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Capítulo 6

Desci do carro falei tchau, senti uma angústia tão grande, mais fui sem olhar pra trás, ele ficou lá um tempo e foi embora sem buzinar ou piscar os faróis, ele sempre fazia algo antes de ir, mais dessa vez não. Apaguei o contato dele assim que entrei no quarto, sentei na cama, apaguei as conversas, as poucas fotos, tinham algumas coisinhas minhas com ele mais preferi deixar lá, coloquei na cabeça que foi um erro, muito bom enquanto durou e no fundo eu só conseguia pensar que a culpa era minha, por ter estragado nosso lance, era difícil entender porque eu não servia pra namorar, se ele mesmo falava e demonstrava o quanto era bom estar comigo. Foi muito difícil dormir, nos primeiros dias foi bem solitário não ter alguém pra conversar todos os dias, eu me senti sozinha como não me sentia desde que o conheci, fiquei na minha no primeiro fim de semana, eu não sai pra lugar nenhum, estava super abatida desanimada, faltei todos dias que deu da faculdade, o Augusto não me procurou mais, simplesmente sumiu, duas semanas depois eu saí com minhas amigas por insistência delas, fomos a uma social da turma da faculdade e fiquei com um cara só pra passar tempo mesmo de bobeira, a gente nem chegou dormir juntos nada, foi só uns beijinhos bem meia boca, ele era bonito educado um fofo, estudava comigo, dias depois saímos sozinhos uma vez, começamos ficar casualmente, como os amigos eram os mesmos rolava fácil uns beijos uma carona, um mês sem ver ou falar com o Augusto e eu já estava superando, quase não lembrava dele com a mesma frequência, entrei no tratamento sério com os remédios controlados, indo na psicóloga semanalmente, na verdade eu estava com as minhas emoções desligadas, precisava de remédio pra dormir e acordar, mais até que eu me sentia bem, nada importava muito.

Fui a um baile no mesmo lugar que nos conhecemos na quebrada do Augusto, a Fernanda e a Laura foram comigo, fui com macacão justíssimo preto decotado de marca, salto alto fino vermelho, cabelo lisinho preto azulado, deixei o cabelo super chapado sem um fio de pé, me arrumei bem bonita porque caso eu visse o Augusto não ia sair por baixo, eu tentava mentir pra mim mesma era essa a verdade, chegamos lá estava bombando, peguei logo um copão de energético e whisky, vi o Augusto com os amigos na área vip, mais fiquei longe do radar dele o quanto deu, a Fernanda ficou falando pra eu ir lá falar com ele, passar na frente, ela estava me irritando já, falei que não ia de jeito nenhum, ela falou

- Angel que besta os cara afim de você, você não faz nada com ninguém, o Bruno vai desistir ja ja se você não libera logo, vai acaba chupando dedo ! Você tá muito chata careta.

Eu revirei os olhos nem respondi ela, a Laura foi fumar na sacada fui com ela e a Fernanda ficou com uns colegas nossos, a Laura não sabia bem da história do Guto eu comecei contar por cima, me abri um pouco, percebi que a mágoa ainda estava ali e a sementinha tinha crescido mais dentro de mim, ela me chamou pra sair mais vezes com ela, fazer umas loucuras curtir as noitadas, ela era uma amiga da minha amiga, colega minha e a gente saia juntas as vezes, mais sempre com a Fernanda junto, eu estava fumando com ela cigarro de menta, o tipo cigarro de p.u.t.a caro e gostoso, estavamos conversando a um tempinho, uns vinte minutos, eu comecei mexer no celular trocando mensagens com o Bruno o cara da faculdade e a Laura me falou querendo rir

- Não olha pra sua direita, o cara tá aí, tá olhando pra você !

Respondi distraída

- Quem? É bonito?

Ela falou disfarçando

- O Guto, ele tá sozinho, a gente não vai conseguir voltar pra lá sem passar por ele . Que m.e.r.d.a!

Eu respirei fundo não queria falar com ele, as chances de dar tudo errado eram grandes, acendi outro cigarro e continuei conversando com a Laura, do nada ela ficou olhando pra trás de mim começou arregalar os olhos dando sinal, balancei a cabeça que não, apreensiva, então ouvi bem perto

- Angel e aí? A gente pode troca uma idéia?

Antes de eu responder a Laura falou

- Vou dar licença pra vocês .

Respondi ela

- Não, pode ficar Laura, de boa.

Virei pra ele sorri e falei p da vida tentando disfarçar

- Oi Augusto, tudo bom?

Ele respondeu me encarando

- Tudo em cima e aí?

Falei que estava bem, continuei fumando, ele respondeu

- Agora você fuma então?

Eu levantei os ombros, falei séria

- Aham, idai?

A Laura saiu andando e falou

- Pera aí já volto Angel .

Encostei na sacada e fiquei olhando as pessoas, seguindo com o olhar tudo, o evitando, ele falou chegando perto

- Posso?

Respondi me afastando

- O que? Não, para!

Ele falou rindo

- Só queria pegar na sua mão, tá assustada porque?

A gente estava debruçado um ao lado do outro na sacada, olhando pra baixo, ele entrelaçou os dedos dele nos meus e começou falar de um trabalho dele uma tatuagem que fechou as costas tal, a gente começou conversar sobre tatuagens, até que ele recebeu uma ligação, não atendeu, mexeu no celular rapidinho e me disse

- Desculpa, tenho que ir resolver uma coisa, você vai ficar mais por ai?

Respondi já saindo andando

- Vai lá, já tô de saída mesmo .

Ele me pegou pelo braço e disse com firmeza

- Não, espera aí, vamos!

Eu interrompi ele e disse séria decepcionada

- Não fala nada por favor, eu nem devia tá falando com você. Na boa!

Ele me soltou e respondeu frustado sério

- Verdade, você tá certa .

Eu quis chorar mais segurei, nem falei mais nada, sai andando deixei ele pra trás, procurei a galera que estava comigo só encontrei a Laura no bar pegando bebida, falei pra ela que eu não estava bem e já ia embora, ela tentou me convencer mais não fiquei, o Bruno estava indo me buscar, fui esperar ele lá fora, nem me despedi da Fernanda de ninguém, quando ele chegou a gente se beijou no carro, ele era do tipo simpático certinho todo careta o sonho de genro para meu pai, ele perguntou se eu queria ir para um lugar mais íntimo, essas foram as palavras usadas por ele, respondi que não estava me sentindo bem e que estava naqueles dias, menstruada, ele super cavalheiro me disse

- Tudo bem, eu te levo pra sua casa sem problemas .

Falei chateada

- A gente pode ficar conversando lá na frente, sei lá, se você quiser, se não for pra lugar nenhum.

Ele respondeu que sim, disse que seria legal, me levou pra minha casa, paramos o carro bem na frente mesmo, mandei uma mensagem pra minha madrasta falando que eu estava na frente de casa com um amigo da faculdade, porque meu pai era de sair ver na cara dura, me fazer passar vergonha ameaçar os meninos até. A gente estava ficando se beijando quando eu menos espero vejo minha madrasta saindo pra fora, ela falou que meu pai estava apagado em sono profundo e eu podia entrar escondido com meu " amigo" , que depois ela resolvia com ele se a gente fosse pego, eu olhei pro Bruno morta de vergonha, a gente começou rir e claro que eu não queria essa liberdade apesar de querer um chamego, ele respondeu olhando pra mim sem jeito

- Eu não tenho medo do seu pai, você que sabe Angel .

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