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Capítulo 1 Você quer se casar?

Em um restaurante sofisticado em Ylosea, Callie Marsh estava em um encontro às cegas organizado por sua mãe. Entretanto, depois de esperar por meia hora, seu par ainda não havia aparecido. Suas feições delicadas começaram a mostrar uma ponta de irritação.

Finalmente, cerca de dez minutos depois, um homem de terno cinza se aproximou dela lentamente.

— Olá, você é a Srta. Marsh? — disse o homem.

— Sou —, respondeu Callie, com uma expressão levemente desagradada ao olhar para o homem baixo e rechonchudo à sua frente.

“Seria esse o tal ‘cara super bonito’ que minha mãe havia mencionado?”

— Eu sou Isaias Lambert. — disse ele.

— Fiquei sabendo um pouco sobre sua situação. Quanto a mim, não exijo muito de uma esposa. Depois que nos casarmos, você só precisa ser uma boa dona de casa. Eu cuidarei de todas as questões financeiras. Tenho dois filhos, e você precisará cuidar deles, assim como dos meus pais... — continuou Isaias. Ele puxou uma cadeira e se sentou em frente a ela, examinando atentamente seu rosto antes de abrir um largo sorriso, claramente satisfeito com o que via.

— Espera aí, Sr. Isaias. — Callie o interrompeu, respirando fundo. — Sinto muito, mas acho que não somos certos um para o outro.

A expressão de Isaias mudou imediatamente diante de suas palavras.

— Srta. Callie, sou dono de uma empresa. Se a senhorita se casar comigo, não terá que se preocupar com dinheiro... — persistiu Isaias.

— Sinto muito, Sr. Isaias, mas já fui bem claro. Nós não somos adequados um para o outro.

— Você vai se arrepender disso! — Isaias não insistiu mais, mas se levantou e saiu abruptamente.

“Você tem quase a mesma idade do meu pai. O que o faz pensar que eu me casaria com você? Afff...” Callie pensou consigo mesma, mas não disse em voz alta.

Ela esfregou as têmporas enquanto estava sentada. Ela não deveria ter confiado em sua mãe.

Embora já tivesse perdido metade de um dia de trabalho, Callie não foi embora imediatamente. Em vez disso, permaneceu sentada para observar a cena que se desenrolava na mesa ao lado.

Outro encontro às cegas estava acontecendo ali. Ao contrário de Isaias, o homem que estava sentado ali vestia um terno preto, com um rosto bonito ao ponto da perfeição. Todos os seus movimentos exalavam elegância.

— Sr. Nelson, que tal fazermos nosso casamento na Irlanda? Poderíamos convidar muitos convidados... — A mulher à sua frente o olhava com adoração.

— Sinto muito, não estou interessado em você. Pode ir embora. — O homem baixou os olhos, com uma voz indiferente.

— Sr. Nelson, este é apenas nosso primeiro encontro, portanto, não há pressa para nos casarmos. Pode levar o tempo que for necessário para me conhecer melhor. Na verdade, sou uma pessoa muito legal... — O sorriso da mulher se congelou.

Nelson olhou para cima e comentou casualmente:

— Não gosto de mulheres com muito Botox no rosto.

Callie quase cuspiu o chá que estava bebendo quando ouviu isso.

“Meu Deus!”

A mulher saiu furiosa depois do comentário contundente de Nelson. Com o fim do show, Callie pegou sua bolsa e estava prestes a sair silenciosamente quando uma voz magnética a chamou.

— Callie.

— Sr. Nelson. — Ela se enrijeceu e se virou para cumprimentar o homem com um sorriso educado.

Nelson olhou para ela.

— Você já viu suficiente?

— Não... — Percebendo que havia sido pega, Callie rapidamente se corrigiu. — Eu não estava assistindo.

— Sente-se.

Ao ouvir a ordem dele, Callie se sentou relutantemente à sua frente, observando cuidadosamente o homem extraordinário à sua frente.

Nelson Oconnor, o CEO da maior empresa de Ylosea, o Grupo Oconnor, tinha apenas 26 anos e já valia bilhões.

E Callie? Ela era apenas uma das funcionárias de escritório mais comuns de Ylosea, uma mera designer júnior do Grupo Oconnor.

Ela era apenas uma entre os milhares de funcionários do Grupo Oconnor. Portanto, em teoria, Nelson não deveria ter nenhum motivo para conhecê-la.

Mas há três anos, quando Nelson tinha acabado de assumir o controle do Grupo Oconnor, durante uma inspeção do departamento de design, ele se aproximou de Callie entre os inúmeros designers.

— Qual é o seu nome?

Callie gaguejou e disse seu nome.

Embora fosse comum, seu rosto deslumbrante a destacava entre seus colegas designers. Mesmo dentro de toda a empresa, ela era considerada uma das mais bonitas. Naquela época, todo o departamento de design achava que Nelson havia se afeiçoado a ela.

Callie achava isso difícil de acreditar. E, como era de se esperar, apesar de trabalharem na mesma empresa por três anos, eles não tiveram mais nenhuma interação. Ela podia contar em uma mão o número de vezes que o tinha visto nos últimos três anos.

Na verdade, Callie já o havia notado com o canto do olho quando chegou, mas não se atreveu a cumprimentá-lo. Ela supôs que ele não se lembraria de alguém tão insignificante como ela, e foi por isso que se sentiu à vontade para sentar-se ali casualmente e assistir ao show. Mas quem poderia imaginar...

— Sr. Nelson, se o senhor não tem mais nada... — Callie tentou quebrar o silêncio e ir embora, mas, assim que começou a falar, Nelson a olhou atentamente.

— Você quer se casar?

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