CAPÍTULO 2
CAPITULO 2
Maria Júlia toma a sua água e abraça o marido, que retribui de forma discreta e logo se afasta.
— Não ligue para o pesadelo, não deve ser nada demais, tente dormir novamente, e verá que terá bons sonhos! — Felipe diz para a esposa.
— Obrigada! Mas, você não vai dormir também? — Ela pergunta para Felipe.
— Eu preciso trabalhar, melhor não me esperar, pois vou chegar de madrugada, ou de manhã! Tenho uma boate no centro da cidade, e não posso faltar! — Diz ele já se afastando dela.
— Só uma pergunta... Estamos em que lugar? Ou país? — Maria Júlia pergunta confusa.
— Na Itália! Mas, eu já vou, e descanse! — Felipe fala e vai saindo, sem nem se despedir de Maria Júlia.
Ela fica lá perdida em seus pensamentos... aquele pesadelo parecia muito real e tinha a impressão de já ter vivido aquilo, mas era tudo muito estranho.
Mas, além de tudo, Maria Júlia agradecia que não tenha passado de um pesadelo, pois seria muito triste, se ela tivesse passado por aquilo.
Tocou uma campainha que tinha na beira de sua cama, e pediu ajuda a uma funcionária, para tomar um banho e vestir uma roupa limpa.
Uma mulher muito amável a ajudou e ainda trouxe comida, uma canja de galinha maravilhosa e um chá para dormir. Ela agradeceu a ajuda e se deitou novamente.
Mas, infelizmente o que Maria Júlia não sabia era que aqueles pesadelos se tornariam constantes, e logo ela precisaria tomar algumas providências.
Mais uma vez a Maria Júlia adormeceu, e como em um passe de mágica ela estava em outro lugar...
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“Desta vez, ela estava vindo da rua, e entrando numa casinha que era bem simples, na cor marrom com detalhes brancos, algo dentro dela dizia ser sua casa, pelo menos parecia estar em paz ali, um cachorro veio contente recebê-la, e uma senhora com aparência de uns quarenta anos abriu a porta, ficando muito feliz com a sua chegada.
— Filha! Você demorou tanto, aconteceu alguma coisa? O seu pai já estava querendo ir atrás de você! — Diz a senhora de pele bronzeada, com o cabelo castanho.
— Eu não sei... eu estava...
— Mãe ela foi na sorveteira do Miguel, eu vi pela janela, por isso demorou! — Grita um rapazinho de uns doze anos.
— Para de ser fofoqueiro, Luan! Um dia você vai crescer e querer sair, e eu vou te entregar também, você vai ver! — Maria Júlia falou brava com o garoto, e o mesmo mostrou a língua para ela.
— Filha, eu sei que você está apaixonada pelo Miguel, mas ele é três anos mais velho que você e mais experiente, então fica de olho aberto com isso, tá? — Diz a mulher que Maria Júlia chama de mãe.
— E tem que cuidar nessas ruas filha, ouvi falar que o bairro está ficando perigoso! — Diz o homem baixo que a Maria Júlia chama de pai.
Eles conversaram bastante, e ela sente que mora lá, que tem uma ligação com aquela família, e fica por muito tempo alegre conversando.
Maria Júlia é desperta por Felipe que acabou de chegar, e se deita do seu lado, com a pele meio úmida de quem acabou de sair do banho.
Felipe Lombardi, já chega com as mãos no corpo dela e acariciando os seus seios. Maria Júlia levou um certo susto, pois não se lembra dessas sensações, nem de ter estado com um homem antes, então o toque dele a despertou para observar o que estava acontecendo, pois apenas se lembrou do pesadelo que teve mais cedo, então ela fechou os olhos, focando no seu marido que estava ali e achou boa a sensação de estar sendo tocada, mas ficou um pouco perdida por não saber o que fazer, então decidiu falar isso ao marido...
— Eu não sei o que fazer, não me lembro...
Ele a calou com um dedo em sua boca dizendo:
— Shiii! Eu te mostro! — começou a despir a moça e do nada aumentar a velocidade com que a tocava, e ela ficou incomodada com aquilo, e não quis que ele continuasse, deixando Felipe muito bravo.
Eles se levantaram e ele foi direto tomar banho e a deixou ali. Maria Júlia pensava que se ele sabia da sua perna, deveria ter pelo menos a ajudado a levantar, mas ele não pareceu se preocupar com isso...