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Capítulo 2 - O Beijo

CAPÍTULO 2

O Beijo

Ele chegou por trás em silêncio, e colocou as suas mãos nos olhos dela os tapando.

Evy deu um salto assustada.

Evy - Leo, assustaste-me - ela diz, colocando as suas mãos nas mãos dele.

Leo tira as mãos do rosto dela.

Leo - Não és nada engraçada, podias pelo menos ter disfarçado - ele diz rindo e se sentando ao seu lado, fazendo uma careta engraçada.

Evy - O que eu gostava de saber, é como tu consegues chegar sempre sem eu sequer dar conta - olha para ele espantada.

Leo - Sou uma pantera - e dito isto começa a fazer-lhe cócegas na barriga.

Evy ri à gargalhada e enrola-se para fugir das mãos de Leo, mas quanto mais ela ri e se encolhe, mais ele lhe faz cócegas.

Estão ali tão divertidos, que nem se apercebem que com toda aquela risada, ele está praticamente em cima dela, deitados na relva.

De repente, ao aperceberem-se disso, ficam ambos calados a olhar um para o outro, Leo por cima de Evy, com os rostos muito perto.

Ele olha para os lábios dela e instintivamente ela os abre um pouco e ele baixa apenas um pouco o seu rosto, e dá um selinho nos lábios de Evy.

Ele não quer parecer abusador, e por muita vontade que tivesse de continuar, achou por bem parar. Sentou-se na relva ao lado dela, a olhar para o horizonte.

Evy também se sentou e também ela, olhava para além do lago.

Leo - Desculpa Evy, não quis ser indelicado - ele fala, sem tirar os olhos do horizonte.

Evy - Mas tu não foste indelicado Leo - Ela diz o tranquilizador.

Leo - Não o devia ter feito sem a tua permissão - ele continua a se desculpar.

Ela coloca a mão no ombro dele.

Evy - Não sejas parvo Leo, eu não te afastei, tu beijaste-me porque eu quis ser beijada. - ela diz calmamente.

Ele olha para ela com surpresa no seu olhar.

Leo - Quiseste mesmo? - perguntou surpreso.

Evy - Quis, e sabes uma coisa? Quero que me beijes outra vez - ela diz com um sorriso malandreco.

Léo não se faz rogado, inclina-se para ela e beija-a, mas desta vez tiveram direito a língua e tudo.

Apaixonada

Narrado por Evy

Quando olhava para o Léo na escola, a minha barriga parecia que tinha borboletas, gostava daquela sensação, mas também sabia que era mau sinal se ele nem quisesse falar comigo.

Mas ele quis, e nem sei como, quando dei conta, passávamos várias tardes ali sentados na relva, à beira do lago a ter grandes conversas, sobre tudo e sobre nada.

Falávamos na universidade, do que queríamos ser e isso era muito engraçado.

Eu dizia que queria ser médica pediatra porque gosto de crianças, ele dizia que queria ser corretor da bolsa, segundo ele, isso dava muito dinheiro.

Claro que tenho que andar sempre com muito cuidado, para não ser pega pelo chato do meu pai e dos malas dos meus irmãos. Irrita-me o machismo deles.

O meu pai, a minha mãe dá conta dele, agora os meus irmãos, tenho pena das mulheres que caiam na lábia deles, coitadas.

O certo, é que eu tenho até me virado bem, tenho conseguido estar com o Leo todas as tardes depois da escola. Caramba, isso é um feito kkk, visto que eles parecem umas águias, sempre de olho aberto e garras de fora.

O meu pai com eles é muito benevolente, ele diz que são machos, e então têm que se portar como tal, já eu! A mim ele diz que eu sou garota, então também tenho que me portar como tal, ser certinha, não dar nas vistas sendo uma espalhafatosa, não dar trela para garoto nenhum, e mais uma data de idiotices, Com tanta merda de regras, mais valia ir para um convento, mas nem digo nada, não vá ele ter ideias, credo, deus me livre.

A minha mãe é uma querida, se não fosse ela eu não aguentava aqueles três doidos.

Ela está sempre do meu lado, me ajudando quando eles se armam em espertinhos comigo, ela lhes dá broncas e eles se mantêm quietos. Ao meu pai nem sempre ela consegue lhe fazer frente, mas mesmo assim diz sempre o que acha, não se importa que ele fique emburrado.

Agora estou aqui sentada nos degraus, em frente à porta da minha casa, a vista daqui é linda, o horizonte lá ao fundo, onde se vê o rio a passar, as vinhas e a horta imensa por aí abaixo, é realmente uma bela vista, mas o meu pensamento não está na vista, mas sim no beijo que o Leo me deu à pouco. Sentir os seus lábios nos meus, foi a sensação mais prazerosa que tive, ele beija bem, mas que percebo eu de beijos, nunca tinha beijado ninguém, ele foi o meu primeiro beijo e eu já quero mais, muito mais.

Suspiro, sim eu sei, eu estou apaixonada pelo Léo, o filho dos caseiros de outra herdade, e sim, também sei que isso vai ser um problema. Só espero que ninguém descubra.

Mexe comigo

Narrado por Leo

Nem sei o que me deu, para dar aquele beijo maravilhoso na Evy, quer dizer, a minha vontade era muita, mas não me atreveria a desrespeitar ela. Mas quando vi, já a minha boca estava na dela, e ela não me afastou. Fiquei feliz mas preocupado, Evy é uma menina de família, não como muitas que eu já peguei, que querem beijos quentes, amassos fortes e sexo sem compromisso. Não, Evy não é assim, e depois tem aqueles irmãos dela e o pai, eles são um problema.

Sendo eu de uma família pobre, pior ainda, se eles descobrem que nos encontramos todas as tardes, vão armar um festival e sei lá o que eles podem fazer. Os meus pais já me avisaram para eu ter muito cuidado, que por muito que a Evy seja uma boa menina, não deixa de ser uma Carter, e toda a gente sabe aqui, que os Carter são um problema, porque são a família mais abastada, e com mais poder económico aqui e nas redondezas, e por isso o seu pai tem tanto poder e influência, ninguém sequer tenta fazer frente a eles.

Mas a Evy mexe comigo, de uma maneira que eu nunca senti por nenhuma garota, é um sentimento novo para mim, e vejo problemas à vista, muitos problemas.

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