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Casada Com Meu Chefe

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Garota Das Chronicas
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Resumo

Em um relacionamento de anos, Catherine Ashton deseja muito ser pedida em casamento, é seu pedido de aniversário ao soprar as velas. Irá ela descobrir da pior forma que deveria ter sido mais específica com seus desejos. Por outro lado está Jonathan Cohen, um CEO aparentemente frívolo. Catherine topa com seu chefe depois de desobedecer às ordens de não ir ao terraço do edifício, por desgraça, termina ouvindo a conversa de Jonathan com seu advogado ao telefone e assim, descobre as aflições do CEO por acidente. Após voltar ao apartamento, cansada de um longo dia de trabalho, Catherine ainda ganha uma surpresa desagradável de TJ, seu namorado e futuro ex. Tantos acontecimentos em um mesmo dia a fazem querer se trancar no emprego e assim passa a noite se dedicando em usar sua frustração nos gráficos e trabalhos a serem entregues, tudo para terminar novamente se envolvendo e escutando seu chefe tratando de seus assuntos pessoais. Quando o CEO se irrita com sua intromissão, Catherine se oferece para fazer qualquer coisa por ele, com tal de que não a demita. E antes da meia noite alcançar seu fim, o desejo dela é finalmente realizado, só não como pensou. Embarque nesta história e descubra com Catherine, o quanto um desejo pode ser perigoso. ¡Atenção! História original por Garota Das Chronicas. Não é permitido adaptações. Foto de capa retirada do Pinterest, em caso de reclamações sobre direitos autorais, entre em contato em por e-mail: daracarolinenegocio@gmail.com.

amorromanceCEO

TERRAÇO

Se meter em problemas nunca exigiu muito esforço por parte de Catherine Ashton, coisa que aos três anos todos achavam engraçado, e o "porém" veio apenas aos vinte e três.

Duas décadas depois, a quantidade e a intensidade com que os problemas chegavam até ela era de deixar até mesmo um cara calvo de cabelo em pé.

Mas nada se compara ao que estão por ler agora, e aqui começa o "era um vez" desta incrível jovem mulher.

[ Sexta-feira, treze de maio ]

Praticamente duas horas adiantada, Catherine – ou Cat, como frequentemente era chamada pelos mais próximos – subia as escadarias rumo ao terraço.

Na porta de saída, se via claramente uma placa proibindo a ida de qualquer funcionário não autorizado e como a ótima insolente que era, sorriu ao cruzar para o lado de fora, como se quebrar as regras lhe desse mais energia do que seu café da manhã.

— Bom dia pra mim! — Gritou rodopiando no terraço.

Correndo direto ao parapeito, ela olhou a cidade que agora se parecia a casas de bonecas e se imaginou no topo do mundo. Era alguém terrivelmente criativa e não por menos escolheu cinema e se tornou a mais jovem produtora da agência de anúncios 2A's.

Naquela manhã em especial, ela tratava de sugar a maior inspiração possível, seu primeiro grande projeto estaria em fase de execução, e improvisações eram sempre bem vindas desde que muito bem inspiradas.

Não gostava de arrependimentos e por isso sempre dava o melhor de si. Uma ótima funcionária recém graduada, mas que nunca ousou sonhar em pular de estagiária a produtora em tão pouco tempo e que de repente havia ganho a vaga dos sonhos.

Ela estava feliz e talvez feliz nem mesmo fosse o suficiente para descrever o que sentia, no entanto nem se importava com tal de poder passar quanto tempo quisesse no terraço.

— Sabe de uma coisa Cat? — Perguntou-se a si mesma em voz alta. — Você é incrível, criativa e …

— Desobediente. — Adicionou uma voz masculina que a fez engasgar com o ar, atrás de Catherine.

Se virando, deu de cara com um homem de uns incríveis par de olhos azuis, um cabelo negro escorrido como as penas de um corvo e de notáveis mais de dois metros de altura. Usava um traje de negócios azul marinho e um par de sapatos de couro que ela podia notar pela qualidade, serem italianos. Seu rosto iluminado pela fraca luz do sol recém nascido, o deixava com um ar vampiresco pela pele semelhante à porcelanato em contraste com aquele par de olhos profundos. Tudo nele parecendo irreal diante dela, quem mal conseguia ultrapassar um metro e meio, e seu rosto infantil não ajudava na credibilidade das suas palavras quando revelava ter vinte e três anos. Era difícil que acreditassem sem ver seu RG.

— Pretende passar quanto tempo mais me encarando, senhorita… — Ele fez uma pausa, esticando a mão na direção de Cat para pegar seu crachá. — Srta. Ashton?

— E-e-eu vou… vou…

— Vai sair do terraço e começar a respeitar as placas, certo?

— Certo. — Catherine confirmou engolindo em seco.

Tão logo ele soltou o crachá da jovem produtora, Catherine escapou descendo as escadarias como se não houvesse o amanhã.

Chegando ao seu andar, adentrou sua oficina com a mão no peito e agradeceu que teve a sorte de ter encontrado um dos sócios mais "amigáveis", pois sabia que se fosse outro poderia ter feito da subida ao terraço uma grande coisa. Em resumo, um comentário aos donos e ela não seria mais a produtora mais jovem da agência.

Tentando não se atormentar, Catherine passou o dia totalmente focada no conceito do novo comercial do dia das mães para um shopping popular no centro da capital. O tempo passou voando na sala de reuniões enquanto todos lançavam ideias e tentavam reunir um bom material para um comercial de ensaio, mas minuto a outro ela pensava na possibilidade de estar encrencada por infringir uma ordem estampada em uma porta.

— Por que sempre causo problemas a mim mesma? — Se perguntou mordendo a ponta de um pobre lápis inocente.

Parou quando percebeu o que fazia e agora com seus olhos desfocados do trabalho pela primeira vez em horas, ela finalmente verificou seu relógio de pulso.

— Droga, já são nove da noite?

Apanhando a bolsa da mesa, Cat verificava mais uma vez os avanços daquele dia e sentiu-se bem porque o dia passou rápido. As ideias discutidas eram boas e no dia seguinte já começariam com a produção do comercial.

Trancando a porta de seu escritório por segurança, Catherine colocou a chave dentro de sua bolsa de colo e caminhou em direção aos elevadores.

Não demorou muito para que a caixa metálica se abrisse no andar, e quando o fez, Cat deu de cara com Vanessa, uma das três secretárias presidenciais.

Estava estampado na face de Vanessa o quanto a mulher não se encontrava bem, parecia queimar de febre pelo rubor nas bochechas e a palidez no restante do rosto.

Intrometendo-se como de costume, Catherine se ofereceu para carregar algumas pastas que estavam nos braços da secretária e ato seguido, mencionou o que Vanessa praticamente já sabia.

— Parece com febre e meio pálida.

— Estou acabada, não é? — Perguntou a secretária com uma voz rouca.

— Eu não diria acabada… — Cat pensou, mas pensando por uma segunda vez. — Quer saber, parece sim.

— Eu imaginava.

— Quer uma ajuda com tudo isto aí?

— Vou aceitar. — Vanessa concordou, estendendo as pastas para as mãos de Catherine. — Obrigada Cat.

— Por nada. — Respondeu, permanecendo os últimos andares do elevador em silêncio.

A chegada no térreo obrigou ambas a se moverem para saírem do elevador.

— Esta pasta aqui está com um post-its dizendo "entrega ao CEO até o fim da noite". — Catherine comentou ao ver a nota sobre a pasta. — Você vai mesmo até a mansão dos Cohen neste estado?

— E que outra opção eu tenho? O chefe precisa mesmo assinar estes documentos e escaneá-los até a meia-noite de hoje.

— Mas Van, olha o seu estado…

— O meu estado não vai ser tão importante se eu for demitida. — A secretária comentou rindo.

Ao seu ver, Vanessa precisava ir se consultar com um médico ao invés de gastar o restante da noite com mais trabalho. E então pela segunda vez naquele dia ela arranjava problemas pra si mesma.

— Te proponho que me deixe levar estes documentos ao CEO e você vá direto ao posto de saúde checar se é mesmo só uma gripe. — Catherine sugeriu.

— Esta falando sério? Pode fazer isso por mim?

— E eu ofereceria se não pudesse?

— Obrigada Cat. —Vanessa a abraçou com tudo, fazendo a pasta cair. — Oh, desculpa.

— Não tem problema. — Catherine abaixou recolhendo os papéis e os colocando de volta na pasta preta. Então olhou para a secretária e continuou. — O quê está fazendo aqui ainda? Anda, vai se cuidar mulher.

— Obrigada de novo Cat. — Agradeceu uma última vez, correndo para fora da empresa para pegar um táxi.

Sozinha, a produtora encarou a pasta por alguns segundos.

— Droga Cat, não sabe ficar na sua?