2 - Desprezo!
Hara Narrando...
Acho que a coisa mais linda que se tem, se chama confiança. Mas até que ponto conhecemos alguém de verdade?
- Você já chegou?! Tão cedo assim?! Perguntou mamãe assim que entrei dentro de casa.
- Mãe! Mãe! Wesley me traiu, Mãe. Corro para seus braços calorosos.
- Oh minha filha! Eu sinto muito por isso.
Não suprimir minhas lágrimas, apenas as deixei caí.
Depois de mamãe me acalmar. Me sentei no sofá, e escutei tudo o que ela estava falando silenciosamente.
- As pessoas nem sempre são o que esperamos. E muitas vezes nós não somos o que as pessoas esperam. Há coisas que a gente não se orgulha como entregar o coração a quem não merece. Mas qual o problema de deixar o passado pra trás? Ter medo é natural. Assim como está machucada também. Você entende o quê eu quero dizer?
- Sim. Eu entendo. Eu vou subir agora. Estou muito cansada. Digo me levantando do sofa.
Em seguida, subo para o meu quarto. Me sento ao lado da cabeceira da minha cama. E penso na minha mãe, e o quanto ela ficará linda no vestido de noiva. Penso no Charles, e se ele irá fazer minha mãe feliz. Penso em tudo que Wesley falou, e choro.
São vários pensamento que acabo dormindo sem perceber.
___
As horas do relógio em minha parede continuam correndo. Me espreguiço na cama e bocejo em seguida.
- Hara! Wesley entra no meu quarto.
"O quê você faz aqui?" Penso.
Minha boca fica presa, como se eu não conseguisse falar nada.
- ...Eu só quero falar com você. Ele diz mantendo distância.
"Eu não quero falar com você." Penso levantando da cama.
É como se ele conseguisse lê meus pensamentos. Eu podia sentir o medo rastejando dentro de mim.
- ...Só vamos convesar! Wesley vem se aproximando lentamente.
"NÃO!" Corro para o banheiro e tranco a porta.
- ...Você não pode fugir disso. Diz tentando quebrar a maçaneta da porta com algo.
Choro desesperada no canto do banheiro.
Alguns minutos depois, Não escuto mais nada. Me aproximo da porta, é quando ela é aberta. Wesley aparece.
- ...Vamos apenas conversar Hara. Ele diz vindo em minha direção.
- Nãoooooo!!!
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Levantei assustada. Só então me dei contar de que havia sonhado.
Respirei fundo. Me levantei da cama. Abrir as janelas, e deixei minhas preocupações voarem para longe.
No topo da cabeça faço um coque em uma parte do cabelo, e deixando a outra parte solta.
- Bom dia mãe. Falei lhe dando um beijo na bochecha.
- Não vai pra faculdade hoje?
- Claro que vou!
- Então por quê não está arrumada ainda?
- Eu estou.
- Dessa forma? Ela analisa minha roupa.
- Sim. Exatamente dessa forma. Falei tirando o leite da geladeira.
- Tudo bem. Não vou fala nada só por causa do seu rompimento.
- Isso. Faça esse favor mãe.
Saio de casa quebrada. Não estou no meu melhor humor, e muito menos na minha melhor versão.
Mesmo estando em pedaços, Eu queria acreditar que tudo ficaria bem, Mas no fundo eu sei que nada ficará bem. Eu ainda precisava encara-lo hoje, e isso só iria me machucar mais ainda.
Sou tirada de meus pensamentos com uma mensagem de Hugo, meu melhor amigo.
Manter os olhos na aula foi quase impossível. Pelo menos pra mim. Eu não conseguia acreditar que ele continuava sendo o mesmo, depois do nosso rompimento. É como se não o afetasse.
Na saída, houve um momento que ele me encarou.
E nesse momento, eu pude notar o desprezo em seus olhos. Isso causou um corte mais fundo!
Retorno para casa na esperança de descarregar todo essa dor que sinto no meu coração.
Jhon Narrando...
Me chamo John Mayer. Sou uma conjunção de percepção e frieza. Vou contar sobre a minha vida, e principalmente o por quê de eu me tornar um matador de aluguel.
Alguns Anos Atrás
Gláucio é o meu pai. Um homem de coração bondoso, vivia para sua família e seus filhos nada além e nada mais. Um homem com um passado desconhecido. Até que o acerto de contas chegou.
Era um dia ensolarado, minha mãe Claudia estava em casa com meu irmão e a minha irmã menor (a mais nova).
Papai me levou para um passeio, o terceiro e o último. Fomos ao parque e nos divertimos muito. Brincamos na roda gigante e no tiro ao alvo. Eu tinha dez anos apenas. Era uma criança cheia de esperança e sonhos. Pelo menos nisso eu acreditava na época.
- Onde está seu pai? Pergunta um homem de casaco preto veludo. Eu não podia vê seu rosto.
Como ele conhece meu pai? Eu me perguntava sobre isso.
- Está lá. Aponta para papai que estava pagando meu sorvete.
- Valeu garotinho. Ele bagunça meu cabelo.
Observo quando o homem caminha na direção de papai. Cinco passos de distância ele atira. Três tiros contra seu peito, custou sua vida. Aquele homem de preto veludo foge, e desaparece como uma fumaça no meio do ar.
Deixo meu sorvete caí, e corro até papai que está caído no chão.
- Pai! Pai! Por favor, Pai...Coloco minha mão sobre seu coração. Não estava acelerado, estava parando lentamente.
Alguns Anos Depois
Minha mãe virou uma mulher amarga. Meu irmão Mett é envolvido na Máfia. A única que não se contaminou com a escuridão em nossa volta, foi minha irmã Melek.
Em questão de segundos nossa família virou de cabeça pra baixo. Como um mundo girando. Não decidi ser um matador de aluguel, Eu me tornei um. Assim como aquele homem que matou meu pai.
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