⋘ CAPÍTULO DOIS ⋙ Quero ir pra casa.
Enzo D'Angelo.
18:15AM ― Residência dos Morelli. ― Quarto dos gêmeos. ― Itália.
Acordo com batidas na porta, solto um resmungo e sento na cama.
— Quem é!!!? — Grito irritado.
— Sou eu, mamãe mandou lhe chamar pra jantar, estão todos lá embaixo!! — Klaus diz.
— Tá, já estou descendo!!! — Respondo.
Levanto da cama de má vontade e caminho para o banheiro, lavo o meu rosto e pego a minha escova que deixei no banheiro quando tomei banho de tarde. — Escovo os dentes e lavo mais uma vez o meu rosto e saio do banheiro, resolvo deixar o meu celular na cama e saio do quarto vendo o Alex me esperando.
— Porque está aqui? — Questiono confuso.
— Pra você não se perder ou tentar alguma gracinha. — Reviro os olhos para ele.
— Eu não vou fazer nada aqui, Alex. Tenho vontade? Tenho, mas infelizmente não posso fazer absolutamente nada. — Digo chateado por isso.
— Acho bom mesmo, Enzo. O senhor Christopher é um bom homem, mas não o deixe irritado. — Reviro os olhos.
— Se já acabou o sermão, podemos ir? — Ele suspira e acena.
— Vamos.
Andamos um do lado do outro sem falar mais nada.
Agora é só que me faltava, ser vigiado para não fazer pegadinhas. Posso sim fazer, mas não quero envergonhar a minha família, mas, se os filhos deles fizerem algo comigo, vão ver.
Descemos as escadas e vejo três adolescentes ao lado dos gêmeos, assim que piso no andar de baixo, caminho até a minha mãe.
— Ah, você chegou Enzo. — Olho para o Christopher. — Deixe-me apresentar os meus filhos, Luan e Lucas.
Os gêmeos vêm na minha direção com sorrisos que tenho vontade de tirar do rosto.
— Prazer em conhecê-lo, Enzo. Me chamo Luan. — Diz o tal de Luan com um sorriso.
— E eu sou o Lucas, Enzo. — Diz estendendo a mão pra mim.
— Não gosto de toques. — Digo seco os fazendo sorrir mais ainda.
Porque caralhos eles vivem sorrindo? Tem algo engraçado na minha cara?
Sinto a mão da minha mãe no meu braço, isso me acalmou um pouco.
— Meninos, vocês estarão dividindo o quarto de vocês com o Enzo. — O pai dele fala, os dois olham na hora para o seu pai.
— Sério? — Questionam juntos.
— Sim, creio que não haverá problema, certo?
Os dois voltam a me olhar com sorrisos.
— Nenhum problema pai. — E falam juntos mais uma vez.
Desvio o olhar deles dois, porque é capaz de eu socá-los.
— Bom, vamos jantar. — Todos seguem ele e a minha mãe me para.
— Enzo, por favor, tente ser gentil. — Solto um suspiro.
— Mãe, eu não sou gentil com aqueles que eu não conheço. — Respondo.
— Vamos ficar aqui dois meses, Enzo. Vai continuar sendo mau com todos? — Dou de ombro. — Estou falando pelo o seu bem, sabe com o Damon é quando está bravo. — Suspiro mais uma vez.
— Vou tentar, mãe. — Ele beija a minha bochecha com carinho.
— Fico feliz, vamos jantar.
Formos em direção a sala onde todos tinha entrado e a minha mãe vai na direção dos meus pais e vou até o Alex, sentando ao seu lado.
Logo a porta é aberta por empregados trazendo bandejas de comidas, colocam na mesa em nossas frente e logo vão embora.
— Fiquem à vontade, podem comer sem vergonha nenhuma.
Todos começam a se servir e solto um suspiro, quando eu ia me servir sentia olhares para mim, ergo a cabeça para cima encontrando os olhos dos gêmeos.
— Tira uma foto que dura mais. — Falo ríspido, os dois simplesmente dão sorrisos idênticos.
— Porque vamos querer uma foto se pessoalmente é mais lindo? — Questionam juntos me deixando chocado.
Escuto a risada fraca do Alex ao meu lado, só de raiva dou um beliscão na sua coxa o fazendo pular de susto.
— Garotos não incomodem o jovem D'Angelo. — O pai dele diz sorrindo.
Tu tá gostando infeliz!!!
— Certo pai. — Luan diz me olhando sem desviar por nenhum momento, assim como o seu irmão.
Solto um suspiro e começo a comer sobe o olhar dos gêmeos.
Porque esses dois não param de me olhar?
— Quantos anos você tem Enzo? — Lucas pergunta.
— Não te.... — Minha mãe me interrompe.
— Ele tem dezessete, faz dezoito mês que vem. — Diz me olhando sério, volto a olhar para o meu prato.
— Mês que vem? Hum, você ainda vai está aqui, que tal uma festa? — Luan perguntou sorrindo.
— Não gosto de festa. — Respondo sem querer muito papo.
— Porque não? Pode ser divertido. — Lucas diz.
— Eu não gosto de festas. — Falo agora sério.
— Iremos mudar seus pensamentos. — Diz rindo.
Eu pago pra ver isso.
****
Depois do jantar todos voltaram para sala de estar, exceto eu que fui em direção a piscina, sento na borda e suspiro.
Como será que a minha cobra está?
Querendo ou não eu fico preocupado, nunca ficamos tanto tempo longe de casa, eu queria ter o trazido, mas infelizmente não podia. E também nem dá pra fugir, porque é capaz do meu papai Damon me matar de tanto me bater por ter preocupado a mamãe.
— Ah, eu só quero ir pra casa. — Digo para mim mesmo.
Do nada sou empurrado na piscina, quando volto para a superfície vejo aqueles adolescentes da sala de estar rindo da minha cara.
— Isso é pra você aprender a respeitar os gêmeos, seu merdinha. — Diz uma loira bastante feia.
— Isso mesmo, na próxima vez se você tratar os gêmeos daquele jeito vai ser pior. — Um cara alto fala.
Os três vão embora me deixando pra trás.
Esses infelizes me jogam na piscina e sai como se nada tivesse acontecido? Ah, mais isso não vai ficar assim!!
Vou até o corrimão e subo saindo da piscina, abraço o meu próprio corpo quando um vento forte se choca contra mim.
Vou entrando na mansão e chego na sala de estar, minha família me olha surpresa.
— Enzo querido, o que aconteceu? — Minha mãe correu até mim preocupado.
Respiro fundo.
— Vou pro quarto, mãe. — Digo e passo por ele indo até o quarto dos gêmeos.
Eu não quero descontar a minha raiva na minha mãe que não tem nada haver com isso. Aqueles três vão ver só.
Entro no quarto deles e vou até o closet pegando um par de pijamas preto, vou até o banheiro e resolvo tomar um banho.
****
Saio do banheiro vestido e caminho em direção a cama, deito e suspiro cansado com tudo o que está acontecendo. A porta é aberta pelos gêmeos.
— Enzo, o que aconteceu pra você está molhado daquele jeito? — Luan perguntou parecendo preocupado.
Franzo a testa.
— Não precisa fingir estar preocupado comigo. — Digo friamente.
Os dois se entreolham e voltam a me encarar.
— Não estamos fingindo, realmente estamos preocupados. — Lucas fala e os dois se aproximam da minha cama.
— Fiquem longe!! Não quero aproximação de nenhum de vocês dois, agora me deixem em paz.
Me cubro com o lençol e viro de costas para eles dois. Escuto os dois suspirarem e escuto seus passos de afastarem.
Fecho os olhos e logo adormeço.