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Capítulo 2

Quando Aria chegou na casa dos Mancini, ela se surpreendeu com a quantidade de seguranças. Bem, se fosse ela, também gostaria de manter seus filhos seguros.

A governanta Giulia a atendeu e Aria agradeceu pela educação. Ela apresentou toda a casa e o funcionamento das coisas por ali.

"As crianças podem ser, um pouco, difíceis. Muitas já se despediram. Mas, eu peço que entendam. Eles sofrem muito com a ausência do pai."

Aria afirmou. Ela de algum modo entendia essas crianças. Ficar sem a presença de seus pais era algo difícil.

Ela sorriu ao ver uma menina de 5 anos e um garoto de 17 anos. Ambos a olharam com raiva.

" Esses são Laura e Giovanni, Aria."- Giulia os apresentou. "Crianças, essa é a senhorita Ricci."

"Prazer, eu cuidarei de vocês a partir de hoje. Espero que nos demos bem."

Laura apenas mostrou a língua para ela e gritou:

"Não queremos você aqui." A criança correu até o quarto e se trancou.

Lorenzo também não dirigiu a palavra a ela. Fez uma pesquisa rápida sobre a vida dela e não encontrou nada.

Decidiu, então, fazer uma pesquisa mais profunda na área de sua família. Se a polícia ou a mídia não tinha informações, eles teriam.

Porém, o que ele encontrou foi apenas um acidente. Não havia nada de mais ali. Ele poderia usar essa informação para provocá-la, mas, seria muita maldade.

Mais tarde, Aria ajudou na cozinha, já que as crianças não se comunicavam com ela. Porém, os observou de perto.

Sempre que a porta era aberta, havia um olhar de esperança em seu rosto. Mas, sempre ficavam vazios quando notavam que não era seu pai.

Ária se sentou triste com isso, esse homem era mesmo tão ocupado?

Horas depois, Laura saiu do quarto e a olhou em burrada. Já Lorenzo o olhava irritado como se ela fosse invencível ou algo assim. Isso a fez rir eternamente.

No almoço, a senhora Giulia sorriu e disse:

"Hoje a senhorita Ricci me ajudou a fazer Spaghetti al pesto, o favorito de vocês."

Quando os irmãos provaram, estava delicioso. Ária sorriu ao ver as suas expressões de prazer ao comer.

Porém, logo suas expressões sérias voltaram para as suas faces. Ela suspirou, sabia que seria uma batalha difícil.

O dia passou com Aria sendo ignorada pelos irmãos. Ela não se importou e continuou os observando e não respondendo seus insultos. Mesmo quando Laura jogou um pacote inteiro na cabeça dela.

Aria apenas riu e disse:

"Que delícia. Obrigada."

Ela também tentou conversar com Lorenzo enquanto ele lia o mangá de Beasters.

"Minha irmã também é fã desse mangá. Acho que vocês se dariam bem. Meu personagem preferido é o Louis e você?"

Lorenzo não respondeu, apenas a ignorou. Mesmo que a proposta de ter alguém que pudesse conversar com ele sobre o assunto, seria interessante.

O tempo passou no mesmo clima até a noite. Porém, Aria estranhou que Laura não havia descido para jantar.

Ela bateu na porta do quarto e não obteve resposta. Preocupada, Aria entrou e encontrou a garota tremendo de febre.

Aria correu para dar um banho nela e agasalhá-la. A menina tomou um remédio para a febre, mas horas se passaram e a febre não passava. Aquilo não era normal.

Lorenzo chamou o médico da família e o mesmo disse que era uma febre emocional. Ver Laura chamando pelo pai, cortava o coração de Aria.

Ária ligou diversas vezes, mas ninguém atendia.

Não era possível que uma reunião durasse tanto tempo.

Lorenzo emprestou o celular dele, na tentativa do pai atender. Porém, também não havia resposta?

Aria ficou furiosa com aquilo. Aquele homem não se importava com seus filhos?

"Seu pai precisaria estar aqui, sinto muito Lorenzo. Talvez você deva ir até ele."

Lorenzo negou.

"Meu pai não irá me receber, eu fico cuidando da Laura. Você pode tentar."

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Laura olhou para o prédio alto da empresa Mancini com certo receio, o lugar parecia que iria a engolir. Mesmo assim, ela teve coragem em entrar.

"Buona notte, gostaria de falar com o senhor Mancini."

"A senhorita tem horário marcado?" A mulher loira perguntou a ela.

"Não, senhorita. Eu sou babá dos filhos dele. É urgente."

A mulher entendeu a gravidade da situação e permitiu que ela entrasse. A jovem parecia mesmo desesperada.

"Tudo bem. Pode subir. 7 andar, primeira sala."

"Grazie"

Aria subiu o elevador com o coração apertado. Esperava que Laura estivesse bem.

Ele se dirigiu até a sala do patrão. Mas, alguém o impediu. Era uma mulher morena.

"A senhorita tem horário?"

Aria já estava se irritando com aquilo.

"Preciso falar com o senhor Mancini. É sobre a filha dele. Por favor, é urgente."

" Um momento. Sente-se, por favor."

Ela bateu na porta e entrou.

Aria se sentou e ligou para Lorenzo. Estava preocupada com Laura.

" A febre não aumentou, mas também não diminuiu. Ela continua chamando o papai."

"Pode entrar." - Disse a secretária, assim que ela desligou.

Aria entrou rapidamente. À sua frente estava um homem loiro de olhos azuis e frios.

Ele a olhou com um olhar gélido que a quase fez paralisar. Se não houvesse algo tão importante a dizer, ele ficaria sem palavras.

"Você é a nova babá?" Sorriu galanteador.

"Sim, senhor. Tenho algo urgente para lhe dizer." Disse, ignorando sua tentativa.

"Qual o assunto?" Ele disse, se sentando e pegando um copo de bebida. "Se sente." Ele pediu.

"Laura está doente. A febre não está baixando e ela está chamando pelo senhor." Ela não se sentou.

"Veio aqui apenas por isso?" Giovanni disse com indiferença.

Aquilo irritou Aria, ele não se importava mesmo?

"Sim, senhor. Eu me preocupo com eles…"

"Você está fazendo isso para ganhar mais? - disse desconfiado." Eu olhei a sua ficha. Conheço a sua fama. Pode se aproveitar dos meus filhos para aumentar seu salário, já que está desesperada.

Aria não estava acreditando naquilo. Como ele ousava dizer tal coisa? Ele era charmoso, mas, um babaca total.

" Não, senhor. Eu realmente me preocupo com eles. Laura está doente, está lhe chamando." ela tentou se manter profissional.

"Eu estou cheio de trabalho. As crianças fazem isso para chamar atenção."

Realmente, Aria não estava acreditando naquilo. Ele não conseguia mais se segurar.

"Escuta aqui, senhor Mancini."- falou alto. " Sua filha está muito doente. Eu sei que você acha que dando tudo o que o dinheiro pode comprar basta. Mas, não. Não, basta. Eles precisam de um pai. Você sabe, não sabe? Porque todas as babas que você contratava iam embora. Eles não querem um estranho. Querem o pai deles. Aproveite a chance, enquanto os tem por perto."

"Escuta aqui, menina..." Ele se levantou, tentando intimidar-lá.

"Não, o senhor tem que ouvir…" - ela gritou mesmo que ele fosse bem mais alto que ela.

"Você está perdendo seus filhos. Logo você vai virar um estranho naquela casa e vai ver o grande erro que está comentando. Se não quiser me pagar, tudo bem. Se quiser, me despedir também. Eu não me importo. Contanto que cumpra seu dever de pai" - suspirou. "Eu só quero vê-los felizes."

Ela saiu, batendo a porta e deixando Giovanni atordoado.

Ao chegar na casa dos Mancini, lágrimas escorriam por seu rosto.

"Como esse homem pode ser tão horrível?" Ela sussurrou.

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