Hora de admitir
Bia
Ele me joga pra fora do quarto dele como se eu fosse um saco de batatas fico com ódio, quem ele tá pensando que é? Meu corpo ainda está todo formingando, tenho certeza que estou corada, o que foi aquilo? O beijo dele é muito bom. Não posso pensar nisso senão vou querer voltar lá, desço as escadas e encontro a minha mãe.
— Sua amiga Sumy está no portão! - Saio e vou ver o que ela quer.
— Amigaaaaa! Cadê o gato do seu irmão? Nem acreditei quando as meninas da academia mostraram o Instagram dele, como é que você esconde o jogo assim? - Nesse instante uma raiva me sobe por dentro, Sumy é minha amiga mas naquele momento tenho vontade de esganar ela.
— Ah o Lucas? Ele é um chato kkkk, não achei relevante. - respondi.
— Me chama pra dormir aqui hoje? nunca te pedi nada amiga? - implora.
— Ele tem namorada Sumy, só fala nela e tal!
— Ela deve dormir por aqui né ? - Fico calada, deixo passar o detalhe de que a garota na verdade estava a milhas de distância.
— Seja como for, na sexta tem a festa da Cida ela disse que ele está convidadíssimo - Confirmo com ela nossa presença e ela parece satisfeita.
Até parece que vou dizer alguma coisa pra ele, as meninas do cursinho com certeza vão cair em cima dele que nem abelhas no mel, nesse momento ele passa por nós no portão, está de saída para a faculdade.
— Oi! Tudo bem! - cumprimenta todo simpático.
— Estava Dizendo aqui pra Bia que vocês estão convidados para a festa na sexta. - diz toda sorridente pra ele.
— Tá certo! Obrigado! - Ele abre aquele sorriso maravilhoso e sai despreocupado, Sumy fica babando, estou com muita raiva mesmo.
Depois de um tempo Sumy se despede e vai embora, volto para dentro de casa, mamãe já está lavando a louça e meu pai secando e guardando.
— Não vai jantar? - pergunta.
— Tô sem fome! - repondo.
— Igual o Lucas, o que esses jovens tem na cabeça ? - meu pai pergunta retoricamente.
— Eles fazem dieta, essas coisas e tal! - minha mãe comenta.
Subo para o meu quarto e deixo eles com aquela interessante conversa sobre alimentação juvenil, Lucas não quis comer, será que ele estava sentindo aquelas borboletas no estômago igual a mim? Acho meio difícil, ele deve tá me amaldiçoando nesse exato momento por levado brigadeiro pra ele, só estava querendo ser legal.
Ahhh que saco termino minhas atividades da escola, de repente virei uma aluna super dedicada pois procuro ocupar minha cabeça senão enlouqueço, tomo um banho, mesmo assim estou com um calor terrível, então visto meu baby dool de bichinho, ele é o que tem menos pano e vou dormir.
Acordo no meio da noite toda suada, estava sonhando com o beijo que ele me deu mais cedo, merda! Levanto e desço para a cozinha, estou com a garganta seca, estou com os pés descalços então não faço muito barulho, a cozinha está escura mas consigo ver a silhueta perfeita dele encostado de costas no balcão, ele não me percebe, está falando baixinho no telefone.
— Sim! Sim eu também! Todo mundo já dormiu, eu vou sonhar com você, é sim, eu só quero você Sara, não, não existe nenhuma outra garota. - Lucas conversa ao telefone.
Sinto como se estivesse levado um soco no estômago, essas palavras me magoam demais, não consigo segurar e lágrimas rolam no meu rosto, ele parece sentir a minha presença e se vira, olha nos meus olhos e percebe que eu estou chorando, parece se assustar, não quero mais que me veja assim, subo disparada pra o meu quarto e me jogo na cama afundo meu rosto no travesseiro e abafo os soluços, isso dói mais do que eu poderia imaginar, escuto um barulho, alguém entra no meu quarto e tranca a porta, é o Lucas, ele deita ao meu lado e me abraça forte.
— Bia não fica assim! - pede, mas eu continuou chorando.
Ele deitou minha cabeça no peito dele, começou a fazer carinho no meu cabelo e me dar beijinhos do pescoço a orelha, eu estou sem forças, continuo soluçando.
— Ei Bia não faz isso! Eu não aguento ver você assim Bia!
Ele me aconchega em cima dele, passa o braço atrás das minhas costas e me puxa de encontro ao seu colo, está me segurando como se eu fosse um neném eu já estou começando a respirar melhor mas as lágrimas ainda brotam do meu rosto, queria falar alguma coisa, mas não consigo.
— Bia me xinga vai, implica comigo, bate em mim, pode fazer qualquer coisa, mas não fica assim, isso tá acabando comigo. - suplica mas eu continuou sem reação.
Começa a dar leves beijinhos no meu rosto, nos meus olhos, o que? eu poderia chutar ele dali, mandar ele embora, mas não consigo fazer isso, porque eu quero ele aqui comigo, ele me segurando e me fazendo carinho desse jeito me deixa toda derretida, eu quero esse garoto, eu quero ele demais.
Ele continua me dando esses beijinhos fofos, vai descendo e percebo que quando chega perto da da minha boca ele hesita, me inclino e encosto meus lábios nos dele, passo a língua por cima, percebo que a respiração dele começa a ficar ofegante, sinto ele duro embaixo também, coloca a mão em cima e aperto, ele morde o lábio, mas afasta a minha mão.
— Porque me afastou? - pergunto.
— Não posso me aproveitar de você! - responde.
— Você não quer? - Ele olha pra mim com desejo, mas hesitante, parece estar pensativo.
— Você nem está pensando direito nesse estado em que você está!
— Você disse agora a pouco que fazia qualquer coisa que eu quisesse! - o lembrei.
Me levanto e sento em cima dele com as pernas abertas e começo a me esfregar, me enterro em seu pescoço e inspiro aquele cheio bom, começo a chupar, ele segura ao lado dos meus quadris e aperta com forte, me forçando a parar de rebolar.
— Bia não faz isso! Não é certo! - está praticamente implorando.
— Se não é certo porque você está latejando desse jeito embaixo de mim? - pergunto e ele arregala os olhos.
— Tá sentindo?
— Muito! Eu também tô assim! - falo e ele suspira fundo e morde os lábios.
— E… está? - começa a gaguejar e fraquejar as mãos, como se estivesse perdendo as forças.
Começo a rebolar novamente, me esfregando nele com força e com muita vontade, a respiração dele agora está entrecortada, sinto o pau dele pulsando embaixo de mim, tá na cara que está lutando, mas essa batalha eu vou vencer.
— Você não quer? - Ele respira fundo e fecha os olhos como se estivesse admitindo pra ele mesmo
— Porra! Eu quero! Eu quero muito!