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Capítulo 2.

Coloquei minhas havaianas e desci para tomar café.

Desci as escadas e a vovó Carminha estava junto a mesa tomando seu banquete de café, que era um milagre ela estar em casa, pois fica muito na empresa. Me juntei a ela na mesa.

- Bom dia vovó.

Carminha: Bom dia querida, escutei seus gritos de madrugada, teve outro pesadelo?

Jamile: Ah. Sim.

Carminha: Com qual frequência você vem tendo esses pesadelos Jamile?

Jamile: Com bastante frequência, desde sempre.

Carminha: Tenho que ter uma conversa muito importante com você e com a Leticia. Quando ela acordar, conversaremos.

Jamile: Como a senhora quiser.

Coloquei meu achocolatado no meu copo. (Não tomo café, odeio café) coloquei torradas com a melhor coisa do mundo junto, (Nutella) comecei a devorar as torradas tomando leves goles do meu achocolatado.

Quando a Le desce com a cara toda amassada, queria rir da cara dela, mais, minha boca estava cheia e como diz a vovó, é feio uma mocinha de boca cheia, Le se juntou a nós na mesa.

- Bom dia – Ela disse.

- Bom dia- Respondemos.

Le começou a tomar o seu café, pequei um mamão e devorei, depois, peguei uma manga, que já estava cortada e comi.

Carminha: Meninas, depois do café, teremos uma conversa. Irei me retirar, espero vocês no escritório.

Jamile: Ela se levantou sem nos dar uma chance de responder e saiu.

O que será que você aprontou agora Jamile? – Perguntou Le.

Jamile: Eu não fiz nada, já a senhorita deve ter feito, onde esteve ontem? – pergunto.

- Fui em uma balada- Respondeu.

- E por que não me levou?

- Não tinha trabalho, só fui apreciar.

- Hum está bom.

Terminamos o café e subimos para escovar os dentes, saímos e fomos em direção ao escritório da vovó, batemos na porta e escutamos um “Entre”, entramos e lá estava minha avó, sentada na sua cadeira, sentamo-nos na cadeira em frente a mesa dela.

Carminha: Que bom que não demoraram, chamei vocês aqui, pois tenho algo importante para lhes contar.

Jamile: E o que seria? – Pergunto.

-  Iremos nos mudar – ela disse isso como se fosse tão natural.

- Para onde- perguntou a Le, muito animada para o meu gosto.

- Iremos volta para o Brasil, de volta ao Rio de Janeiro.

Fiquei paralisada, foi como um soco na cara.

- Jamile? – Perguntou.

- Jamile? – Reforçou sua pergunta.

Jamile: Ah...sim?

- Escutou o que eu disse querida?

- Sim, e eu não irei – digo.

- Você não tem que querer Jamile, não tem escolha, não posso deixar você aqui.

- EU JÁ DISSE QUE NÃO VOU PORRA.

Levantei-me em um pulo, comecei a andar de um lado para o outro, era impossível isso, eu não podia voltar, reviver o que vivi, não quero rever aquele monstro.

A Le abaixou a cabeça, ela sabe que quando eu me altero coisa boa não vem.

- Jamile Meller Carvalho, não altere seu tom de voz comigo, eu sou avó, eu mando em você, tenho a sua guarda e você vai e acabou.

- É ISSO ENTÃO? NÃO QUER, MAS BA GERNTE E AGORA QUER NOS LEVAR PARA TOCA DO LOBO? QUER ME LEVAR DE VOLTA PARA AQUELE MONSTRO?

- Jamile meu anjo, ele nem sabe que vamos e tenho que fazer negócios no Brasil, temos que ir, seu irmão sente sua falta querida e nós VAMOS E ACABOU – ela disse a última parte gritando.

- EU IREI MARIA DI CARMO, MAS, VOCÊ IRÁ SE ARREPENDER.

- MAIS DO QUE ME ARREPENDO?

Ouvir aquelas palavras foi como se estivessem arrancando meus órgãos, (ironia on) Sai da sala dela correndo e fui para o meu quarto, deitei-me na minha cama e desabei, chorei por horas e fiquei mais ou menos 2 horas chorando, quando alguém bate na porta e entra sem me deixar responder, era a Le.

- Telefone para você, é o seu irmão.

Ela me entrega o celular e sai do quarto, respiro fundo e atendo o celular.

- Alô?

- Oi pequena.

- Fala?

- É assim que fala com seu maninho?

- Desculpa, momento difícil.

- Too sabendo, mas, por que você não quer vir?

_ Não sei, já faz muito tempo e reviver o que vivi, rever pessoas, magias, ex-namoros, pessoas que abandonei, sabe? Faz 5 anos que não apareço por aí – respiro fundo e contínuo. – Não sei se estou pronta, entende?

Não quero rever o papai, ele deve estar puto da vida comigo, porque eu fugi – Menti.

- Não fica assim Jamile, ele não pode fazer nada, esqueceu que você também tem a mim?

E agora nós crescemos e eu comando um tráfico, qualquer coisa meto bala naquele vacilão.

- Hum.

- Eu estou com saudades, como você disse, já faz 5 anos, quero te rever, você já deve estar enorme, quer dizer um pouquinho maior que antes – diz rindo – Por favor – completo ainda rindo.

- Aí está bom, mas, só vou por você hein.

- Eba, essa é a minha menina. Há! Tenho um servicinho para você e a loira.

- Manda.

-Mas, pelo amor de Deus Jamile você tem que tomar cuidado.

- Cuidado é meu nome do meio.

Ele começa a rir.

- Qual a bomba?

- Quando você chegar, no outro dia, quero que vá nesse lugar, xxxxx, e faça.... – Ele me explicou tudo.

- Sim senhor capitão, amei o trabalho de casa.

- Promete tomar cuidado?

- Prometo.

- Te amo morena.

- Te amo maninho,

- Tenho que desligar, o chefe está chamando.

- Não o deixe mandar muito em você hein, mostra quem é que manda.

- Pode deixar.

Ele desligou o celular e eu fui arrumar as minhas malas, peguei uma mala grande e botei várias roupas minhas e em uma menor eu coloquei, perfume, maquiagem e meus acessórios. Passei uma hora arrumando tudo.

- Le- Gritei.

- Le, SOCORRO.

Logo a porta foi aberta bruscamente tomei até um susto, ela estava ofegante parecia que estava correndo.

- O que foi? Cadê o ladrão?

- Que ladrão o que guria?

- Então o que foi? Eu vim correndo.

Comecei a rir.

- Foi mal mona. Mas, e aí? Já arrumou suas malas?

- Lógico né, estou superanimada que bom, quando chegamos lá no outro dia, temos um trabalho a fazer!

para conhecer o Rio, sua avó disse que ficaremos em um apartamento de frente para o mar.

- Qual?

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