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Capítulo 10: Ninguém vai lhe ajudar

Patrick afrouxou a gravata, com a irritação evidente em seu rosto. Ele fraziu os lábios enquanto olhava para o tráfego que passava. Sua raiva não era dirigida a Jane, mas a si mesmo. Ele se arrependeu de ter iniciado aquela conversa com ela. Patrick não conseguia entender por que se sentia tão desconfortável quando ela ficava em silêncio e o ignorava.

Ambos ficaram quietos durante o resto do caminho para casa.

Ao chegar à casa, Patrick saiu rapidamente do carro e entrou na casa. Jane, por outro lado, demorou um pouco.

Quando ela finalmente entrou, encontrou Patrick sentado no sofá da sala, segurando um copo de água. Ela não lhe deu um segundo olhar e subiu as escadas.

Patrick colocou o copo na mesa com um baque audível.Apesar do barulho, Jane não parou nem olhou para trás. Ela continuou sua lenta subida pelas escadas. Será que ele ficou irritado por causa do que ela havia dito? Por que ele tem a mente tão estreita? Como ele administrou a empresa se ficava bravo com tanta facilidade? A família dele não estava preocupada com o fato de a sensibilidade dele prejudicar os negócios da família?

...

Na manhã seguinte, Beatrice e Melissa persistiram em suas críticas a Jane durante o café da manhã, seguindo sua rotina habitual.

Jane, que havia desenvolvido uma pele grossa com o tempo, permaneceu em silêncio. Seu silêncio só parecia alimentar a frustração delas. Elas esperavam uma briga aos berros com ela naquela manhã, mas parecia que isso não aconteceria agora.

Ao terminar o café da manhã, Jane agiu como se fosse a única ocupante da mesa de jantar. Depois da refeição, ela se arrumou e foi para o trabalho.

O trabalho da secretária era muito fácil para ela, por ter uma capacidade de trabalho era muito forte. Ela concluía suas tarefas com eficiência pela manhã, almoçava e depois tirava um breve cochilo.

Por volta das 3 horas da tarde, Jane foi ao banheiro. Ao retornar, deparou-se com uma pilha de documentos sobre sua mesa, deixada por Monica, que estava visivelmente por perto.

Jane foi rápida em questionar os documentos.

- Por que isso está na minha mesa?

Monica respondeu:

- Os dados nesses documentos devem ser inseridos no sistema da empresa hoje. Outro secretário deveria dividir a carga de trabalho com você, mas ele teve uma emergência e saiu mais cedo do que o normal. Você terá que lidar com isso sozinho. Termine tudo até o final do dia. Certifique-se de que os dados estejam organizados com precisão, pois eles serão necessários amanhã. Está claro?

Jane examinou silenciosamente a pilha de documentos, percebendo o grande volume de trabalho que tinha pela frente. Era uma tarefa substancial que exigiria horas de trabalho. Ela provavelmente teria que fazer horas extras se quisesse concluir o trabalho sozinha até o final do dia.

- Por que você não me deu isso antes? Essa é uma carga de trabalho substancial - Jane perguntou.

Mônica disse sem se importar:

- Ah, vamos lá! O que há de tão desafiador em lidar com registros de dados básicos? Você não pode me culpar por atribuí-los agora. Entenda que só fui notificada sobre isso recentemente. As coisas podem ser bastante imprevisíveis no trabalho. Sua condição de noiva do Sr. Pansy não a isenta de suas responsabilidades aqui. Como chefe do departamento, tenho todo o direito de delegar tarefas a você. Se não conseguir dar conta, fique à vontade para se demitir.

Era óbvio que Monica estava intencionalmente dificultando as coisas para Jane. No entanto, Jane se recusou a ser derrotada.

- Tá bom, vou cuidar disso.

Com isso, Jane se sentou e começou a trabalhar.

Um sorriso sinistro surgiu no rosto de Mônica. Na verdade, ela sabia dessa tarefa desde a manhã. Ao ver que Jane havia concluído suas outras tarefas tão rapidamente, ela deliberadamente concedeu um dia de folga à outra secretária.

Ela permaneceu em silêncio até quase o final do dia de trabalho. A tarefa era substancial, e Monica calculou que Jane trabalharia até tarde da noite. Ela esperava que Jane ficasse exausta, mesmo que conseguisse terminar.

- Lembre-se, não cometa erros. Cada número deve ser preciso. Um único erro pode inutilizar todo o conjunto de dados e custar muito caro para a empresa - advertiu Mônica.

A paciência de Jane estava se esgotando. Ela respondeu com impaciência:

- Mais alguma coisa? Se você tem algo importante a dizer, diga tudo de uma vez.

Mônica se sentiu humilhada na frente de seus colegas. Ela considerou aquilo um tapa na cara, pois ninguém no departamento jamais ousara contrariá-la ou falar com ela de tal maneira. Ela ficou furiosa com o fato de o recém-chegado ter se dirigido a ela de forma tão descarada.

Com os punhos cerrados, Mônica olhou para Jane e se afastou, murmurando baixinho:

- Hum, sua caipira! Você pode estar toda sorridente agora, mas vai chorar depois. Isso é só o começo. Uma punição mais severa a aguarda. Você não terá ninguém para ajudá-la aqui. Você está por conta própria.

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