9. Sua mesa habitual?
- Sr. Lorraine, que bom revê-lo, não sabia que estava de volta à cidade.
"Cheguei há apenas uma semana." Ele explicou com um sorriso suave que não parecia realmente genuíno, mas sim fingido... gentileza que ele havia ensaiado tanto que era difícil perceber, a menos que seu interlocutor o conhecesse muito bem.
- E muito bem acompanhado, como sempre.-O homem não hesitou em varrer seu olhar exaustivamente, de cima a baixo, o corpo da menina até que Marius pigarreou e o encarou por descaramento, causando a possessividade do francês, ele ele era o único que tinha o direito de fazer isso, de revê-la daquele jeito.
- Sua mesa de sempre?
- Isso vai ser perfeito, mas você não precisa vir conosco, eu mesmo sei o caminho.
E antes que ela pudesse responder, ele colocou um braço atrás da cintura da jovem, puxando-a um pouco mais para perto de seu corpo e fazendo-a caminhar até uma das mesas ao fundo, aquela que ficava bem ao lado da janela que dava para os campos.
- Aquele imbecil... - murmurou ele, sentindo como se algo que não sentia há muito tempo começasse a invadi-lo, ciúme, sim, sem dúvida, era ciúme, mas não só. Ele também queria proteger o que considerava seu.
Puxou a cadeira e mandou a jovem sentar, ela era tão diferente, tão pura que odiava ser observada e tratada como os outros, quando nem ele mesmo o fazia, ela era seu diamante bruto, dele.
Noelia aceitou o convite para comer que Marcus lhe ofereceu, ela também queria saber um pouco mais sobre aquele homem, além disso, suas amigas haviam deixado claro para ela que prestar seus serviços como sugar baby também significava ser uma boa ouvinte, companheira , e até, às vezes, uma espécie de terapeuta, que não era tudo sobre sexo.
No entanto, ela se sentiu incomodada e intimidada pelo olhar do maître. Era um olhar tão atrevido e preconceituoso que ela se agarrou um pouco mais ao braço de Marius, estava quase a dizer-lhe se podiam ir para outro lado, mais quando o ouviu falar e sentiu que a protegia de alguma forma, um sentimento O estranho segurança a agarrou, ela não disse nada e apenas o seguiu, percebendo como sua confiança nele crescia e aquela sensação de se sentir protegida ao seu lado era agradável.
-Tem certeza que quer comer aqui? Eu não me encaixo muito nesse tipo de lugar...- Noélia mencionou um tanto constrangida, olhando disfarçadamente ao seu redor e sentindo que as roupas que ela vestia eram até inferiores às dos garçons.
"Claro que você se encaixa, quem não se encaixa é aquele medidor indiscreto, acho que é hora de dar uma lição nele." Ele garantiu pegando o celular e escrevendo uma mensagem rapidamente para guardá-lo depois, sendo certeza de que não demoraria muito para receberem uma visita - Bom atendimento, olha, ouve e acima de tudo é calado, nunca julga seus clientes, muito menos seus acompanhantes, fica invisível e só está lá quando necessário.
Ela sorriu com suas palavras, afinal, só o que Marius pensava tinha que importar para ela, ela não conhecia essas pessoas e possivelmente, depois de sua aventura açucarada, nunca mais as veria. Ela não disse nada, mas o pensamento de que todos iriam julgá-la se soubessem que ela estava ali como um bebê açucarado persistia nela, ela começou a brincar nervosamente com a ponta de um dos guardanapos.
Quando o garçom se aproximou, outro, porque Marius havia dito que não queria que aquele homem os servisse, pediu dois coquetéis de camarão para o primeiro prato e um segundo prato de frutos do mar grelhados.
- Espero que você goste de frutos do mar - murmurou, inclinando-se ligeiramente para ela, tentando não tocá-la no momento em que o garçom saiu após anotar o pedido - É afrodisíaco.
- Adoro camarões e mariscos em geral, obrigado - mencionou parando de brincar com a ponta do guardanapo, aproximando-se dele para poder vê-lo de perto, nos olhos.- Você é muito bonito Marius.
O sorriso de Marius alargou-se para um sorriso bem diferente do que Noelia havia observado até então, não era falso, nem era o de um lobo tentando comer a ovelha à sua frente, embora conservasse um pouco daquele sorriso. luxúria que teve tanto impacto nela na primeira vez. Assim que ele viu, foi um sorriso genuíno que o teria surpreendido se visto de fora.
Ela ficou maravilhada naquele momento, se ela não tinha nenhuma experiência com homens sozinha, Marius era sem dúvida um enigma para ela, havia algo nele que a fazia derreter e ao mesmo tempo querer fugir.
Como nesses momentos em que ele sorria para ela como o fazia, causando uma sensação estranha e quente em seu peito, quem era realmente aquele homem?
- Você é muito mais bonita.- Ele assegurou, ele não estava se escondendo e não era o que ele queria, então ele colocou uma mão nas da garota e entrelaçou seus dedos com os dela enquanto com a mão livre que ele tinha em seu bolso apertou o botão de um pequeno controle remoto ligando a calcinha da menina e colocando-a na primeira das 10 marchas.- Bem, é hora das perguntas. Qual é a razão pela qual você não vê a possibilidade de que essa relação se estenda a mais de semanas?
Ela se sentia conectada àquele homem de uma forma que não entendia, mas essa conexão durou apenas um momento, justamente quando ela estava prestes a levar uma de suas mãos ao rosto dele, ousando tocá-lo, ele quebrou aquela conexão lembrando quem ele era. era e quem ele era. Era ela ligando o maldito brinquedo que a fazia pular desconfortavelmente devido às vibrações que causava em sua privacidade.
-Não posso deixar minha mãe sozinha, já expliquei antes, pode parecer uma desculpa boba, mas minha mãe é a única coisa que tenho.
- Vamos tornar isso mais interessante - ele elevou a velocidade de vibração da calcinha para o segundo nível.- Toda vez que eu fizer uma pergunta, você pode me fazer outra.-Ele soltou a mão dela apenas quando viu um dos homens aparecem os sócios fundadores mais importantes do clube, era ele a quem tinha escrito a mensagem quando se sentou à mesa - pense bem na sua pergunta - pediu para depois focar a atenção naquele homem.
- Que surpresa agradável Lorraine?
- A surpresa é minha, Sr. Harris.
- Ricardo, por favor. - esclareceu o recém-chegado ao qual Marius assentiu.
- Richard, veja bem, acho que esse medidor é tudo menos respeitoso, ele ofendeu a jovem.
Ele rapidamente desviou o olhar para a garota olhando para ela gentilmente.
- É verdade?
- É, respondeu Marius e como verás é inconcebível para mim que constrangem o meu companheiro ou o de outros senhores ou senhoras que apreciam este lugar como um dos mais ilustres e acima de tudo, com o melhor serviço.