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5 - Ele me Bateu!

Hara Narrando...

Alguns dias depois decidir visitar Hugo. Pois precisava contar como havia sido com minha mãe.

Me sento no sofá da sala do Hugo, enquanto espero ele me trazer um café.

- Me diga, Como foi com sua mãe? Ele me traz a xícara, e eu a pego.

- Lhe contei que estava grávida.

-O quê ela disse?

Me mantenho em silêncio por um breve momento.

-Nós choramos e nos abraçamos.

- E quanto a criança?

-Eu não sei.

- Vai contar para Wesley?

-Talvez. Seguro firmemente a alça da xícara.

- O quê ti preocupada?

-Eu sei que acabou. Entendo isso. Mas...Digo para ele que fica atento a cada palavra que eu pronuncio. - ...Mas, não consigo esquecer. Ainda tenho lembranças e...Solto um suspiro. - ...Eu não quero elas. Uma lágrima escorre no meu rosto.

- Não entendo muito de relacionamentos, mesmo que eu viva um. Mas...Ele pousa sua mão sobre a minha. - ...Eu vou está aqui pra o que você precisar. E quando quiser chorar, me diga. Disse amigavelmente.

Me levanto, e o abraço fortemente.

Seu abraço era um lugar de paz pra mim. E eu precisava disso. Dessa paz!

___

Depois de conversar com Hugo, me despeço dele e vou para a faculdade.

Horas depois, A aula terminou. Pego minhas coisas, e saio pelos portões da Universidade. Mesmo distante posso vê Wesley conversando com algumas pessoas. Me aproximo dele e o chamo.

-Wesley, precisamos conversar.

- Pode falar. Falou ajeitando a bolsa nas costas.

- É urgente.

- Está bem. Diz.

Wesley me acompanha até o jardim da parte de trás da Universidade.

- O quê é que tem de tão urgente para me dizer? Perguntou cruzando os braços sobre a barriga.

- Eu estou grávida. Falo sem rodeios.

- O quê disse? Perguntou assustado.

- Eu estou grávida de você. Quase grito.

- Não, não pode ser. Colocou a mão na boca surpreso. - ...Quanto tempo? Perguntou depois de um tempo.

- Talvez uma semana. Eu não sei.

- O quê pretende fazer?

- Como assim o quê eu pretendo fazer? Lógico que eu irei cria-lo.

- Não. Ele dá passos para trás.

- O quê?

- Você não pode ter esse bebê. Ele diz enfurecido.

- O quê você está querendo dizer com isso, Wesley?

- Acho que você entendeu perfeitamente.

- Não! Isso não! Balanço a cabeça negando qualquer possibilidade maluca.

- Você tem que aborta esse bebê.

- Você ficou louco? Não vou aborta coisa nenhuma. Você não pode me pedir uma coisa dessas. Digo revoltada.

Ele passa a mão no cabelo bagunçado.

- Não acredito que você está considerando a possibilidade de ter esse filho?

- Espera aí, Wesley. Será que você percebe o que está me pedindo?

- Sim. Eu estou percebendo. Gritou.

- Não! Não! Não! É uma vida. Estou com uma vida dentro de mim. A vida de uma criança que não tem culpa de nada. E eu não vou fazer nada contra esse bebê.

- Você vai.

- Eu não vou matar o meu bebê. Dessa vez grito.

- Não grite comigo, Hara. Você vai aborta essa maldita criança querendo ou não. Wesley gritou novamente.

- Maldita não. Essa crianca é meu filho, escutou bem. Meu filho. E eu não vou matar o meu filho nem por você, nem por ninguém. Digo me mantendo firme.

É certo o momento em que Wesley acerta uma bofetada no meu rosto.

- ...Você me bateu. Falo assustada com sua atitude machista.

- O quê? Não posso ti bater?

- Não. Você não pode.

Ele levanta a mão e de novo acerta um tapa na minha cara. Dessa vez mais leve.

- Escuta aqui, Hara. Você vai ter que abortar isso, porque não quero ter que lidar com essa coisa dentro da sua barriga, e muito menos quero que você saía espalhando isso por aí. Eu tenho uma imagem a zelar, não quero ter que estragar isso tudo por causa de você. Me entendeu? Falou apertando um de meus braços.

Não ouso responder e apenas confirmo balançando a cabeça.

- ...Você está muito mesquinha pro meu gosto. Falou soltando meu braço e indo embora.

Me sento no banquinho do jardim e tento recuperar o ar.

Pela primeira vez, vi o verdadeiro Wesley. Sinto meu rosto arde ainda dos dois tapas que levei. Eu não iria abortar de maneira nenhuma. Mas também não iria arriscar falando coisas do que bem entendo para Wesley.

Em Casa

Escorrego pela parede do banheiro e me reencosto na mesma. Deixo a água do chuveiro caí em cima de mim, enquanto eu contínuo naquela posição.

As palavras de Wesley vagam pelos meus pensamentos.

" - Escuta aqui, Hara. Você vai ter que abortar isso, porque não quero ter que lidar com essa coisa dentro da sua barriga, e muito menos quero que você saía espalhando isso por aí. Eu tenho uma imagem a zelar, não quero ter que estragar isso tudo por causa de você. Me entendeu? Falou apertando um de meus braços. "

Aquelas palavras me machucaram mais do que deviam machucar. Ele apenas brincou com meus sentimentos.

...

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