Seis
Dan
Depois que deixei o Gama na casa do Robinho foi como se tivesse deixado uma parte de mim, mas tudo bem, o mano não mora muito longe de mim, e sempre que eu quiser eu posso vê-lo e matar a saudade, o vazio que sinto quando olho para a sua caixa é muito grande, mas pelo menos a Micka percebeu que eu realmente não tinha feito de propósito.
Hoje é o primeiro dia dela na escola, e mano, ela tá muito gostosa nessa sainha da escola, a bunda dela parece que triplicou o tamanho, e esse tênis rosa ficou muito fofinho no pé dela, minha vontade é de tirá-lo do pé dela e beijar cada dedinho e...
— Olha aqui amor! Seu omelete! - minha mãe diz e me entrega um prato.
— Obrigado mãe! - Minha mãe dá um beijo na minha testa, gesto esse que eu amo muito e que aquece meu coração por dentro, ela passa pela Micka e enche o copo dela de suco e também dá um beijo nela, mas eu não vejo ela sorrir, na verdade a Micka me olha como se estivesse querendo me matar, e sinceramente eu não tô entendendo o porquê.
— Olha aqui suas frutas meu amor! - Minha mãe entrega uma tijela cheia de frutas e a Micka começa a comer.
— Ansiosa para o seu primeiro dia de aula Micka? - meu pai pergunta pra sua enteada.
— Um pouco! Mas já sou acostumada com isso! Não vai ser a primeira vez que serei chamada de "a novata"! - Assim que a Micka termina de dizer isso, minha mãe suspira, eu sei o quanto ela sofreu quando a filha foi embora, e essa culpa ainda me corrói por dentro.
A campainha toca e minha mãe vai atender, depois de um tempo ela volta toda eufórica pra dentro de casa trazendo uma caixa de plástico toda rosa, dessas que se colocam pet's e a Micka ficou toda eufórica, a coisa mais linda de se ver.
— A Kara já chegou! - diz toda empolgada olhando para a caixinha do seu bichinho de estimação, coisa mais linda.
— O embarque de animais é mais lento! Ainda mais se for para transportar um animal para outro país! Mas finalmente a Kara está aqui! - minha mãe explica e a Micka sorri.
— Vou deixar ela no meu quarto e já volto pra ir pra escola! - Eu fico observando a Michaely toda animada levando seu bichinho de estimação lá pra cima, deve ser uma gatinha pra combinar com a dona, ainda fico uns cinco minutos esperando por ela e quando ela desce as escadas pega a mochila no sofá e se despede dos meus pais, faço o mesmo e também pego a minha mochila.
— Espera! - Minha mãe grita nos assustando. — Deixa eu tirar uma foto de vocês dois! Da um abraço nela Dan. - Nem precisa pedir duas vezes, seguro na cintura dela e nós sorrimos para a foto. — Aiii que lindinhos da mamãe! Olha Manoel! Os dois irmãos mais lindos! - Eu e Michaely os olhamos, a expressão que ela faz não é das melhores, depois sai da sala e eu vou atrás dela.
— Micka não somos irmãos de verdade! A mamãe disse isso por… - começo a explicar mas sou interrompido.
— Se tem uma coisa que eu tenho certeza Dan, é que você não é meu irmão! - Ela diz irritada e eu fico aliviado, pelo menos nessa parte eu e ela concordamos, e um lampejo de esperança de ainda ser possível rolar alguma coisa entre a gente me aparece novamente.
—- Pode se segurar bem em mim! Não precisa ficar com receio! - Falo sorridente no momento em que ela sobe na garupa da minha moto, não custa nada tentar, eu ia adorar ter ela agarrada comigo.
— Eu sei andar de moto Dan! Você não vai conseguir tirar casquinha de mim por causa disso! - responde.
Merda!
Assim que chegamos na escola a Micka desce da moto e entrou toda se rebolando sem nem olhar pra mim, e eu devo admitir que ela foi o centro das atenções, tudo quanto é cara olha pra ela de queixo caído, estão tão surpresos quanto eu fiquei na primeira vez em que a vi no ponto de ônibus, quando eu falo que a beleza da Michaely não tem tamanho, eu não tô brincando.
— Puta que pariu Loirinha! Me apresenta tua irmã! - Guto chega do meu lado falando merda.
— Ela não é minha irmã otário! A mãe dela é casada com o meu pai! - respondo irritado.
— Aquela que você também chama de mãe né! - O que o Guto falou faz todo o sentido! Merda! Todos mundo aqui vai encarar a gente como irmão e vai chover de cara em cima dela.
E dito e feito! A Michaely desfilou toda poderosa até a sala dela que é um ano a menos que a minha. A novinha só tem dezesseis!
E durante toda a manhã não se falava outra coisa na sala do terceirão, todo mundo só falava na Micka, no quanto ela era gostosa, e fizeram até uma competição para ver quem seria o primeiro na escola a pegar ela, mal sabem eles que essa competição aí eu já ganhei semana passada.
A Gaby olha pra mim durante a aula toda mas não força nenhuma aproximação, eu comprimento ela e conversamos normal no horário do almoço, assim como converso com todas as outras meninas.
A Micka já fez amizade com a turma toda, aliás, com a escola toda, e todo mundo só fica comentando na festa que vai ter na piscina da Micka, perece que eu nem existo mais naquela casa, mas pra ela eu passo o pano, e escuto sorrindo os comentários de todo mundo sobre a nossa festa.
A Michaely não quis encostar perto de mim na hora do intervalo, eu tive que me contentar em observar ela s distância, enquanto caras como o Kaio e o Ítalo irmão do Sérgio ficavam puxando assunto e dando em cima dela sem parar, o Sérgio por sua vez não deu muita atenção para a Micka, isso porque a atenção dele estava sendo voltada toda para a Gaby, que conversava com ele sem parar, menos mal, um a menos pra eu me preocupar.
No fim da aula eu fico conversando com os manos no estacionamento da escola enquanto espero a Micka sair da aula, e é sério cara, minha cabeça já está pra explodir com tanto cara me pedindo pra ajeitar ela pra eles.
— Acha que ela aceitaria ir ao cinema na sexta à noite! - Guto perguntou esperançoso.
— Mano eu sei lá! - respondi secamente.
— Até parece que tu tá com ciúmes Moreto! - o Léo comenta.
— Ah vai tomar no c#! - respondo com raiva.
Eles ficam rindo de mim até o momento em que a Micka chega, ela se despede de uma garota loira que estuda na sala dela e me pergunta se podemos ir, sem mais demora já subo na moto e entrego o capacete dela.
— Aí Micka! Será que eu poderia chamar você pra sair comigo na sexta feira? - o Guto perguntou, o safado teve mesmo coragem.
— Não sei se pode! Mas tenta! - Ela diz toda sorridente pra ele, atitude essa, que faz o rosto do ruivo se iluminar, mas só que antes que qualquer um dos dois possa dizer qualquer outra coisa eu arranco com a moto e saio "cantando pneu.”
Assim que chego em casa dou uma freada brusca na garagem e assim que descemos da moto a Micka joga a mochila dela no chão e começa a me encher de tapas, essa aqui realmente puxou pra minha mãe Marisa.
— Qual é o seu problema, garota maluca? - pergunto tentando me desvencilhar dos tapas.
— Tá querendo matar a gente? Se quiser morrer então não me coloque na garupa da sua moto! - diz aos berros.
— Eu estava prestando atenção na estrada! - explico.
— VOCÊ TAVA EM ALTA VELOCIDADE! - Ela grita enquanto continua me enchendo de tapas.
— PARA DE ME BATER! - grito de volta.
— NÃO PAROOOOO! - Eu seguro na cintura dela e a puxo pra piscina, e nós mergulhamos juntos até o fundo, quando imergimos novamente ela parece querer me fuzilar com os olhos, mas eu devo admitir que ela tá muito linda com esses cabelos molhados.
— Tá mais calma agor....
— NÃO TÔ NÃO! - Ela volta a me encher de tapas e a única coisa que passa pela minha cabeça pra conseguir me defender é imobilizar o corpo dela com o peso do meu corpo na borda da piscina e segurar as dois pulsos dela pra cima com minha mão.
Assim que realizo esses movimentos ela olha nos meus olhos intensamente e eu me perco naquela imensidão azul! Tão lindos! Tão profundos! Tão fascinantes!
— ME SOLTA AINDA NÃO TERMINEI DE TE MATAR!
— NÃO SOU SACO DE PANCAD… - Ela cola os lábios nos meus e eu não demoro nem um segundo pra enfiar minha língua na boca dela e começar uma dança voluptuosa enquanto amasso e roço meu corpo nela, que por si só começa a esfregar em mim também me deixando alucinado, nem sei dizer em que momento meu pau ficou duro, só sei que ele tá pulsando sem parar exigindo mais contato com esse corpo maravilhoso que essa morena tem.
De repente a vontade de tocar nela começa a ficar insuportável dentro de mim, e solto suas mãos, abraço forte o corpo dela e sinto ela toda ligada a mim.
— Me solta! - Micka diz me empurrando e saindo da piscina, me deixando sem entender nada.
— Foi você que me beijou! - respondo ainda inebriado.
— Pra fazer você me soltar! Só por isso! - Ela pega a mochila e vai pra dentro de casa, eu saio da piscina, pego minha mochila e vou correndo atrás dela.
Essa roupinha molhada colou no corpo dela de uma maneira tão sensual que não tem explicação, a bunda gigante dela balança de um lado pra outro enquanto ela rebola, e eu sinto meu pau ficando duro a cada passada que ela dá.
— Porque tá me seguindo? - pergunta olhando para trás e me encarando.
— Essa casa é minha também! Por isso eu tô entrando nela! - Ela sobe as escadas apressada e eu subo logo atrás, tendo a ampla visão da calcinha fio dental toda dentro da bunda. Caralho! Eu vou infartar aqui!
Quando chegamos no corredor ela para e se vira pra mim completamente irritada.
— Você tá me seguindo! - insiste.
— Não sei se você sabe, mas o meu quarto fica nesse corredor! - explico o óbvio e ela me olha irritada.
— Você tá querendo me beijar de novo! - me provoca.
— Eu tô sempre querendo te beijar de novo! Isso não é novidade! Eu te beijaria agora mesmo se você me permitisse! - Micka fica parada olhando pra mim por tempo o suficiente pra eu entender que ela está me permitindo.
Então eu já agarro ela de novo e começo a beija-la, dessa vez não perco tempo e já levo minhas mãos direto pra sua bunda, e eu sinto uma onda forte de calor percorrer todo meu corpo assim que sinto esse contato.
Um fogo toma conta de mim e me queima por dentro mesmo eu estando todo molhado, eu puxo a fio dental dela de dentro da bunda, e sinto ela dar um suspiro de surpresa que se transforma em gemidos assim que coloco a mão dentro de sua calcinha e começo a brincar com o clítoris, eu quero fazer ela gozar e...
— Crianças! Estão aí em cima? - Escutamos a voz da minha mãe entrando dentro de casa e a Michaely e empurra e se tranca dentro do quarto dela.
Eu também entro no meu quarto antes que minha mãe apareça no corredor e também tranco a porta, passo direto pro banheiro, tiro a roupa molhada e começo a “bater uma punha” em homenagem à Michaely.
Depois que termino minha homenagem, muito bem feita por sinal, tomo banho e visto uma calça e uma camisa de moletom, caralho eu to sentindo muito frio, assim que sento na cozinha pra receber o meu jantar minha mãe já pega na minha testa e diz que eu tô com febre.
— Assim que terminar a sua comida eu vou te dar um remédio e você vai se deitar, entendeu mocinho? - minha mãe ordena.
— Entendi mãe! - Respondo minha mãe e percebo que a Micka revirou os olhos e ficou mal humorada novamente.
Será que ela se incomoda com o fato de eu chamar a Marisa de mãe?
— Você nem se recuperou do resfriado causado pela chuva e já cai de roupa na piscina! Eu não sei o que esses jovens tem na cabeça! - meu pai reclama preocupado.
— Já terminei! Agora eu vou deitar! - eu digo e peço licença.
— Você não comeu quase nada! Faz dias que não tá comendo direito! - minha mãe observa.
— Tô sem fome! - explico.
— Deixa eu te dar o seu remédio então! - Eu tomo o tal remédio e vou direto me jogar na cama, porque eu realmente tô com frio e sentindo meu corpo todo dolorido.
...........................
Acordo sentindo uma coisa limenta rastejando em cima de mim, fico enojado antes mesmo de ver o que é, ligo o abajur e puxo o lençol, e mano quando eu olho pra minha barriga quase tenho um piripaque.
— AHHHH MÃEEEEEEEEE! SOCORROOOOOO! - eu grito cheio de terror, a porta do meu quarto é aberta e meus pais entram assustados perguntando o que aconteceu. — UMA COBRA! TEM UMA COBRA GIGANTE NA MINHA BARRIGA!
— Kara! Menina malvada! - Micka diz entrando no quarto e se aproximando de mim com o sorriso mais malvado e vingativo que já vi na vida.