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CAPÍTULO 05 - O QUE ESPERAR?

DAVINA

O observo se afastar... De fato, o Adam é um homem intrigante. Seu divertimento me irrita profundamente, claro que se diverte não é o maior prejudicado!

Enfim, estes pensamentos não me levarão aos meus objetivos e preciso cumprir a missão! É isto, não focar nesta porcaria de casamento, mas sim, em obter o máximo de informações possíveis sobre a Máfia Inglesa... Não vão sair impunes do que nos fizeram!

Decidido retorno ao salão, logo avisto meu pai no topo das escadas me encarando... Subo rapidamente, parando ao seu lado:

- Acho que sua ceninha sensibilizou o Dom, ótimo! Ele parece mais frouxo que o pai... Siga com o plano com perfeição, não preciso lembrá-la das consequências caso nada flua conforme o planejado.

- Não Senhor...

Digo com amargura...

- Guarde sua rispidez para si, a partir de hoje será um doce para o seu futuro marido!

- Como desejar, meu pai.

Digo abaixando os olhos... Isto me incomodava MUITO, mas sabia que ele tinha razão, sei do preço alto que pagaria caso nada saísse como planejado.

Entramos juntos e somos conduzidos por um homem simpático que logo se apresenta:

- Senhorita Davina, que enorme prazer em a conhecer. Fico impressionado com a sorte que o Dom tem na vida!

- Desculpe, sorte?

- Claro, uma grande aliança e uma bela mulher. Tudo que um homem almeja!

- Diria que vocês homens almejam pouco, porém, é esperado visto que pensam mais com a cabeça de baixo do que com a de cima.

Meu pai arregala os olhos diante do comentário maldoso e antes que me repreendesse é surpreendido por uma gargalhada bem alta...

- hahahahahahahaha, OMG!

Micael estava com os olhos marejados de tanto rir e não pude conter o escape de um sorriso.

- Meu Deus, você é bem-humorada! Quem diria... Pela sua reputação estava esperando mais agressividade e talvez um atentado.

- Quem sabe, se tiver a sorte de ser o meu alvo conhecerá este meu lado.

- Por favor, nem brinque com isto. Longe de mim irritar a assassina de Elite da França! Pas même (não mesmo em francês).

- Vejo que sabe um pouco da nossa língua...

- Confesso que estou enferrujado, mas entendo uma coisa ou outra.

- Hunf.., difícil demais para os ingleses?

- Hun! Você parece tensa, vamos até o bar do salão creio que precisa relaxar antes que seu noivo volte para o jantar.

Olho para o meu pai em forma de pedido de permissão, infelizmente na máfia nós mulheres somos obrigadas a sermos submissas aos homens e pedir permissão para praticamente TUDO!

Com um leve aceno positivo de cabeça do Sr. Bruce, sinto Micael me puxar e guiar até o bar.

- Um Uísque puro pra mim e para senhorita um Vin...

- Tequila com limão espremido dentro, por gentileza!

O interrompo,

Micael sorri com minha audácia...

- Bebida forte para uma dama, não?

- Preciso de algo forte para lidar com tudo que está por vir...

Micael parece pensar em minha resposta por um instante, quando nossas bebidas chegam. Ele bebeu o Uísque em silêncio, como se estivesse matutando algo na mente... Até que quebra o silêncio:

- Ele não é de todo mal, Davina. Na verdade, no fundo é só um homem que sofreu demais e não consegue mais se ver como ser humano.

- Isto ele deixa claro, mas sofrer todos nós sofremos... Não justifica!

- Você não compreende, é como se a alma dele tivesse sido arrancada do próprio corpo...

O olho indignada...

- Micael, no mundo em que vivemos não há espaços para alma ou coração... Somos o que somos, porque fomos criados para ser apenas isto, soldados da máfia!

- Bem, percebo que você é tão perdida quanto Adam... Sabe Davina, O Dom apesar de tudo é um homem honrado e justo! Ele já salvou a minha vida mesmo quando não merecia...

Não digo nada, apenas o observo.... essa história me chama atenção.

- Estive a beira da morte por merecimento, cometi traição contra a máfia por não suportar seu treinamento. Quase fui o desertor, não era digno de ser alguém, mas o Adam viu algo em mim... Alguma coisa que valia apena salvar e se submeteu as todas as consequências de meu julgamento...

- Como assim? Está dizendo que ele...

- Sim! Que ele para me salvar aceitou todas as torturas que foram me sentenciadas e acredite, foram 6 longos meses pagando por elas. Acredito que devido a este grande ato, vários da Máfia o viram como grande líder! Não somente o qual nos usaria como marionetes, mas um companheiro de guerra real que nos trataria por igual.

*(Leis da Máfia: Se um mafioso de grande título julgar redenção ao um desertor, o mesmo deve pagar a pena duplicada no lugar do subjugado... A lei é feita para desmotivar o perdão e eliminar os mais fracos!) *

Fico perplexa com a revelação do Micael, não entendo o porquê... Vai contra tudo que sabemos sobre ele!

De repente escuto uma voz firme vindo de trás....

- Aaaa, aí estão vocês!

Me viro para ver quem era,

- Olá, Senhorita Davina! Um prazer lhe conhecer, mas receio que a senhorita esteja atrasada para o seu posto a mesa de jantar ao lado de seu noivo.

- Nossa, quanta formalidade... Em breve serão cunhados!

Filipe ignora completamente o comentário do Micael e continua me olhando intensamente, apesar de sua expressão ser mais leve que a do irmão... Algo naquele olhar me incomodava, meus instintos apontam algum perigo, algo que eu ainda não sabia bem o que era.

- Prazer todo meu, Sr. Filipe. Peço desculpas quanto ao meu desatento, garanto que não se repetirá!

- Agradeço, por gentileza me acompanhe.

- Sim senhor.

Realmente odiava o fato da submissão, bem mais que as torturas físicas e psicológicas... Poderia facilmente acabar com mais da metade dos homens deste local...

Calma Davina, calma... Foi treinada para manter o autocontrole, siga a porra do plano ou tudo irá dar muito ruim!

Me aproximo da mesa e o Dom se levanta e puxa a minha cadeira, sento e seguimos com o jantar sem nos comunicarmos e até prefiro assim.

Formalidades são trocadas entre os homens até que Adam se levanta batendo uma colher na taça chamando a atenção de todos, quando enfim pronúncia:

- Senhores, quero comunicar a todos que o casamento ocorrerá daqui 3 dias na nossa Catedral, assim mantendo nossas tradições. Aproveitem o resto do jantar, estamos encerrando por aqui.

Olho em volta e vejo o choque nos olhares de todos tão surpresos quanto eu com a rapidez deste casamento.

- Bem estimado Dom, obrigado pela pronúncia. Se o senhor nos permite, temos muito que organizar até o casamento. Estamos indo!

- Não precisamos de tanta formalidade, Sr. Bruce. A partir de hoje somos uma união, são partes da nossa família Inglesa, da nossa legião!

Diz esticando as mãos em forma de cumprimento,

- É uma enorme honra, até breve...

Adam acena levemente a cabeça, quando me levanto e faço o mesmo. Me afastando em silêncio e seguindo meu pai para fora.

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