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Rumilly, França — 1992
LOUIS COLEMAN
ONZE ANOS SE PASSARAM DESDE QUE FUI ARRACANDO do lugar, que tinha por lar e perdi aquele que tanto amava. Fui entregue aos meus tios já que minha mãe havia falecido dois anos antes daquela emboscada que acabou resultando na prisão de King Coleman. O legado do meu pai durou apenas dez anos, porém foi tempo suficiente para que eu viesse a conhecer que na vida existe luz e escuridão e consequentemente após a sua morte eu deixei que as trevas envolvessem a minha alma e depois de anos de treinamento a maldade em mim foi aflorada impregnando o meu coração. O meu reinado estava apenas começando e o primeiro passo foi me vingar de todos aqueles que contribuíram para que King caísse em desgraçada.
A morte e brutalidade são os mestres do meu destino. Me tornei alguém cheio de ódio e não permito que ninguém fique no meu caminho para conseguir o que desejo.
Eu matei
Eu me vinguei daqueles malditos e a SACRA CORONA UNITA foi restaurada.
—Louis!
Ouço a voz daquele que se tornou o meu braço direito aquele que é o único em quem confio " LIAM DURANT" meu amigo e conselheiro.
— Chegamos!
Desço do carro e meus olhos circulam no ambiente a minha volta, apesar de ter deixado sentimentos tolos como o amor de lado tinha que reconhecer que o lugar fazia jus a fama que tinha e era realmente belíssimo. Estou em Rumilly uma antiga comuna francesa a qual Pierre Martin tem um grande número de terras em seu território, cujo acabou se tornando um grande aliado e ciente que preciso de um herdeiro soube da existência de suas duas filhas e hoje vim para buscar aquela que tem por nome Jamilla por ser a mais velha foi a escolhida por mim, mesmo sem conhecê-la . Deixo os devaneios de lado e meu olhar caiu sobre o homem que já tinha por volta de uns 45 anos e ao seu lado havia uma mulher que suponho ser sua esposa. Ao lado de Liam seguimos adiante ao encurtar a distância me aproximo deles.
—É um prazer tê-lo em nossa casa chefe— proferiu o homem que não conseguia esconder sua felicidade e o infeliz sabia que ganharia muito com essa união.
—Bem-vindo senhor — disse a mulher que por sinal era muito bonita e se a filha tivesse a puxado certamente seria uma bela mulher. Antes que eu viesse a mover meus lábios minha atenção se voltou para a imagem que surgiu na varanda. Uma bela visão a ser apreciada, a mulher era linda e tinha os cabelos escuros assim como o de sua mãe e os olhos azuis como do pai.
— Jamilla! — seu pai a chamou no entanto dei alguns passos a frente porém era como se uma força sobrenatural tivesse assumido o controle do meu corpo me deixando paralisado, porém de repente algo me incitou a mover a cabeça para a outro direção e uma sensação inexplicável me invadiu, atravessaram o meu corpo e após tantos anos, pude sentir pela primeira vez, o meu coração desenfreado. A imagem a minha frente era da mais pura perfeição. Sua pele brilhava com juventude e alegria. Seu cabelo era uma exuberante mistura de castanho com loiro mel, seu rosto é de uma boneca de porcelana, exibindo olhos azuis brilhantes e a maneira com que o cabelo seguia o formato do seu rosto, era o encaixe perfeito.
Meu corpo estremeceu, suspirei pesadamente e assumi o controle dele quando meus demônios se descontrolarem ainda mais. E o som da minha voz reverberou no ar.
— Quem é ela? — pergunto fazendo o casal acompanhar com os olhos a direção a qual estava ocupando minha total atenção.
— Nossa filha ELLA.
— Será ela que se tornará a minha esposa.
Annecy, França —1993
Alguns meses depois...
Para quem jamais acreditou que o amor voltaria a fazer parte da minha vida Ella, foi a luz que conseguiu penetrar a escuridão da minha alma, enlaçando o meu coração. Três dias após ter lhe conhecido aconteceu o nosso casamento embora tendo somente 18 anos ela era muito mais do que eu podia desejar. Há nove meses atrás para nossa felicidade veio a notícia da sua gravidez e hoje posso dizer que a minha felicidade estará completa.
— Empurra, está quase lá, força! — disse a médica.
Seguro com firmeza a mão dela, seu rosto estava banhando pelo suor.
— Aiii!
Ella dar mais um grito de dor, apertando com força a minha mão, tento desesperadamente acalenta-la.
— Vamos amor, você consegue.
Assim como eu esperava Ella, era uma mulher muito forte e reunindo todas as suas forças empurrou o nosso filho o expulsando para fora de seu ventre. Um choro potente ecoou no ar e meu corpo todo vibrou com as palavras que ouço em seguida.
— Parabéns, um menino lindo e saudável.
Pude ver já seus cabelos sujos de sangue, escuro como como os meus. Algum tempo depois o trouxeram e o peguei em meus braços.
— Como vamos chama-lo? — perguntou minha esposa com a voz fraca. Olhei para o meu filho e seus olhos estavam entreabertos, lindos e azuis como da mãe, por uma fração de segundos meus olhos se chocaram com os da minha mulher que estava ansiosa para que eu viesse a responder sua perguntar e quando novamente olhei para o pequeno pacotinho em meus braços disse.
— Ele se chamara KING MARTIN COLEMAN, ao contrário do seu avô seu lema será " Eu posso ser encarcerado até no inferno. Nunca poderão lidar comigo"