Capítulo 1
- Sr. Cláudio, sua esposa ficou submersa por muito tempo, causando grave falta de oxigênio no cérebro e, com a cabeça dela batendo nas rochas, há coagulação do sangue, estou com medo de que ela nunca mais acorde. - Disse o médico.
O homem ao lado da cama do hospital era extremamente bonito e sério.
Ele estava sentado em uma cadeira de rodas, segurando os apoios de braço com os lábios finos bem fechados.
Ele olhava fixamente para a mulher inconsciente.
Fazia três dias que ela estava em coma e se ela não acordasse logo...
- Nydia, se você acordar, eu posso me divorciar de você. - Disse o homem. Sua voz profunda estava repleta de uma forte sensação de repressão.
No entanto, assim que ele terminou de falar, a mulher na cama abriu os olhos de repente.
Quando suas pupilas se moveram, a confusão nos olhos de Nydia Wagner se dissipou. Quando viu o homem, ela se aproximou dele com agitação.
- Cláudio, você ainda está vivo?
Ela se lembrava claramente de que, no último momento da explosão, Cláudio Pascall empurrou ela para fora da caverna cheia de explosivos, mas ele não conseguiu sair.
Como ele ainda poderia estar ali? Onde era isso?
Antes que ela pudesse terminar a frase, foi empurrada com força para longe por uma força forte, batendo na estrutura robusta da cama, e a agulha intravenosa nas costas de sua mão foi arrancada, fazendo com que o sangue espirrasse.
- Nydia! Como você ousa me enganar? - As sobrancelhas de Cláudio se franziram de raiva e ele exalava uma frieza intimidadora. Ele reprimiu sua raiva e perguntou ao médico. - É isso que você quis dizer com nunca mais acordar?
- Isso... - O médico também não sabia como ela poderia acordar de repente. - Me deixe examinar sua esposa primeiro.
- Saia! -Gritou Cláudio, e o médico recuou tremendo. Cláudio desabotoou o colarinho da camisa e seu belo rosto estava agora coberto de tristeza. - Nydia, você realmente se esforçou muito para se divorciar de mim!
- Divórcio? Cláudio, do que você está falando? - Nydia arregalou os olhos em choque, olhando em volta para o ambiente familiar.
Hospital, divórcio, Cláudio vivo...
Será que ela estava sonhando? Ela se beliscou em descrença.
Mas doía, isso não era um sonho. Por que ele estava ali, ileso?
Nydia estava cheia de dúvidas, o que estava acontecendo? Alguém salvou ele?
- Você está fingindo ser burro agora? - Aos olhos de Cláudio, a confusão de Nydia era apenas uma encenação. Ele se inclinou para a frente, apertando o queixo de Nydia e forçando ela a olhar para ele. Seus olhos frios agora estavam cheios de tristeza e exaustão, acrescentando. - Nydia, mesmo que você me odeie e queira se divorciar de mim, como poderia fazer mal ao Rafael? Ele é seu próprio filho!
Um zumbido e um tom familiar inundaram a mente de Nydia, trazendo ela de volta uma enxurrada de lembranças!
Seu filho, seu filho! De alguma forma, ela havia voltado ao dia em que ela e Rafael caíram na água, um ano atrás!
Oh, meu Deus, seu desejo havia sido realizado!
Quando Cláudio empurrou ela para fora da caverna cheia de explosivos, Nydia olhou para a caverna desmoronada e confessou a Deus. Ela percebeu que não deveria ter tratado seu marido, que amava ela profundamente, daquela maneira. Não deveria ter dado ouvidos às instigações dos outros e maltratado seu filho. Se fosse dada a chance a ela, ela amaria muito seu marido e seu filho.
Inesperadamente, Deus estava disposto a dar uma segunda chance a ela para compensar os erros do passado.
Ela ficou grata pela misericórdia de Deus, que lhe permitiu viver novamente.
Em sua vida passada, ela odiava Cláudio por ter arruinado sua inocência para obter ajuda da família Malones, fazendo com que ela engravidasse antes do casamento e forçando ela a se casar com ele.
Após o casamento, ela agiu de forma imprudente sob a provocação de sua irmã, Willette Malone, não apenas ignorando seus dois filhos biológicos, mas também antagonizando Cláudio constantemente.
Ela se esforçou ao máximo para conseguir o divórcio, mas até que a caverna fosse explodida, ela descobriu que tudo era uma conspiração de Willette.
Quando Cláudio não entendeu suas palavras, Nydia explicou:
- Não, eu não queria machucar Rafael. Quando vi Rafael caindo na água, pulei para salvar ele, mas...
- Salvar ele? - Cláudio fez uma careta, com os olhos cheios de violência. - Rafael disse que você providenciou para que alguém jogasse ele de propósito no lago!
O sangue de Nydia esfriou diante dos olhos frios do homem.
Na vida passada, ela pulou na água para salvar Rafael imediatamente após encontrar ele caindo na água, mas alguém parecia ter arrastado ela para baixo e bateu com força sua cabeça em uma pedra debaixo d'água.
Depois disso, ela perdeu a consciência.
Foi também por causa desse incidente que a paciência de Cláudio com ela se esgotou completamente e, desde então, ele não acreditava em nada do que ela dizia.
- Cláudio, você tem que acreditar em mim...
- Chega! - Cláudio se aproximou dela de repente, com seu belo rosto impecável, mas frio como gelo. Ele estava quase cara a cara com ela. - Você fez tudo isso só para me forçar a me divorciar de você?
- Não, nesta vida, eu não vou me divorciar de você! Nunca me divorciarei de você!
Mas assim que ela terminou de falar, Cláudio se aproximou dela novamente, quase tocando seu rosto.
- Não vai se divorciar? - Cláudio riu de repente. O sorriso era um tanto louco e até mesmo seus olhos se estreitaram ligeiramente, revelando um senso de destruição. - Ok, quero ver quanto tempo você consegue fingir dessa vez!
Cláudio disse enquanto abria a porta e conduzia sua cadeira de rodas para fora do quarto do hospital.
Nydia fechou os olhos e as lágrimas caíram. Mas quando ela abriu os olhos novamente, havia um olhar afiado, gelado e implacável em seus olhos.
De repente, a porta do quarto do hospital foi aberta com um empurrão.
Nydia não teve tempo de retirar seu olhar implacável quando ficou surpresa ao ver um par de olhos redondos e grandes.
- Rafael! - Na voz surpresa de Nydia, havia mais culpa.
Ao olhar para a criança diante dela, seu coração quase se partiu.
Esse era seu filho, que ela havia negligenciado em sua vida passada, mas que ainda chamava ela de “mamãe” até sua morte.
- Rafael, me desculpe...
Rafael disse em um sussurro, fraco, mas sincero:
- Você pode se divorciar do pai e eu posso te ajudar!