle, não é necessário.

Embora suas palavras parecessem defender Selena, continham uma insinuação maliciosa. Ela estava alertando Luke que Selena que Selena era uma Riddle, rival mortal do Grupo Olympus.

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