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Capítulo 3 - Admirada com o meu Pai

Capítulo 3

Admirada com o meu pai

Narrado por Amy

Vou pelo corredor que dá acesso ao gabinete do meu pai, e vejo vir na minha direção, uma senhora bem apresentável, bonita, bem vestida.

Ela passa por mim, e nem os bons dias me dá. Que mal educada, mas eu já a vi aqui mais vezes.

Entro na sala da Sally, a secretária do meu pai.

Amy: -Quem era aquela perua que saiu daqui?

Sally fica desconfortável.

Sally: -Não sei meu anjo, pergunta ao teu pai.

Fico desconfiada com a reação dela.

Amy: -Parece que também não gostas muito dela!

Sally: -Prefiro não me pronunciar em relação aquela senhora. Mas parece que não vai voltar, pelo menos assim espero.

Cada vez mais intrigada entro na sala do meu pai.

Ele olha para mim.

George: -Ah, és tu?

Amy: -Pensavas que era aquela empruada que saiu daqui agora mesmo?

Ele fica branco por momentos e depois tenta disfarçar.

George: -Não, claro que não - diz ao mexer nos papéis.

Eu sento-me à sua frente e fico a olhar para ele sem nada dizer.

Ele olha para mim.

George: -Estás a deixar-me desconfortável a olhar assim para mim.

Amy: -Assim como?- pergunto me fazendo de parva.

George: -Assim como tu estás a olhar Amy.

Amy: -Quem é ela? - pergunto, assim a seco.

Ele olha para mim surpreso.

George: -Ela quem?

Amy: -Ah pai, eu não sou mais criança, pára de enrolar e fala logo.

Ele senta-se.

George: -Não sei o que queres que te diga!

Amy: -Diz-me quem é a mulher, que saiu daqui do teu gabinete. É simples, não é uma pergunta difícil de responder, ou é?

Ele olha para mim cada vez mais desconfortável com a conversa.

George: -Amy, ela é Diretora de uma empresa de estética.

Amy: -Hum, ok. Então o que ela tem vindo cá fazer? E escusas de olhar para mim assim, não é a primeira vez que eu a vejo, o que não sabia, era que ela é uma mal educada, passou por mim e nem me disse os bons dias.

George: -Amy eu, ah, eu…

Amy: -Pai, estás a gaguejar porquê?

George: -Ai Amy, tanta pergunta, santo Deus.

Amy: -Se dissesses logo, eu não fazia tanta pergunta!

Óbvio né, afff.

George: -Ok, eu e ela saímos algumas vezes.

Olho para ele admirada.

Amy: -É sério isso? Uau, nem imaginava.

George: -Eu perdi a tua mãe há mais de 20 anos filha, mas eu não morri, não é. Respeitei a memória dela anos, mas… tu sabes, és adulta. Mas percebi que não quero mais sair com ela, então acabei o que havia entre nós, e ela saiu chateada.

Percebi o quanto o meu pai está desconfortável com a conversa.

Amy: -Ok pai, já percebi - encerro ali a conversa - mas eu vim aqui falar sobre a reunião de hoje à tarde.

Conversamos sobre a reunião e saí.

Nunca sequer me tinha passado pela cabeça, que o meu pai mantinha relacionamentos assim fugazes, oh meu Deus, ele é humano não é, mas não parece nada coisa dele, sempre tão cheio das tradições.

Vou tão distraída que nem os vejo.

-Amy Thompson Harrison.

Caraca, ninguém me chama assim.

Olho e vejo o James e a Grace.

Amy: -Vocês aqui? - digo os abraçando feliz.

Apesar de tudo, continuamos a dar-nos bem e a gostar uns dos outros, eu adoro eles e ainda são os meus queridos sogros.

James: -Como estás bonita Amy - diz o James.

Amy: -Oh, isso são os seus olhos.

Recordo o Alex, é parecido com o pai, a cor dos olhos é igual, verdes, ambos são altos.

Suspiro ao recordar-me dele, enfim.

Ligo ao meu pai e combinamos ir almoçar os quatro juntos.

Nunca falamos do Alex. Às vezes tenho uma curiosidade louca de perguntar por ele, saber como ele está. Ele já nem deve lembrar-se de mim, nem falar de mim, nem nada.

Acabo por meter a minha curiosidade no bolso e nada pergunto, não quero que eles pensem que estou interessada demais, quando na verdade nem estou, apenas queria saber, pronto, curiosidade apenas. Bem, não interessa.

George: -Sempre vão a França? - pergunta o meu pai.

Grace: -Sim, vamos. Temos que ir resolver uns problemas lá na fábrica. O Alex não quer se meter nos assuntos da fábrica, então temos que ir lá.

As minhas antenas ficam alerta, mal falam em França e no Alex, acho que nem ouvi o resto, uma fábrica falaram eles, não foi? Ah, não importa.

George : -Pois, sendo assim têm que ir, o Alex nunca gostou muito da fábrica, não é? - pergunta o meu pai.

James : - Por ele nós já a tínhamos vendido e sinceramente andamos a pensar nisso, vai ser também um dos motivos para lá ir, arranjar comprador, já não temos idade para tratar da fábrica e o Alex não querendo, não faz sentido continuar.

Amy : -Ele está bem? - pergunto inesperadamente, caralho, a merda da pergunta voou da minha boca.

Eles os três olham para mim, como se eu fosse um OVNI.

Grace: -Sim, está - responde a Grace com um leve sorriso no rosto.

Eu tento disfarçar a minha merda.

Amy: -Ainda bem - digo me sentindo muito estúpida - bem, tenho que voltar para a empresa.

Levanto-me, despeço-me e saio rápido para não dizer mais bosta.

Entro na empresa parecendo um furacão, sou mesmo uma anta, perguntar aquilo foi uma estupidez, agora eles vão começar com caraminholas naquelas cabeças.

Matt: -Amy Thompson Harrison, já nem me lembrava que te chamavas assim ahahah.

Matt a gozar-me, o normal da vida.

Amy: -Que queres, além de me gozares - falo cruzando os braços.

Matt: -Nada, só achei graça - ele olha para mim atento - porque nunca te apresentas assim?

Amy: -Porque o meu nome é Amy Thompson, porque mais poderia ser?

Matt: -Na, na ni, na, não - diz ele fazendo sinal negativo com o dedo indicador - desde que casaste com o meu querido amigo Alex, que passaste a ser a senhora Amy Thompson Harrison AHAHAH.

E ri, igual a uma hiena.

Dou-lhe um estalo na nuca.

Matt: -Ai, deste com tanta força porquê? - diz ele ao esfregar a mão na sua nuca.

Amy: -Porque tu és um retardado, igual ao teu amigo.

Continuo o meu caminho, foda-se para eles dois.

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