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Capítulo 4 Você estava me olhando com cara de ressentimento?

Callie não tinha muito o que arrumar. Depois de terminar, chamou um táxi e saiu com sua mala, apesar dos xingamentos e das tentativas de sua mãe de impedi-la.

Ela chegou ao Complexo Paucaster Vila por volta das sete horas e imediatamente se sentiu perdida.

Nelson não havia lhe enviado o endereço específico nem o código de acesso, como havia prometido anteriormente.

Callie achou que ele havia se esquecido.

Sem o número de telefone de Nelson, ela não teve escolha a não ser esperar na entrada.

Embora a noite estivesse se aproximando, o calor de agosto ainda era opressivo. Cada vez mais frustrada, Callie pensou em marchar até o Grupo Oconnor para encontrar Nelson, mas sabia que, com seu baixo status, não conseguiria nem mesmo dar uma olhada no formidável CEO.

Cerca de uma hora depois, um Rolls-Royce preto se aproximou lentamente da entrada da vila.

Depois de ficar agachada por tanto tempo, Callie teve dificuldade para ficar de pé com as pernas dormentes, então acenou e gritou:

— Sr. Nelson, Sr. Nelson...

Ao ouvir sua voz, Nelson finalmente parou o carro.

Ele ficou um pouco surpreso ao vê-la sentada no chão.

— Por que você está aqui?

Callie estava furiosa por dentro, mas não ousava demonstrar isso. Ela forçou um sorriso enquanto se levantava lentamente, segurando-se na parede para se apoiar.

— Sr. Nelson, o senhor não me enviou o endereço exato nem o código de acesso. Onde mais eu poderia estar?

— Desculpe, eu tinha uma reunião hoje à tarde e me esqueci —, explicou Nelson, depois disse a ela para entrar no carro.

— A propósito, você estava me olhando com cara de ressentimento?

Callie não se atreveu a reclamar, então mordeu a língua e simplesmente colocou sua mala no carro. Depois de uma breve viagem de dois minutos, eles chegaram em frente a uma casa de campo independente.

Ela seguiu Nelson para dentro com sua mala enquanto ele compartilhava o código de acesso e abria a porta.

A sala de estar era decorada em tons frios, minimalista, mas exalava luxo em cada detalhe.

— Você ficará no quarto à esquerda, no segundo andar. Meu quarto e meu escritório ficam à direita. Não entre neles sem minha permissão e não mude nada de lugar.

— Entendido, Sr. Nelson. — Callie assentiu. Havia muitas regras, mas, em comparação com a convivência com a mãe e Joaquin, ela preferia ficar com Nelson, embora ele pudesse ser um pouco irritante.

Como as contas médicas do pai não eram mais uma preocupação, Callie achava que poderia economizar o suficiente em seis meses para dar uma entrada em um pequeno apartamento em Ylosea.

Pensando em seu futuro melhor, Callie carregou alegremente sua mala escada acima.

Ela havia acabado de desfazer as malas quando ouviu uma batida em sua porta.

Callie abriu a porta e viu Nelson, agora vestido com roupas casuais, parado ali. Ele lhe entregou um documento, com uma expressão indiferente.

— Estas são minhas preferências. Memorize-as hoje à noite para não cometer um deslize na frente do meu avô amanhã.

Callie assentiu, pegando o documento enquanto resmungava interiormente sobre como a vida em uma mansão poderia ser difícil.

— E quanto às minhas preferências? Você precisa conhecê-las?

— Não preciso.

Com essa resposta fria, Nelson se virou e saiu.

Ele já sabia tudo sobre ela.

Callie fechou a porta e voltou ao seu quarto para ler o documento que Nelson havia lhe dado. Ele detalhava todos os gostos e desgostos dele em relação à comida, até mesmo os tamanhos de suas roupas íntimas!

Depois de dar uma olhada no documento, ela tomou um banho e enviou uma mensagem ao seu supervisor, solicitando um dia de folga.

Ela planejava visitar o pai depois de acompanhar Nelson para ver o avô dele, então achou melhor tirar o dia de folga. Como era de se esperar, seu rigoroso supervisor ficou furioso.

— Callie, você não apareceu para trabalhar hoje à tarde e agora quer folgar amanhã também? Estou lhe dizendo, não vou aprovar isso. Se não comparecer amanhã, perderá seu bônus por assiduidade!

O coração de Callie ficou apertado. O bônus de assiduidade no Grupo Oconnor era de mil dólares.

O dinheiro era sua tábua de salvação.

Mas ela não tinha escolha a não ser acompanhar Nelson para visitar o avô dele amanhã.

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